Dia Mundial de Conscientização e prevenção do AVC: 6 dicas importantes para evitá-lo

Você já ouviu falar em AVC ou no termo popular derrame? O AVC é a sigla para Acidente Vascular Cerebral, entretanto, atualmente esta sigla foi atualizada para AVE: Acidente Vascular Encefálico, pois engloba uma parte maior do Sistema Nervosos Central (SNC). Com a nomenclatura de Acidente Vascular, é possível perceber a relação com os vasos sanguíneos do nosso Encéfalo. Diante disso, pode-se destacar a existência de dois tipos de AVC: o hemorrágico e o isquêmico.
O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCi) ocorre quando há uma obstrução no vaso sanguíneo, causando uma isquemia, ou seja, a obstrução do fluxo sanguíneo para algum tecido do cérebro. Ele é mais comum, acometendo 80% dos casos e por sua vez, é menos letal.
Já o Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCh), acontece quando há um rompimento do vaso sanguíneo, e, consequentemente, o sangue vaza para o cérebro. Desse modo, o sangue não chega até as células e elas acabam morrendo. O AVCh é mais raro e mais letal, acometendo 20% dos casos.
Fatores de Risco
Alguns dos fatores de risco que podem aumentar a chance da ocorrência de um AVE, são:
- Hipertensão Arterial: os vasos podem ficar mais frágeis e mais suscetíveis a rompimentos;
- Obesidade, maus hábitos alimentares e sedentarismo: podem levar à formação de placas de ateromas/gorduras que podem obstruir os vasos sanguíneos;
- Tabagismo e consumo excessivo de álcool: prejudicam a saúde dos vasos;
- Problemas cardíacos: podem levar a formação de coágulos e a presença de aneurisma cerebral (dilatação no vaso sanguíneo tornando-o mais frágil).
Em relação aos sintomas do AVC, os mais comuns são os seguintes: perda súbita de consciência, dor de cabeça intensa, náuseas e vômitos, fraqueza muscular, formigamento de extremidades de mãos e pés, confusão mental, dificuldades para falar e assimetria da face (boca torta).
Veja 6 dicas de prevenção
Sabemos que algumas práticas podem contribuir para prevenir o AVC como:
Praticar atividade Física
Praticar atividades físicas regularmente ajuda a controlar outros fatores de risco associados ao AVC, como diabetes e hipertensão arterial. Além disso, os exercícios físicos contribuem para melhorar a oxigenação e o fluxo sanguíneo do cérebro Dessa forma, é importante que o indivíduo encontre uma atividade prazerosa que ajude a movimentar o corpo como musculação, dança, pilates, natação ou mesmo uma caminhada.
Beber água
A hidratação do corpo ajuda a manter o sangue menos viscoso, facilitando a circulação sanguínea. Ingerir a quantidade ideal de água também ajuda a melhorar o funcionamento do cérebro, facilitando a oxigenação do cérebro. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), a quantidade ideal de água corresponde a, em média, 35 ml por quilo de peso corporal.
Controle da glicose
Níveis elevados de glicose no sangue podem aumentar o risco de coágulos porque danifica os vasos sanguíneos e provoca inflamação. Já níveis muito baixos de glicose podem simular sintomas de AVC e impactar negativamente o funcionamento cerebral.
Controle da pressão arterial
A pressão arterial elevada pode levar a uma arritmia cardíaca, que aumenta o risco de formação de coágulos, que provocam o AVC. Portanto, é fundamental manter a pressão em níveis normais – de forma natural ou medicamentosa. Alimentação saudável, manutenção do peso corporal, hidratação e exercícios físicos regulares são fundamentais.
Não fumar
O cigarro danifica os vasos sanguíneos, aumenta a pressão arterial, acelera o coração e provoca coágulos. O tabagismo é uma das principais causas de AVC.
Não consumir bebidas alcoólicas
O álcool provoca pressão alta, danifica os vasos sanguíneos, afetando a coagulação do sangue, podendo levar ao acúmulo de placas de gordura e causar problemas cardíacos graves, criando condições favoráveis para o desenvolvimento do AVC, portanto, reduzir ou eliminar a ingesta é uma importante medida preventiva.
Década do Envelhecimento Saudável e a prevenção do AVC
O envelhecimento saudável vai ao encontro dessas práticas, pois ele visa a preservação da capacidade funcional e se o indivíduo tiver danos à saúde, ele não poderá manter seu envelhecimento saudável. Deste modo, a Década do Envelhecimento Saudável 2020-2030 está pautada em quatro pilares e um deles é a integração dos sistemas de saúde. Dessa forma, a pessoa idosa necessita de cuidados integrativos no âmbito da saúde, pois os serviços atuais atende a demandas individuais e a quadros de saúde que tendem a ter uma evolução acelerada.
A Organização Mundial do AVC busca reforçar a importância da prevenção e luta contra o AVC. Através das Campanhas Mundiais de AVC, o objetivo é impulsionar a conscientização da população para melhorar o tratamento e a reabilitação, com o enfoque de promover uma melhor qualidade de vida para os sobreviventes do AVC, como também, aumentar a prevenção. Por isso foi decretado um dia específico para se falar deste tema, o dia 29 de outubro, dia mundial de conscientização e prevenção do AVC.
Referências Bibliográficas
Ação do AVC. CAMPANHA MUNDIAL DO AVC. c2021. Disponível em: https://www.acaoavc.org.br/projetos/campanha-mundial-do-avc. Acesso em: 19 out. 2021
Ministério da Saúde. AVC: o que é, causas, sintomas, tratamentos, diagnóstico e prevenção. 2019. Disponível em: <https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/acidente-vascular-cerebral-avc>. Acesso em: 19 out. 2021.
Organização Mundial de Saúde. Relatório mundial de envelhecimento e saúde. 2015. Disponível em: https://sbgg.org.br/wp-content/uploads/2015/10/OMS-ENVELHECIMENTO-2015-port.pdf. Acesso em: 19 out. 2020.
SBGG – Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Acidente Vascular Cerebral (AVC, AVE ou derrame). São Paulo, 2021. Disponível em: https://www.sbgg-sp.com.br/acidente-vascular-cerebral-avc-ave-ou-derrame/. Acesso em: 17 out. 2021.
World Health Organization. Decade of Healthy Ageing 2020-2030. Organização Pan-Americana da Saúde, 2020.
Assina o texto:
Profa. Dra. Thais Bento Lima da Silva – Gerontóloga formada pela Universidade de São Paulo (USP). Mestra e Doutora em Ciências com ênfase em Neurologia Cognitiva e do Comportamento, pela Faculdade de Medicina da USP. Docente do curso de Bacharelado e de Pós-Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP (EACH-USP), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e vice-diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. É parceira científica do Método Supera. Coordenadora do Grupo de Estudos em Treino Cognitivo da Universidade de São Paulo.
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