5 hábitos que prejudicam a saúde do cérebro

Publicado em: 22/09/2023 Por Marcela Teodoro

Muitas pessoas se preocupam com a saúde do cérebro — e isso não é à toa. Afinal, podemos dizer que ele é o principal órgão do corpo humano, responsável por controlar desde funções simples, como dormir, até as mais complexas, como resolver problemas lógicos e abstratos de matemática.

No entanto, infelizmente, existem alguns hábitos que adotamos que podem comprometer suas funcionalidades. Esse é um tema que muitos desconhecem e para outros nunca foi enfatizada a sua real importância.

Neste conteúdo, vamos explicar quais são esses hábitos e por que é importante evitá-los. Acompanhe!

Como os hábitos podem prejudicar a saúde do cérebro?

Pequenos atos do cotidiano podem ter um impacto significativo na saúde cerebral ao longo do tempo, mesmo que muitas vezes isso não seja tão perceptível.

Hábitos como uma alimentação inadequada, falta de sono adequado, excesso de tecnologia, falta de exercícios mentais e sociais, entre outros, podem prejudicar o cérebro a longo prazo.

Os prejuízos podem incluir:

Quais são os 8 hábitos que prejudicam a saúde cerebral?

Como você provavelmente já sabe, é essencial reparar em nossos comportamentos diários e buscar bons hábitos. Assim, você cuida não só da saúde geral do seu corpo, mas também do seu cérebro.

Além de ter um risco menor de desenvolver doenças neurodegenerativas, um cérebro saudável é capaz de:

  • aprender com mais facilidade;
  • memorizar as informações com mais qualidade;
  • criar conexões mais fortes entre as células;
  • gerar mais bem-estar e saúde mental.

No entanto, é comum termos hábitos que acabam prejudicando tudo isso, e atentar-se a eles é o primeiro passo para mudar. Confira, a seguir, oito práticas que você pode evitar para preservar a saúde do seu cérebro.

1. Alimentar-se mal

Uma alimentação inadequada tem efeitos negativos no funcionamento do cérebro. Entre os itens que nos prejudicam, principalmente se consumidos em excesso, estão:

  • alimentos processados;
  • comidas com muitos componentes químicos, gorduras e sódio;
  • bebidas alcoólicas.

Quando combinada com a falta de nutrientes na alimentação, a ingestão de produtos nocivos se torna especialmente prejudicial. Afinal, além de enfrentar os efeitos desse tipo de consumo, tanto o cérebro como o corpo em geral ficam privados dos componentes necessários para um bom funcionamento.

Tudo isso compromete o desempenho do organismo e acelera o processo de envelhecimento. Além disso, contribui para o desenvolvimento ou piora tanto de doenças físicas como de transtornos mentais, como a ansiedade e a depressão, que afetam significativamente as funções cognitivas.

Cuidado com o açúcar!

O consumo de alimentos açucarados é uma fonte de prazer para muita gente. Durante a ingestão, ativamos uma rede de neurotransmissores, como a serotonina e a dopamina, que interpretam esse momento como prazeroso.

No entanto, quando esse hábito se torna muito recorrente e envolve grandes quantidades de açúcar, é muito prejudicial. O sistema nervoso central pode começar a associar a liberação desses neurotransmissores com a ingestão de açúcar, o que leva a alterações no humor, na disposição e no bem-estar.

2. Dormir pouco

A privação de sono é altamente prejudicial para o cérebro. Ela está diretamente relacionada a uma série de malefícios, como:

  • o enfraquecimento do sistema imunológico;
  • a diminuição da memória e da capacidade de aprendizado;
  • alterações no humor.

Durante o sono, o seu cérebro realiza uma série de tarefas importantes para manter o organismo saudável. Por exemplo, ele elimina toxinas acumuladas ao longo do dia e consolida as memórias, fortalecendo o aprendizado.

Saiba mais sobre a importância do sono

Um estudo de 2013, realizado pelo Centro Médico da Universidade de Rochester, mostra que o sono é uma verdadeira faxina: é durante ele que entra em ação o sistema glinfático, que remove do cérebro resíduos metabólicos e toxinas.

Essa limpeza é crucial, pois as toxinas acumuladas podem levar a declínio cognitivo e a doenças relacionadas a ele e ao envelhecimento.

Outro estudo, também de 2013, realizado pela Universidade da Califórnia, demonstrou o seguinte: durante o sono, o cérebro estabelece novas conexões e relaciona informações de maneiras incomuns.

Esse processo é capaz de potencializar nossa criatividade, especialmente nos primeiros minutos após acordar. Esse estado permite que as ideias fluam com mais facilidade. Por isso, muitos escritores e poetas preferem o começo do dia para escrever.

3. Usar tecnologia em excesso

O uso das tecnologias na nossa sociedade se tornou indispensável na rotina diária, proporcionando facilidades como o sistema de GPS para localização e a praticidade de compartilhar contatos telefônicos.

Porém, o acesso fácil a um grande volume de informações e estímulos virtuais pode interferir no desempenho cerebral, tornando-o menos eficiente em tarefas mentais básicas — como se ele ficasse preguiçoso.

O cérebro é realmente incrível, mas ele tem suas limitações. Além disso, consome uma quantidade significativa de energia. Em uma entrevista concedida ao Portal Drauzio Varella, o psicólogo britânico David Lewis fez observações interessantes:

  1. o cérebro é como uma usina: representa só 2% do peso corporal, mas consome cerca de um quinto do sangue, oxigênio e glicose disponíveis no organismo, demanda energética que é necessária para cuidar do corpo e das atividades cognitivas;
  2. ele tem uma espécie de sistema de triagem de tarefas, e sobrecarregá-lo com múltiplas atividades gera uma desorganização de outras funções — o que prejudica o sono, traz irritabilidade, potencializa a ansiedade, aumenta o risco de burnout e por aí vai.

Em resposta a uma grande quantidade de estímulos, o cérebro usa suas reservas para lidar com a situação. Mas, devido ao alto volume de informações a que estamos expostos, essas reservas estão sendo sobrecarregadas.

4. Interagir pouco

A ausência de interação também está associada ao declínio cognitivo. Ela aumenta as chances de demência e afeta a saúde mental, resultando em quadros de depressão e ansiedade, por exemplo.

Manter-se em atividade social e ter conversas agradáveis são coisas que contribuem diretamente para o bem-estar do cérebro. É o que indicam as pesquisas, a exemplo de um estudo realizado em 2021 por pesquisadores da Universidade de Nova York.

Nele, pessoas com uma vida social satisfatória apresentaram um melhor desempenho cognitivo. Além disso, as práticas saudáveis de sociabilidade foram relacionadas à prevenção do Alzheimer, e à melhora da memória e da linguagem.

5. Fumar

Todo mundo sabe que o hábito de fumar causa uma série de malefícios ao corpo, mas é importante relembrar. O tabagismo está diretamente ligado ao desenvolvimento de câncer de pulmão, boca e laringe, além de doenças coronarianas e cerebrovasculares.

Além de aumentar a suscetibilidade a infecções pulmonares, o hábito de fumar prejudica significativamente o nosso cérebro. Um estudo realizado em 2013 pela Universidade King’s College London, na Inglaterra, demonstrou que o cigarro danifica o cérebro, afetando suas capacidades de memória e aprendizado.

A pesquisa envolver a participação de mais de 8 mil participante, todos com mais de 50 anos. Eles foram desafiados a mencionar o maior número possível de nomes de animais que conseguissem lembrar em um minuto.

Depois de 4 anos, o teste foi repetido, revelando uma ligação direta entre o tabagismo e um desempenho inferior no teste — já que quem não tinha esse hábito se saiu melhor, em geral.

6. Ingerir cafeína demais

As pessoas usam a cafeína diariamente para diversos fins. Ela atua como energético, termogênico e até medicamento, e também está presente na composição de muitos alimentos.

Se você gosta daquele cafezinho de manhã, não precisa entrar em pânico — na verdade, a cafeína até pode trazer benefícios para o corpo e a mente. Mas já ouviu dizer que tudo em excesso faz mal? Exatamente: o problema está no consumo excessivo.

Ela tende a gerar uma espécie de hiperatividade momentânea no cérebro. A partir de certo ponto, isso afeta a capacidade de concentração, as habilidades matemáticas, a capacidade de comunicação e até mesmo a de ficar parado, entre outros aspectos.

Embora a substância seja muito usada para aumentar o rendimento em tarefas, o consumo excessivo de cafeína pode acabar tendo o efeito contrário: a redução da produtividade. Então, vamos buscar moderação, combinado?

7. Respirar ar poluído

Você sabia que a poluição do ar pode afetar seriamente a saúde do cérebro? Foi o que mostrou um estudo realizado em 2021 pela Universidade São Judas Tadeu, e esse impacto é especialmente significativo em pessoas idosas.

Além de contribuir para a ocorrência de AVCs, a poluição tem ligação com casos de demência e outras doenças neurodegenerativas (que se caracterizam pelo declínio cognitivo).

8. Ter uma vida sedentária

Você já deve saber que a falta de atividade física e a ausência de estímulos que coloquem o corpo em movimento, em geral, contribuem para diversos problemas, como indisposição, pressão alta e obesidade.

E, sim: o sedentarismo afeta, também, a funções do sistema nervoso central — especialmente a liberação de neurotransmissores essenciais para o nosso bem-estar físico e mental.

Além disso, ele pode acelerar o das atividades do cérebro, uma vez que reduz a exposição a estímulos ambientais e limita a interação social, aspectos importantes para exercitar e aprimorar a cognição.

Quais os sinais de que o cérebro não está saudável?

É essencial ter atenção ao seu organismo e seu desempenho nas tarefas, para identificar mudanças nos padrões que talvez indiquem a necessidade de um cuidado maior com o seu cérebro.

Alguns sinais de alerta são:

  • queda na produtividade;
  • redução no desempenho pessoal e profissional;
  • falta de motivação para realizar as tarefas do dia a dia;
  • sensação de cansaço mental;
  • raciocínio truncado;
  • esquecimentos frequentes;
  • dificuldade para se concentrar nas atividades.

Ao perceber um ou mais desses aspectos, é recomendado buscar atendimento médico para descartar questões orgânicas que possam estar afetando o funcionamento do seu corpo, como problemas metabólicos, deficiências vitamínicas ou quadros patológicos. É interessante, também, fazer uma avaliação com profissionais como um neuropsicólogo ou um neurologista.

Dessa forma, será possível realizar uma investigação aprofundada por meio de entrevistas, testes e exames de imagem do sistema nervoso central. Se existir um problema fisiológico, quanto mais cedo ele for detectado, melhor: assim, você tem a chance de buscar tratamento precoce.

Quando não há nenhuma questão fisiológica detectada, é importante considerar a psicoterapia, uma ferramenta valiosa para cuidar da saúde do cérebro. Afinal, seu organismo é um conjunto, e as questões psíquicas afetam todo o resto.

Por meio do acompanhamento psicológico, é possível desenvolver estratégias de enfrentamento, promover o autocuidado e aprender técnicas para melhorar a atenção, a memória e a concentração. Além disso, a terapia pode auxiliar no gerenciamento do estresse, na resolução de conflitos e na promoção de hábitos saudáveis, contribuindo para uma mente mais equilibrada e um cérebro mais saudável.

Como estimular o cérebro?

O cérebro pode — e deve — ser estimulado por todo mundo. Isso é muito importante para que ele se mantenha funcional ao longo do tempo, permitindo explorar ao máximo suas capacidades.

Existem várias atividades que estimulam e aprimoram o bem-estar psicológico, habilidades socioemocionais e funções cognitivas, como:

  • jogos de memória: quebra-cabeças, palavras cruzadas e afins exercitam a memória e o raciocínio;
  • jogos de estratégia: jogos como xadrez ou sudoku favorecem o pensamento lógico, a atenção e a tomada de decisões;
  • aprendizado de idiomas: desafia o cérebro e desenvolve habilidades ligadas à linguagem, memória e comunicação;
  • exercícios físicos: melhoram a circulação sanguínea no cérebro, contribuindo para um melhor desempenho cognitivo;
  • leitura: estimula a atenção, linguagem, imaginação e promove o aprendizado;
  • prática de instrumentos musicais: envolve habilidades cognitivas como memória, coordenação motora e percepção auditiva;
  • meditação e mindfulness: cultivam a atenção plena, reduzem o estresse e melhoram a clareza mental;
  • arte e criatividade: pintura, desenho, escrita e outras atividades artísticas estimulam a criatividade, expressão pessoal e habilidades de resolução de problemas;
  • atividades sociais: a participação em grupos de dança, teatro ou clubes de leitura, por exemplo, promove uma interação social benéfica para a saúde mental e o bem-estar emocional.

Além dos exemplos acima, vale mencionar o método SUPERA. Nossa rede de escolas de ginástica para o cérebro transforma vidas e melhora o desempenho em diversas áreas, como a acadêmica, a profissional e a interpessoal.

Além de promover a saúde cerebral, o curso desenvolve habilidades cognitivas, socioemocionais e éticas, proporcionando aos alunos melhor desempenho e qualidade de vida em diversos aspectos, como no ambiente profissional, escolar, social e familiar.

Usamos exercícios cognitivos e recursos lúdicos, como:

E sabe o que é mais legal? Disponibilizamos a experiência SUPERA para quem quer conhecer nossa metodologia exclusiva, baseada nos avanços da neurociência.

A saúde do cérebro é fundamental para o bom funcionamento do corpo humano. Hábitos prejudiciais, como alimentação e sono inadequados, uso excessivo de tecnologia, falta de interação social, tabagismo, exposição à poluição do ar e sedentarismo podem comprometer a saúde cerebral a longo prazo, levando a diversos problemas.

É essencial evitar buscar sempre um estilo de vida saudável, com bons hábitos e estímulos cerebrais adequados e constantes. Você pode — e deve — procurar, por conta própria, formas de desafiar e desenvolver sua cognição constantemente. Mas também é uma ótima ideia investir ainda mais na saúde do seu cérebro e contar com uma abordagem estruturada e comprovada como o método SUPERA.

Quer tirar dúvidas ou saber mais sobre o SUPERA? Entre em contato conosco!

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