Dra. Carla Núbia: a educação estimula o cérebro e atua como fator de prevenção de demências
Dra. Carla Núbia conversa com Bárbara Perpétuo sobre prevenção de demências
Na quinta entrevista da série captada durante o XXIV Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia, a médica geriatra Carla Núbia conversa com a vice-presidente do Supera, Bárbara Perpétuo, sobre o diagnóstico precoce da Doença de Alzheimer.
Supera - Olá, aqui quem fala é Bárbara Perpétuo, vice-presidente do Supera, e estou aqui no CBGG de 2025 com Carla Núbia, nossa convidada para a entrevista de hoje. Carla, fala um pouquinho de você para quem está nos assistindo.
dra. Carla Núbia - Bem, olá a todos, eu sou a Carla Núbia Borges, sou geriatra, sou de Petrolina, Juazeiro, e atuo em Recife.Sou formada pela Universidade de Pernambuco, mestrado em Ciências da Saúde. Tive uma atuação durante toda a vida, 30 anos de formada, 26 anos com a ABRAZ, Associação Brasileira de Alzheimer, onde estive como presidente em duas gestões e depois fui pra nacional, diretora científica, então, é um assunto extremamente importante que eu levo também para a docência. Eu sou professora da Universidade Católica de Pernambuco, com muito prazer na docência.
Supera - A senhora é uma médica geriatra com enorme relevância e influência nas ações de prevenção e tratamento do Alzheimer e de outras demências. Quais são os principais desafios enfrentados para prevenir precocemente a demência? E como erradicar o estigma em torno da demência, que é um problema no Brasil, que afeta a qualidade de vida das pessoas, dificulta o diagnóstico e o tratamento?
dra. Carla - Essa é uma pergunta muito importante e desafiadora, porque nós, como geriatras, trabalhamos muito com doenças degenerativas cerebrais, com doenças neurológicas, e dentre elas, as demências, que são um quantitativo muito grande da procura por déficit cognitivo dos tipos comportamentais. Dentre todas as demências, a demência da doença de Alzheimer é a mais comum, responde por mais de 60% dos casos.
Então, é preciso entender que a demência da doença de Alzheimer é uma doença multifatorial, é uma doença que traz consigo todo um aparato de fatores de risco que as pessoas vão produzindo ao longo da vida. Já estão confirmados estudos comprovatórios da força dos fatores de risco, como hipertensão, diabetes, obesidade e déficit auditivo. O primeiro deles é a baixa escolaridade, tabaco e poluição.
Então, isso quer dizer que, para você ter uma demência da doença de Alzheimer, você, 10 anos antes, já vai produzindo as alterações da proteína beta-amilóide, da proteína tau, que vão formar placas amilóides, que vão desorganizar o citoesqueleto da proteína tau, e fazer a lesão neuronal. Então, quando a pessoa vem se apresentando com sinais e sintomas, é preciso enxergar tudo isso. Então, a prevenção se faz exatamente cuidando da saúde em forma muito precoce.
A carga genética existe, mas ela é responsável por um percentual muito pequeno. A maioria são os casos esporádicos, que a gente chama. Ou seja, com os fatores de risco, você pode contribuir para o desenvolvimento da sua doença.
Então, se a doença é multifatorial, a prevenção também se faz multifatorial. Então, o cuidado desde muito precoce, com atividade física regular, com alimentação saudável, com educação e escolaridade - porque isso vai exatamente trabalhar outras conexões cerebrais, outras áreas cognitivas, trabalhar a saúde mental, tratar a depressão, tratar distúrbios psiquiátricos, psicológicos, sono é muito importante. Atenção à poluição, atenção aos diagnósticos da hipertensão, do diabetes, da dislipidemia, para exatamente você não ter comprometimento cerebral por conta dessas doenças.Então, isso tudo são fatores que a gente precisa trabalhar toda a vida.
Como geriatras, quando chegam até nós aos seus 60 anos, então a gente precisa modular, a gente precisa organizar essa pessoa, se ainda estiver cognitivamente bem, para exatamente evitar que a doença se instale, ou que se instale de uma forma mais leve, ou que a gente possa diagnosticar também de uma forma muito precoce. E a segunda pergunta em relação ao estigma.
Bem, antigamente as pessoas com Alzheimer, eram tidas como esclerosadas, estavam “ficando gagá". Então, é uma doença que já foi descoberta em 1906, nós já temos mais de 100 anos na descoberta dessa doença, mas realmente não se tinha um estudo sobre os reais fatores. Então, nós precisamos falar sobre isso, precisamos de políticas públicas, precisamos de falar sobre isso nas escolas, que as crianças estão em contato com seus avós, precisamos falar isso nas mídias, redes sociais, que hoje todo mundo tem acesso, para as pessoas entenderem que a demência é um diagnóstico, a demência é um diagnóstico neurológico, é uma doença neurodegenerativa, ela tem fatores de risco, tem tratamento, não se pode estigmatizar uma pessoa, não se pode excluir uma pessoa do seu convívio, pelo contrário, essa pessoa precisa se sentir acolhida, apoiada, para ela ter um desfecho da doença, melhor e mais feliz, inclusive com menos risco de complicações.
Supera -Acolher. Você disse que um dos fatores é a educação. E a educação, ela tem sido destacada por pesquisadores como sendo um importante fator de risco para a demência. Por que ela contribui tanto para o envelhecimento ativo e principalmente para a saúde do cérebro das pessoas idosas e daqueles que estão envelhecendo? Você falou um pouquinho sobre isso, tem como aprofundar e explicar para a gente?
dra. Carla - Bem, a educação, dentro dos fatores de risco estudados, tanto pelo estudo FINGER, na Finlândia, por doutora Miia Kivipelto tanto pelo estudo ELSI -Brasil, mostrou que a escolaridade é um fator de risco muito potente para a proteção, e a ausência da educação é um fator de risco para o desenvolvimento da doença.
Então, por que isso? Porque a educação trabalha exatamente em estimulação cognitiva e a educação… nós precisamos extrapolar esse entendimento da educação, não é saber só ler e escrever, é uma educação mais ampla, é uma educação que estimula áreas cognitivas como cálculo, criatividade, orientação temporal e espacial, discernimento crítico, julgamento crítico, discernimento lógico, a formação de novas conexões, então, quando uma pessoa é estimulada de forma da educação global, você atinge várias áreas cognitivas, então, essa educação multifatorial, multimodal, é extremamente importante para novas conexões cerebrais, novas redes neurais, que exatamente trabalham na melhoria da reserva cognitiva. Então, nós podemos fazer a nossa reserva, a nossa poupança, poupança de memória, poupança cognitiva ao longo da vida, que com certeza vai ter um grande diferencial no seu envelhecimento e, se você for diagnosticado com a doença, essa doença poderá ser mais leve e a educação também traz hábitos, a pessoa com melhor educação come melhor, faz conexão com outras pessoas, ela tem um discernimento do que pode e o que não pode fazer, ela bebe menos, fuma menos, a priori, ela faz melhores escolhas, melhores decisões, ela procura por ajuda ao menor sinal de qualquer sinal ou sintoma. Então, a educação engloba não só fatores locais, cerebrais, nas conexões neurais, como mudança de hábitos, mudança de posturas e tomada de decisões mais assertivas e positivas.
Supera - Excelente, agora me diz: quais os benefícios que a estimulação cognitiva - que não deixa de ser uma educação - através das atividades educacionais como as que a gente oferta aqui no Supera, podem proporcionar para a saúde geral da pessoa idosa e para quem está envelhecendo, em especial a saúde do cérebro?
dra. Carla - Isso, o Supera é uma ferramenta extremamente positiva, é uma proposta de muita eficácia e ela trabalha com profissionais, exatamente, estimulando áreas que estão mais deficitárias, estimulando áreas para que essa resiliência, essas novas áreas neurais, possam compensar áreas que estão apresentando seus deficientes. Então, quando você testa uma pessoa, você consegue - a partir dos testes neurocognitivos, neuropsicológicos - mapear como está a sua função cognitiva. Como eu disse, função cognitiva engloba várias funções.
A partir daí, os exercícios direcionados, além deles serem multimodais, além deles trabalharem várias áreas cognitivas, eles trazem também esse momento para o idoso, ele faz conexões com novas pessoas, ele enxerga outras pessoas com as mesmas deficiências e ele vê que o cérebro é multifacetado. Às vezes você pode ter uma deficiência e o outro, o seu colega de turma lá de Supera tem outra deficiência. Então, ele traz melhora da autoestima, a pessoa melhorando da sua resposta no dia-a-dia, da sua função, da sua funcionalidade.
Ele se sente melhor, mais ativo, mais estimulado pela sua família e é uma coisa importante: a família. A família precisa estar ligada a esses exercícios, a essa atividade, a essa pessoa que está frequentando - no caso, o trabalho do Supera - porque esse estímulo também externo ao momento vai trazer mais adesão aos exercícios, mais positividade às respostas. Então, todos os bons olhos aos... ________________________________________________________________________________
Supera - E essa família pode fazer o Supera também, porque a prevenção não tem idade, correto? Agora, a senhora atua na região nordeste do Brasil. Quais são os principais desafios regionais em relação à saúde geral da pessoa idosa, em especial a saúde do século?
Nós temos muitos Brasis dentro do mesmo país, não é? Então, assim, nós conhecemos bem as diferenças geográficas e culturais no nosso país. Então, nós podemos ter também diferenças nessa condição.
Uma coisa muito importante em se tratando de multifatores, se a pessoa tem uma dificuldade geográfica, se a pessoa tem dificuldade de acesso, se a pessoa não tem uma ação, uma oportunidade de escolaridade, a procura pela autoajuda vai ser mais difícil. E aí vai começar a prejudicar todos aqueles fatores de risco básicos. Quando se fala em prevenção ativa, você tem uma melhor educação, uma melhor alimentação, acesso a exames, acesso a diagnóstico precoce, acesso a fatores de risco que podem ser modificados.
Isso, se a pessoa, a população em geral, não tiver acesso, você, nitidamente, vai ter um prejuízo nessa jornada da prevenção. Então, isso são políticas públicas que devem ser feitas, que devem ser extremamente bem pensadas para essa população- não só a população já envelhecida, mas a população mais jovem que está envelhecendo, para que ele tenha acesso a tudo isso, que ele tenha acesso a essa educação, a essa educação holística que fala da neuroinflamação, que fala do cuidado geral, que isso vai atuar nos fatores de risco próprios para as doenças. E quando, sim, começarem a ter sintomas, que ele tenha acesso aos profissionais, no caso, psiquiatras, neurologistas ou geriatras, que, dentre a medicina, são os profissionais mais aptos a desenvolver o diagnóstico das demências, e, com isso, ele entrar também nessa jornada do paciente com mais fluxo, diagnóstico precoce, exames e o tratamento precoce.
Então, veja que são várias ações em conjunto, nada é monofatorial na demência, então, você precisa ter todo esse olhar para a prevenção, olhar para o diagnóstico precoce e olhar para o cuidado. E, quando diagnosticada, essa pessoa precisa ser estimulada. Então, todos esses estímulos multimodais precisam estar presentes.
As diferenças existem, as políticas públicas precisam estar atentas a isso, as conferências municipais e estaduais, a Conferência Nacional de Saúde precisa sempre falar sobre isso para, cada vez mais, a gente possa dar acesso à população e, daí, você ter uma resposta melhor. Mais pessoas cuidadas, bem cuidadas, diagnosticadas e com uma jornada mais leve, a doença ser mais leve, mais bem orientado.
Supera - Que aula! Muito obrigada por esses minutos, essa entrevista.
Acredito que contribuiu para todos nós como sociedade e que agora a gente consiga promover essa educação a todos.
dra. Carla - Espero ter colaborado. Muito grata pelo convite falar sobre um assunto que eu gosto muito e acho que ele explica muita coisa da nossa vida.
Novela mostra importância da família no enfrentamento da Doença de Alzheimer
Diagnóstico precoce e relações familiares são abordados em cena comovente da novela Dona de Mim, exibida pela Rede Globo
Uma mulher idosa esquece o nome de uma pessoa, caminha desnorteada pelas ruas do Rio de Janeiro. Ela recebe como diagnóstico a suspeita de Doença de Alzheimer. Fragilizada, expressa toda sua vulnerabilidade nos ombros do filho, que não sabe o que fazer diante do quadro.
De acordo com o Relatório Nacional sobre a Demência, divulgado em 2024 pelo Ministério da Saúde, a estimativa é que até 2050, 5,6 milhões de pessoas sejam diagnosticadas no país. Os números são alarmantes e a desinformação prejudica a saúde e o bem-estar desses pacientes.
O Alzheimer é uma doença multifatorial que demanda cuidados específicos e a necessidade de identificar os sinais precocemente.
“Quando diagnosticada no início, é possível retardar seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família”, explica a gerontóloga parceira científica do Supera, Thaís Bento.
10 sinais precoces de Alzheimer
De acordo com a Alzheimer 's Association, existem 10 sintomas iniciais relacionados à Doença de Alzheimer e outras demências que não devem ser ignorados . São eles:
Perda da memória
Esse é o mais conhecido e o que mais chama a atenção. Mas é importante não criar pânico, nem todo esquecimento é sinal de Alzheimer. Falamos aqui daquela perda que incapacita a vida diária, sendo necessário recorrer cada vez mais a lembretes ou ajuda de outro familiar para lembrar de atividades do dia a dia como cozinhar, usar o telefone e coisas do tipo.
Desafios no planejamento ou na resolução de problemas
Não conseguir seguir uma receita, fazer um cálculo mental, controlar o próprio orçamento ou sustentar a atenção e a concentração para desempenhar funções do dia a dia, são importantes sinais de alerta para a doença.
Dificuldade em completar tarefas familiares
Outro sinal que não deve ser ignorado é quando a pessoa não consegue mais fazer uma lista de compras, lembrar as regras de um jogo que sempre jogou, dirigir para um destino conhecido. Perder habilidades já consolidadas pode ser sinal de Alzheimer ou outras demências.
Confusão com tempo ou lugar
Pacientes com Doença de Alzheimer e outras demências podem perder noções de datas, confundir estações do ano, não perceber a passagem do tempo, podem esquecer onde estão ou como chegaram lá.
Dificuldade em compreender imagens visuais e relações espaciais
Por trazer alterações cognitivas significativas a doença pode levar à alterações na visão, impactando no equilíbrio ou mesmo na leitura. Os pacientes em estágio inicial também podem ter dificuldades para avaliar distâncias e determinar cores ou contrastes.
Problemas com palavras ao falar ou escrever
A doença também pode trazer desafios para acompanhar e participar de conversas de maneira efetiva, chegando a se perder no meio do diálogo, não conseguindo seguir uma linha de raciocínio. Além disso, pessoas com a Doença de Alzheimer podem ter dificuldades para denominar objetos, confundir os nomes entre outros.
Perder coisas e não conseguir refazer os passos
Esquecer onde colocou os óculos com ele na cabeça é normal, mas quando a pessoa está com Alzheimer, esse esquecimento vai além: o paciente não consegue mais refazer os passos para lembrar, guarda objetos em lugares inusitados, levando a situações de risco como esquecer o fogão ligado ou o próprio endereço.
Julgamento diminuído ou deficiente
Fator, geralmente, subestimado é o discernimento, que fica reduzido, prejudicando a tomada de decisões importantes como aquelas relacionadas a gastos, higiene pessoal ou cuidados com a saúde.
Afastamento do trabalho ou atividades sociais
O indivíduo com Alzheimer pode se afastar de hobbies e atividades sociais por conta das limitações impostas pela doença, como a dificuldade de organizar os pensamentos para seguir numa conversa ou lembrar as regras do jogo, por exemplo.
Mudanças de humor e personalidade
A Doença de Alzheimer também traz importantes alterações de humor e personalidade, levando os pacientes a ficarem confusos, desconfiados, deprimidos, medrosos ou ansiosos.
Importante lembrar que, embora esses sejam sinais de alerta, é preciso considerar a intensidade, já que breves esquecimentos e confusões mentais são esperados para a idade. Por esse motivo, o papel da família é fundamental para que o paciente conviva com a doença com menos sofrimento.
O papel da família no enfrentamento da Doença de Alzheimer
Quando uma pessoa recebe o diagnóstico da Doença de Alzheimer, toda a família é impactada e precisa iniciar uma jornada de conhecimento. Lidar com uma pessoa que tem esse diagnóstico muda a vida de todos ao redor, porém, não precisa ser um fardo pesado de se carregar.
Em recente conversa com o Supera, o médico geriatra, fundador e atual diretor científico do Instituto Parentalidade Prateada, Otávio Castello, falou sobre a importância da família estudar a doença para se preparar para o que virá com responsabilidade.
“As pessoas vão ter como passar pela doença, desenvolver uma jornada de aprendizagem, se capacitar, entender do que se trata, fazer frente aos desafios e conseguirem superar as adversidades. Então, o primeiro recado para as famílias é: não se desesperem, porque muitas coisas vocês terão condição de passar”, disse ele num trecho da entrevista.
O Alzheimer é um desafio e precisa ser encarado com seriedade, mas também com alegria. Apesar de toda a dor que o diagnóstico traz, ele também possibilita rearranjos fortalecedores entre os membros da família.
Para ler a transcrição da entrevista com o Dr. Castello, clique aqui. Agora, se você quiser assistir ao vídeo, clique aqui.
Junho violeta e a importância da prevenção da violência contra a pessoa idosa
A violência contra a pessoa idosa é uma realidade alarmante que afeta milhões de indivíduos em todo o mundo, independentemente de sua origem étnica, social ou cultural. No Brasil, essa problemática não é diferente, sendo necessário compreender a sua prevalência e os principais tipos de violência enfrentados por essa parcela da população.
Os tipos de violência mais comuns contra pessoas idosas incluem negligência, abandono, violência física, violência psicológica e violência financeira ou material. Essas formas de violência representam uma ameaça séria à integridade física, emocional e social dos idosos, comprometendo sua qualidade de vida e bem-estar.
O Dia Mundial de Conscientização sobre a Violência contra a Pessoa Idosa, celebrado em 15 de junho, foi instituído oficialmente pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2011. Essa data tem como objetivo sensibilizar a sociedade sobre a gravidade da violência enfrentada pelos idosos e promover ações de prevenção e combate a esse tipo de violação de direitos. Além disso, busca-se estimular a reflexão e o debate acerca do envelhecimento digno e respeitoso, livre de qualquer forma de violência.
Para enfrentar a violência contra a pessoa idosa, é fundamental contar com canais de denúncia eficazes e acessíveis. O Disque 100, coordenado pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, é um desses recursos importantes, operando 24 horas por dia, todos os dias da semana, para receber denúncias de violência contra pessoas idosas, de forma gratuita e sigilosa. Além disso, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania oferece outros canais de denúncia, como o site da Ouvidoria, o aplicativo para smartphones Direitos Humanos, o aplicativo Telegram e o WhatsApp.
Além disso, o Conselho da Pessoa Idosa desempenha um papel fundamental na defesa e promoção dos direitos das pessoas idosas, bem como na articulação dentro da rede de enfrentamento à violência contra essa população. Como órgão colegiado de caráter consultivo e deliberativo, o Conselho atua na formulação e implementação de políticas públicas voltadas para os idosos, contribuindo para a garantia de seus direitos e o fortalecimento de sua participação social.
Os gerontólogos desempenham uma atuação importante na detecção e enfrentamento da violência contra a pessoa idosa. Com sua formação multidisciplinar, esses profissionais estão capacitados para identificar sinais de violência, oferecer suporte emocional e social às vítimas, e encaminhá-las para os serviços adequados de proteção e assistência. Além disso, os gerontólogos podem contribuir para a sensibilização da sociedade sobre a importância de proteger e respeitar os direitos dos idosos, promovendo uma cultura de envelhecimento saudável e livre de violência.
Referências:
BRASIL, 2003. Estatuto da Pessoa Idosa. Disponível em: Acessível em: 07.Jun.2024. Almeida D. Disque 100 tem 47 mil denúncias de violência contra pessoas idosas. Agência Brasil [Internet]. 2023 Jun 02 [cited 2023 Jul 3]:12. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2023-06/disque-100-tem-47-mil-denuncias-de-violencia-contra-pessoas-idosas
Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva Gerontóloga formada pela Universidade de São Paulo (USP). Docente do curso de Bacharelado e do Programa de Mestrado em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo, parceira científica do Instituto Supera de Educação.
Maria Antônia Antunes de Souza Graduanda em Gerontologia pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP). Foi bolsista de iniciação científica PUB do projeto intervenções psicoeducativas para a COVID-19 aliada à estimulação cognitiva no programa USP 60 + e atualmente é membro do Grupo de Estudos em Treino Cognitivo da USP (GETCUSP).
Independência e autonomia do idoso: entenda como garantir a sua!
Garantir independência e autonomia do idoso dá à população com 60+ senso de propósito e tem forte impacto em sua saúde física e mental.
Embora os efeitos naturais do envelhecimento às vezes possam tornar uma vida independente mais difícil, é possível estimular condutas para uma existência ativa, com qualidade de vida e poder de decisão.
Para ajudar, criamos este conteúdo a fim de mostrar como manter uma vida livre e repleta de felicidade nessa fase da vida. Fique conosco e confira!
A saúde do cérebro pode ser afetada por mudanças relacionadas à idade, lesões como acidente vascular cerebral (AVC), doenças neurodegenerativas como o mal de Alzheimer, e até transtornos como depressão e síndrome do pânico, que podem acontecer independentemente da faixa etária.
Porém, quando pensamos na independência e na autonomia do idoso, embora alguns fatores que afetam a saúde do cérebro não possam ser alterados, existem muitas mudanças no estilo de vida que fazem a diferença.
Nesse sentido, o estímulo mental é uma importante ferramenta para garantir uma ginástica para o cérebro, a fim de que o órgão mantenha plenas as capacidades cognitivas, funções motoras, sensoriais e emocionais.
Em outras palavras, o estímulo mental mantém o cérebro ativo, diminuindo a probabilidade de que os idosos desenvolvam distúrbios mentais e deficiências físicas. Para idosos que lidam com depressão ou ansiedade, tarefas de estimulação mental podem ajudá-los a se sentirem mais felizes e autônomos a cada dia.
A estimulação mental também ajuda a manter as conexões cerebrais, prevenindo ou retardando o aparecimento de sintomas do Mal de Alzheimer e outras formas de demência.
Como o método Supera pode ajudar?
Não poderíamos falar sobre estimulação cerebral para a independência e autonomia do idoso sem destacar o Método Supera Ginástica para o Cérebro ― pioneiro na América Latina.
Indicado para todas as idades, tem contribuído para crianças, jovens e adultos melhorem seu desempenho cognitivo e socioemocional, com destaque para benefícios como:
Desenvolvimento da criatividade;
Aumento da concentração;
Desenvolvimento do raciocínio lógico e memória;
Melhoria na segurança e autoestima;
Aumento da perseverança e disciplina;
Aperfeiçoamento da coordenação motora.
Para alcançar esses resultados, neurocientistas e pedagogos criaram o método Supera a partir do princípio da neuroplasticidade, que trata a capacidade de o cérebro ampliar seus potenciais a partir de estímulos externos.
Então, chegou-se a um programa totalmente interativo, baseado em 6 ferramentas:
Ábaco, instrumento oriental para execução de cálculos;
Apostilas temáticas com atividades para desenvolver habilidades como criatividade e raciocínio;
Jogos de tabuleiro para pessoas de todas as idades;
Jogos online, para divertir e enriquecer a dinâmica do cérebro;
Dinâmicas em grupo focadas no desenvolvimento de habilidades socioemocionais;
Atividades neuróbicas para manter o cérebro estimulado e em constante atividade.
Após experimentar as atividades do Método Supera, são muitos os depoimentos de nossos alunos idosos ressaltando que o curso está ajudando a rejuvenescer, ter a mente mais ativa, superar problemas de ansiedade e depressão, melhorar a autoestima e ter uma vida mais feliz e produtiva.
Neste artigo, você viu como independência e autonomia do idoso são essenciais para aproveitar esta incrível fase da vida. Ser uma pessoa independente significa ter domínio sobre suas ações, metas e desejos.
Crianças demonstram no convívio a habilidade de perceber o outro. Mas o desenvolvimento da empatia desde cedo deve ser trabalhado e incentivado pela escola e, principalmente, pela família.
Embora a maioria dos pais já tenha ouvido que a empatia é “uma coisa boa”, muitos não sabem exatamente qual a importância de ensiná-la para as crianças.
Simplificando, a empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, de imaginar como seria experimentar a vida da perspectiva de outra pessoa — especialmente em termos de emoção e de necessidades mais básicas.
Continue a leitura para entender a importância de ensinar a empatia para as crianças e, ao final, algumas dicas para colocar isso em prática.
Qual a importância da empatia na vida das crianças?
Ajudar crianças pequenas a desenvolver senso de empatia é benéfico por conta dos motivos a seguir.
Ajuda na construção de relacionamentos
A empatia desestimula uma postura autocentrada, de preocupação excessiva com as próprias necessidades. Com isso, promove maior abertura para que seu filho crie laços de confiança com outras crianças e educadores na escola, melhorando a aprendizagem.
Contribui com a saúde mental e física a longo prazo
A empatia estimula a interação e a construção de relacionamentos, mas também tem um impacto na vida interna de cada um.
A capacidade de reconhecer e de compartilhar emoções é fundamental para evitar distúrbios que prejudiquem a saúde física e mental.
Controla a impulsividade
A empatia pode predispor crianças e jovens a serem menos ansiosas, principalmente no que se refere à reação de outras pessoas. O controle da ansiedade pode ajudá-las a não agir e não tomar decisões por impulso.
Como ensinar a empatia às crianças?
Os pais e a família em geral são os primeiros e mais duradouros professores das crianças. É por isso que você tem a chance valiosa de ensinar a empatia para seus filhos. As maneiras de ensinar essa habilidade envolvem as ações a seguir.
Discutir emoções
Falar de maneira aberta sobre emoções, em vez de simplesmente descartá-las, é um bom começo. Digamos que seu filho tenha medo do escuro. Em vez de dizer para ele “Não há nada para ter medo”, você pode fazer perguntas que explorem os sentimentos da criança, como “Você tem medo do escuro? O que te assusta no escuro?”.
Se seu filho não gosta de outra criança, dizer apenas “isso está errado” dá um fim à conversa, mas, em vez disso, você pode perguntar por que ele se sente assim.
É uma pergunta que pode levar a uma discussão sobre as ações da outra criança e por que a criança pode estar agindo dessa maneira (por exemplo, ela acabou de se mudar para uma nova escola e está com raiva porque sente falta da antiga escola e de seus amigos).
Castigar uma criança por se sentir triste ou com raiva não é recomendável. É importante deixar claro que todas as emoções são bem-vindas e que é necessário aprender a gerenciá-las de maneira saudável por meio de discussão e reflexão.
Ajudar em casa, na comunidade ou globalmente
Ajudar os outros desenvolve a bondade e o carinho. Também pode dar às crianças a oportunidade de interagir com pessoas de diversas origens, idades e culturas, tornando mais fácil mostrar empatia por todas as pessoas.
Dar o exemplo
Quando você tem relacionamentos respeitosos e interage com os outros de maneira gentil e carinhosa, seu filho aprende a empatia de perto, por ter um adulto como exemplo.
Ler histórias infantis
Talvez uma das maneiras mais simples de ensinar a empatia para crianças seja lendo livros infantis com elas. As crianças aprendem a associar sentimentos e ações com seus personagens e histórias favoritos. Isso as ajuda a criar uma memória afetiva.
Desenvolver empatia leva tempo. Contudo, assim como qualquer outra habilidade, ela deve ser desenvolvida desde muito cedo. Esperamos que você tenha gostado das dicas de como ensinar a empatia para as crianças. Agora, o mais importante é colocá-las em prática!
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Tirar o cérebro da zona de conforto é benéfico para todas as faixas etárias. Contudo, manter a rotina do idoso em alguns aspectos ajuda a estruturar seu dia, além de fornecer ordem e previsibilidade, contribuindo para a qualidade de vida e bem-estar geral.
E mesmo que o idoso seja uma pessoa muito ativa e independente, a rotina contribui para ele ter mais espaço dedicado a atividades prazerosas, como encontros sociais, cursos e atividades esportivas e culturais.
Quais os benefícios de manter uma rotina para o idoso?
Estabelecer uma rotina é um aspecto importante do cuidado com os idosos. Veja os principais benefícios!
Sensação de independência
A falta de rotina pode levar o idoso a sentir-se dependente de outros familiares. Porém, quando ele tem suas atividades planejadas, ganha uma sensação de liberdade importante.
Maior produtividade e autonomia
Uma das maiores frustrações para a pessoa idosa é perder sua autonomia, tanto por limitações físicas quanto mentais, como a perda de memória. Logo, a rotina ajuda a manter a produtividade em alta e mantém o idoso mais autônomo.
Mais saúde física e mental
A rotina também ajuda a manter a saúde física e mental. Do ponto de vista do corpo, o idoso se move, toma remédios no horário certo, come, dorme bem e mantém a higiene. Quanto à mente, esta é mais estimulada, inclusive por afazeres que estimulem o cérebro.
Quais atividades não podem faltar na rotina dos idosos?
Chegou a hora de ver dicas para criar uma ótima rotina do idoso.
Autocuidado diário
Ajude o idoso a criar hábitos diários de autocuidado, por meio de uma tabela com os afazeres relacionados à alimentação, higiene, remédio e sono. Combine horários para dormir, fazer as refeições, banhar-se e descreva claramente os horários de cada remédio, se houver. Tirar o cérebro da zona de conforto é benéfico em todas as faixas etárias, porém, quando trata-se de saúde, precisamos ser cautelosos.
Atividades de lazer
As atividades de lazer são muito importantes para o idoso e devem incluir, sobretudo, encontros sociais com amigos próximos. Essas programações podem ser desde simples visitas a conhecidos e passeios até experiências como programações culturais e viagens periódicas.
Estimulação cognitiva
A ginástica para o cérebro é uma atividade que mantém a mente ativa por mais tempo e, assim, proporciona mais qualidade de vida não apenas para idosos, mas para pessoas de todas as idades. No cotidiano, é possível exercitar o cérebro por meio de atividades como leitura, filmes e música, com o manuseio de algum instrumento, por exemplo.
Você também pode investir em cursos como o Método Supera, que tem turmas específicas para idosos e trazem atividades divertidas, desafiadoras e são muito eficientes nessa proposta.
Exercícios físicos
Por fim, mas não menos importante, estão os exercícios físicos. O exercício físico previne uma série de problemas de saúde, como osteoporose, atrofias, perda de tônus muscular e dificuldade de respiração, além de doenças neurológicas e cardiovasculares.
Também estimula o cérebro, evita o estresse, mantém a vivacidade e pode ser uma excelente fonte de lazer.
Esperamos que essas dicas ajudem você a compreender e a criar uma rotina do idoso saudável. A melhor idade é uma linda fase da vida e deve ser vivida plenamente! Logo, a estimulação deve contemplar o corpo e a mente, sempre de maneira prazerosa e organizada.
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Como proporcionar uma educação socioemocional a seu filho?
Já notou a quantidade de adultos com sérias dificuldades de lidar com relacionamentos interpessoais e que, facilmente, envolvem-se em conflitos por não saberem administrar emoções? Pois bem, esses podem ser resultados da falta de educação socioemocional na infância e na adolescência.
Como a ciência já comprovou ao longo de anos de estudos, crianças e adolescentes que puderam desenvolver suas habilidades socioemocionais, quando adultos, conseguem gerir suas emoções de maneira muito mais autônoma, vencendo até os mais difíceis desafios com sabedoria.
Tema debatido no mundo todo, a educação socioemocional...também está na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e se tornou uma normativa do MEC (Ministério da Educação) para todas as escolas do país. Porém, esse trabalho não pode ser delegado apenas à escola, por fazer parte da educação integral da criança e do adolescente.
Então, é importante que toda a família contribua com a educação socioemocional dos seus filhos. Veja, a partir de agora, como fazer isso!
O que é educação socioemocional?
A definição oficial de educação socioemocional vem da organização internacional sem fins lucrativos CASEL (Collaborative for Academic, Social, and Emotional Learning) — instituição pioneira no estudo do desenvolvimento das competências socioemocionais na educação. Foi fundada em 1994, nos Estados Unidos.
Entendendo a educação socioemocional como parte do desenvolvimento global de todo ser humano, a CASEL afirma que:
“Educação socioemocional é o processo por meio do qual todos os jovens e adultos adquirem e aplicam os conhecimentos, habilidades e atitudes para desenvolver identidades saudáveis, gerenciar emoções e alcançar objetivos pessoais e coletivos, sentir e mostrar empatia pelos outros, bem como estabelecer e manter relacionamentos de apoio e fazer decisões responsáveis e cuidadosas.”
Para que esse trabalho seja possível, é preciso criar um ambiente favorável a experiências que estimulem os estudantes, o que implica uma sólida parceria entre a escola e a família.
A escola, por ser um espaço de alta estimulação cognitiva, foi orientada pela BNCC a incluir a educação socioemocional de maneira permanente no ensino. Ela inclui as competências socioemocionais em todas as 10 competências gerais para o aprendizado, sendo divididas em 5 grandes grupos:
Autoconsciência;
Autogestão;
Consciência Social;
Habilidades de Relacionamento;
Tomada de Decisão Responsável.
Qual a importância de desenvolvê-la desde cedo?
A educação socioemocional contribui para que seus filhos se tornem adultos mais socialmente responsáveis e com discernimento a respeito do impacto das próprias ações no mundo.
Para que isso fique mais claro, na prática, veja algumas razões para o ensino da educação socioemocional, a seguir.
Maior autonomia em suas vidas
Todo adulto com habilidades socioemocionais bem desenvolvidas tem condições de ter as rédeas de suas vidas nas próprias mãos. Isso porque é possível tomar decisões com sabedoria e flexibilidade, traçar objetivos e cumpri-los sem medo.
Melhor resolução de conflitos
Conflitos fazem parte da vida e, para resolvê-los, é preciso se comunicar bem, saber defender seus pontos de vista, compreender a posição do outro e sempre procurar uma saída positiva ― pontos altamente explorados na educação socioemocional.
Relações interpessoais mais sólidas e saudáveis
Quando as habilidades socioemocionais são bem desenvolvidas, as pessoas constróem relacionamentos mais consistentes, tanto do ponto de vista pessoal quanto profissional. Entre outras coisas, o indivíduo tende a ser mais respeitado por sua essência, oferece mais afeto e torna-se uma referência importante no grupo.
Futuro mais equilibrado
A autoconsciência proporcionada pela educação socioemocional permite que uma pessoa trilhe com mais certeza seu caminho de vida e cometa menos erros que podem colocar em xeque sua estabilidade pessoal, profissional, familiar e financeira.
Mais autoconfiança
Um dos principais problemas para o sucesso pessoal é a falta de autoconfiança, uma vez que podem surgir sentimentos de incapacidade e de estagnação. Assim, o indivíduo não consegue se desenvolver e, tampouco, inspirar confiança em quem estiver ao seu redor.
Como proporcionar educação socioemocional para as crianças?
Fomentar a educação socioemocional de seus filhos junto ao seio familiar pode ser natural e prazeroso. Para ajudar você a ter uma estratégia na manga, oferecemos as sugestões abaixo.
Encoraje seus filhos a expressarem suas emoções
Emoções reprimidas podem ser bastante prejudiciais à vida adulta. Por isso, é importante estimular crianças e jovens a expressarem o que estão sentindo. Esse é o primeiro passo para ajudá-los a identificar e a rotular emoções que não conseguem compreender.
Como pode ser difícil, especialmente para as crianças pequenas, reconhecer e compreender as emoções em si mesmas e nos outros, o apoio de um adulto é fundamental para saberem controlar suas próprias respostas a emoções fortes.
Pratique a escuta ativa
A escuta ativa possibilita melhorar sua comunicação com seus filhos e dar mais eficiência aos diálogos. Isso permite que eles se sintam ouvidos e apoiados em seus problemas.
De outro lado, se você pratica a escuta ativa com eles, acaba estimulando que façam o mesmo com relação a outras pessoas. Ao aprenderem a ouvir, eles vão absorver de fato o conteúdo da fala do interlocutor e poderão refletir sobre o que está sendo discutido, concordar ou contra-argumentar. Logo, esse é um passo importante na resolução de problemas.
Delegue tarefas para fomentar o senso de responsabilidade
Ao delegar tarefas pelas quais seus filhos são inteiramente responsáveis, você está dando uma oportunidade de aprenderem a ter senso de responsabilidade, pontualidade, organização e autonomia, bem como está fomentando a sensação de pertencimento a um grupo.
Como resultado, na fase adulta, tenderão a ser pessoas mais eficientes, confiáveis e colaborativas em todos os projetos nos quais se engajarem.
Trabalhe situações de conflito
Toda resolução de conflitos começa com a separação entre emoção e razão. Isso deve ser seguido de uma comunicação clara, sem ataques nem acusações.
Por isso, crianças e adolescentes precisam saber administrar as tensões, ter mais empatia e gentileza na arte de compreender o outro e adquirir habilidades de comunicação, sobretudo quando o clima esquentar.
Essa estratégia pode ser feita por meio de brincadeiras e jogos de competição saudável, contação de histórias, bem como ao mostrar exemplos do cotidiano. Além disso, quando de fato acontecer um conflito, ajude seus filhos a refletirem sobre os fatos e conduzirem a melhor forma para resolver a discórdia.
Busque oportunidades de desenvolvimento de habilidades cognitivas e socioemocionais
Um dos pontos mais interessantes da educação socioemocional é associá-la ao desenvolvimento de habilidades cognitivas, como é o caso das atividades para estimular o cérebro.
Essas oportunidades podem acontecer em casa ou por meio da participação em atividades que promovem uma verdadeira ginástica cerebral, em que os participantes colhem benefícios que impactam suas vidas do ponto de vista pessoal, profissional e acadêmico.
Como exemplo, destacamos o Método Supera, um curso voltado a todas as idades, que ajuda a família toda a ter uma performance melhor e mais qualidade de vida.
O curso foi criado com o auxílio de pedagogos e de neurocientistas e se baseia no conceito de neuroplasticidade, que diz respeito à capacidade do cérebro de se transformar e expandir seus potenciais a partir de diferentes estímulos.
Com atividades baseadas no tripé novidade, variedade e desafio crescente, no curso de ginástica para o cérebro do Supera, os alunos interagem semanalmente com 6 tipos de ferramentas ao longo de duas horas:
ábaco (instrumento de cálculo que melhora a atenção e o raciocínio);
livros com desafios cognitivos;
dinâmicas para melhorar o relacionamento interpessoal e outras habilidades socioemocionais;
jogos de tabuleiro;
atividades neuróbicas, que são exercícios para tirar o cérebro da zona de conforto com atividades cotidianas;
Supera Online, com jogos virtuais para realizar de onde estiver, a qualquer tempo.
Esperamos que todas essas reflexões e dicas tenham ajudado a compreender a importância da educação socioemocional na vida dos seus filhos e sirvam de inspiração para você fomentar tais habilidades com a família. Comece já, sempre com muito carinho e amorosidade, e os resultados serão visíveis.
Como ajudar a desenvolver o autoconhecimento nas crianças?
Autoconhecimento é uma habilidade que contribui para as pessoas aprenderem a perceber como os próprios pensamentos, emoções, sentimentos e ações impactam nelas e no ambiente onde estão. A partir dessa consciência, é possível alinhar seu comportamento com seus valores e fazer melhores escolhas na vida.
De maneira simples, podemos dizer que pessoas que aprendem como desenvolver o autoconhecimento podem interpretar suas ações, sentimentos e pensamentos de forma objetiva e tomar decisões mais benéficas para si e o outro.
Você quer saber como ajudar seus filhos a desenvolverem autoconhecimento? Fique conosco na leitura deste post!
Qual a importância do autoconhecimento nas crianças?
O autoconhecimento é vital tanto para o sucesso de uma criança na escola quanto para seu crescimento social e emocional. Essa habilidade facilita enxergar com precisão seu próprio desempenho e comportamento, bem como sua capacidade de responder adequadamente a diversas situações sociais.
Por meio do autoconhecimento, elas conseguem mais facilmente:
entender suas próprias necessidades;
identificar forças e limites;
gerenciar emoções com responsabilidade;
atingir metas e objetivos;
manter uma rede de relacionamentos forte;
desenvolver empatia para com os outros ― especialmente colegas que podem ter habilidades ou origens diferentes das delas.
Em resumo, crianças com autoconhecimento bem desenvolvido:
são mais amáveis, solidárias e se importam com as necessidades e os sentimentos dos outros;
têm mais consciência de como seu comportamento afeta os demais;
conseguem expressar seus sentimentos de maneira mais consciente;
adquirem autonomia e melhor capacidade de se organizar;
identificam o que precisam aprender para concluir uma tarefa com sucesso;
desenvolvem um raciocínio melhor.
Como desenvolver o autoconhecimento nas crianças?
Mas, afinal, como você pode ajudar seus filhos a desenvolverem o próprio autoconhecimento? É isso que você verá a partir de agora!
Conte histórias, estimule a leitura e assista a filmes
O mundo da fantasia que as histórias, livros e filmes infantis proporcionam traz uma série de lições importantes para que a criança perceba as diferentes emoções, compreenda as diferenças e veja que toda atitude tem um reflexo importante em sua vida e na do outro.
Você pode, ainda, contextualizar cada uma dessas atividades com uma das habilidades que acabamos de mencionar e conversar com a criança a respeito.
Faça atividades de linha do tempo
Atividades de linha do tempo podem ser utilizadas de diferentes maneiras, e todas elas têm em comum as habilidades de planejamento de metas e objetivos, capacidade de organização, pontualidade, entre outras.
Alguns contextos em que a linha do tempo pode ser utilizada são:
“o que quero fazer da vida daqui a dez anos”;
“como serão os passos da minha vida de estudos”;
“quais lugares conheceremos este ano”;
“como será o calendário escolar de hoje até as férias de dezembro”.
Assim, você estimula que as crianças se planejem em médio e em longo prazos e comecem a enxergar possibilidades de vida e fazer escolhas.
Cultive as paixões das crianças
Sempre estimule seus filhos no que eles são bons. Além de incentivar que desenvolvam suas aptidões, formal e informalmente, não perca oportunidade de elogiá-los. O reconhecimento por qualquer coisa bem-feita é um importante estímulo para a autoconfiança.
Ainda, incentive que as crianças descubram suas habilidades. Por exemplo, você pode visitar exposições, ir ao teatro ou a um museu, incentivar a prática esportiva ou ensinar a tocar um instrumento musical.
Permita que os pequenos experimentem coisas novas
Experimentar uma variedade de atividades em que a criança pode se expressar ajuda a conscientizar os pequenos do que eles são capazes e descobrir novos interesses.
Além das atividades de lazer, considere atividades extracurriculares. Elas são importantes porque fomentam a criatividade, colaboram para a construção da autoestima e contribuem para o desempenho escolar.
Esperamos que você tenha entendido como desenvolver o autoconhecimento nos pequenos é essencial para sua formação integral e pode fazer parte do cotidiano. Além disso, a relação entre as habilidades cognitivas e socioemocionais é íntima e tem impactos diretos no aprendizado.
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Supera para escolas Método de estimulação cognitiva
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Criado em 2006, o Supera é hoje a maior rede de escola de ginástica para o cérebro do Brasil. Em um ano de operação, entrou para o sistema de franquias e hoje já possui 250 unidades no país. O curso, baseado em uma metodologia exclusiva e inovadora, alia neurociência e educação. Se você tem interesse em empreender nesta área, deixe seu cadastro em nosso site.