Estudo: as melhores estratégias para treinar a memória

Publicado em: 03/11/2022 Por Assessoria de Imprensa SUPERA

Estratégias para treinar a memória

A população idosa cresceu exponencialmente, especificamente  no  Brasil,  o  número  de  idosos  chegou  a  28  milhões  em  2017,  ante  10,7  milhões  em 1991. Com essa aceleração e mudanças na pirâmide etária, ocorrem novos desafios no que diz respeito a saúde pública e melhora da qualidade de vida para os indivíduos.

Nesse contexto, no processo de envelhecimento normal ocorrem alterações cognitivas devido ao envelhecimento cerebral, por exemplo redução nas habilidades cognitivas em todos os seus domínios, tais como: memória, funções executivas, atenção, linguagem, capacidades visuoespaciais e entre outros. Para isso, existem formas de estratégias de treinar as funções cognitivas para manter as habilidades ou para prevenir declínios cognitivos.

estratégias para treinar a memória

Como funcionam as estratégias para treinar a memória

Em especial, o estudo de Campos e Vasconcellos publicado em 2022, destaca a importância de executar treinos cognitivos para melhorar os mecanismos de plasticidade cerebral que podem ajudar na habilidade de preservar a cognição, em especial a memória.

Os autores destacam  que o  treinamento  prioriza  instruir  o  desempenho  de  habilidades  cognitivas  específicas  (como  a  memória  episódica),  trabalhando  estratégias  como  imaginação,  categorização  e  listagem,  que  melhoram  o  desempenho  ou  compensam  o  baixo  desempenho  nessa  função.

Com a realização de uma meta-análise de estudos brasileiros sobre treino de memória cognitiva em pessoas idosas, os pesquisadores objetivaram  investigar  a  magnitude  da  melhora  no  desempenho  mnemônico  obtido  por  meio  do  treinamento  cognitivo  e  verificar  se  essa  magnitude  difere  de  acordo  com  a  estratégia  de  treinamento  utilizada.

Estudo: as melhores estratégias para treinar a memória - SUPERA - Ginástica para o Cérebro

Os artigos encontrados viabilizaram a utilização de estratégias de treinamento, incluindo Psicoeducação, categorização, ênfase  de  palavras, imaginação e repetição.

Dos  331  resultados  obtidos  nas  bases  de  dados  online  e  fontes  adicionais  (97  após  eliminação  de  duplicatas),  foram  obtidos  21  estudos  sobre  treinamento  ou  estimulação  cognitiva.

Destes, 14  trabalhos  foram  elegíveis,  dos  quais  cinco  foram  excluídos  por  não  apresentarem  o  texto  completo  ou  dados estatísticos  necessários  para  a construção  da  metanálise destacam os estudiosos Campos e Vasconcellos, em seu estudo.

estratégias para treinar a memória

Os achados da pesquisa demonstraram que as estratégias com o treinamento dos subsistemas de memórias (memória  episódica, memória de  trabalho,  memória  semântica  e   memória  incidental) foram significativamente baixos a moderados  nos  subsistemas  de  memória  trabalhada,  embora  com  efeito  moderado  e  significativo  na  memória  incidental.

Entretanto, é preciso analisar a população estudada, replicando estudos, analisando a quantidade de sessões e tempo de treinamento, podendo aumentar a eficácia dos treinos e estratégias de memória. É o que aponta o estudo de Kautzmann e  Zibetti publicado em 2020, em que foi realizada uma revisão de artigo visando investigar o efeito da reabilitação neuropsicológica e treino cognitivo na memória de idosos saudáveis.

 A  memória episódica  e  a  memória  operacional  foram  as  mais  estudadas. Entre as  formas  de  intervenção identificou-se o predomínio da modalidade grupal, com um padrão de estimulação multimodal (mais de uma função). As principais estratégias empregadas envolvem treinos mnemônicos e de  categorização  semântica. 

estratégias para treinar a memória

Além  disso,  foram  identificados  treinos  de  atenção  e  de  funções executivas  com  efeitos  secundários  sobre  a  memória.  A  eficácia  dos  treinos  variou  entre  os diferentes tipos de memória. Mas, efeitos positivos foram observados na memória semântica, na memória  operacional e,  principalmente, na memória episódica.

Em suma, como visto, é necessário analisar as singularidades de cada indivíduo para a realização dos treinos cognitivos como estratégias para treinar a memória, mensurando os efeitos pré e pós treino e se os resultados se mantêm por um longo período. De fato, é importante implementar atividades que estimulem a memória, podendo ser diversificados com atividades lúdicas, além de ter hábitos saudáveis de vida, como qualidade na alimentação, sono, ciclo social e engajamentos na sociedade.

Assinam este artigo:

Cássia Elisa Rossetto Verga

Estudante de Graduação do curso de bacharelado em Gerontologia pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. Atualmente faz estágio na área de pesquisa em treino cognitivo de longa duração pelo Instituto SUPERA – Ginástica para o Cérebro. Tem interesse na área de treino e estimulação cognitiva para idosos, com enfoque em neurologia cognitiva. É membro da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Já foi bolsista PUB da Universidade Aberta à Terceira Idade da EACH-USP, atual USP 60 + nas oficinas de música e letramento digital. Participou como assessora de Projetos e Recursos Humanos na Empresa Geronto Júnior entre os anos de 2019 a 2020.

Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva

Gerontóloga formada pela Universidade de São Paulo (USP). Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. É assessora científica e consultora do Método Supera.

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5 comentários para "Estudo: as melhores estratégias para treinar a memória"

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  • Rosa disse:

    Gosto muito de ler sobre este tema, para compartilhar com colegas e trabalhar com minha clientela. Sem falar que sou fã da professora Thais.

  • Rosa disse:

    Gosto muito de ler sobre este tema, para compartilhar com colegas e trabalhar com minha clientela. Sem falar que sou fã da professora Thais Bento.

  • Alexsa disse:

    Adoro o Supera, trabalho com meus alunos de reforço materiais similares aos do Supera. São ótimos e ajudam muito os alunos.

  • Paulo Afonso Reis Pereira disse:

    Boa tarde. Por ter apresentado muito esquecimento a partir de maio de 2021, consultei um neurologista, fiz vários exames e no final, este médico recomendou que eu fizesse testes psicodiagnósticos. Então, estou tentando ler e aprender tudo que possa me ajudar com este problema!

  • Obrigado pelas dicas!

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