É possível parar o envelhecimento?

Publicado em: 18/04/2022 Por Assessoria de Imprensa SUPERA

O envelhecimento humano é um processo natural e contínuo, ao qual inclui mudanças fisiológicas e de estrutura que ocorrem em nosso organismo, conforme o passar dos dias, meses e anos.

No entanto, alguns indivíduos enfrentam tal processo de forma negativa e buscam usar de técnicas estéticas e tecnológicas  para frear o envelhecimento, chamadas de estratégias anti-envelhecimento.

Mas será que é possível parar o envelhecimento?

Primeiramente é necessário entender que o envelhecimento é um processo que se inicia desde a concepção do indivíduo.

Mulher sorri enquanto toca o rosto
Processo de envelhecimento é natural para o ser humano e começa ainda no ventre materno

Quando um embrião está se desenvolvendo, durante a gestação, ele já está envelhecendo.

Toda a problemática social que envolve o envelhecer, está em uma constante busca por uma forma de frear este processo.

A associação preconcebida e errônea de que a velhice e o envelhecimento são uma doença e processos de fragilidade física, causam incômodo em grande parte das pessoas, tornando estas vivências marcantes.

De acordo com reflexões de Durkheim trazidas no ano de 1964, quando muitas nações passaram pelo processo de envelhecimento populacional, a sociedade e a consciência coletiva são entidades morais.

É possível parar o envelhecimento? - SUPERA - Ginástica para o Cérebro

Sendo assim, o que as pessoas pensam, sentem ou fazem é independente da sua vontade individual e traduz um comportamento estabelecido pelo coletivo.

Continue a leitura para saber mais

Logo, os fatores sociais exercem influência sobre o conjunto social

Por esta ótica, o preconceito estabelecido pela sociedade a respeito da velhice é algo embutido na estrutura social, que chamamos de preconceito estrutural.

Existem diversas teorias e hipóteses que buscam entender o que causa o processo de envelhecimento celular e dos sistemas.

Mulher sorri enquanto olha no espelho
Estereótipos e culto ao corpo favorecem a cultura que busca parar o envelhecimento

Entretanto, até o presente momento, não está claro como de fato se sucede, sabe-se que não é possível biologicamente parar o envelhecimento.

Sabe-se que o medo da velhice, também chamado de gerontofobia, pode ser ocasionado por meio dos padrões de  estética ou pela saúde; os veículos midiáticos por exemplo, colaboram para este processo do medo de envelhecer, pois representam negativamente a velhice e o envelhecimento, como as rugas, que são associados a algo negativo.

Observamos na sociedade, o incentivo aos procedimentos estéticos que expõem a saúde do indivíduo a riscos são oferecidos a todo momento; o culto ao corpo jovem, ao rejuvenescimento são uma das características da sociedade contemporânea; traços da velhice são estereotipados e hostilizados.

Homem segura o rosto enquanto olha no espelho
Homens, mulheres e até mesmo jovens já se preocupam demasiadamente com o assunto

Culto ao corpo e tentativas de parar o envelhecimento

Pela esfera da saúde, a representação de um idoso dependente do uso de vários medicamentos, que necessita do auxílio de um cuidador e com diversas doenças, está enraizada na mente da maioria da coletividade – dando espaço para diversas práticas e falas idadistas.

É preciso ter consciência que a velhice é heterogênea e acontece de modo diferente para cada indivíduo.

Como já mencionado, o envelhecimento é um processo contínuo que ocorre ao longo do ciclo vital.

Sendo assim, para uma velhice saudável é necessário aderir uma rotina com hábitos saudáveis, pois a velhice é a fase da vida que reflete os cuidados que tivemos durante o ciclo vital.

É recomendável, um estilo de vida saudável, como uma alimentação balanceada, a prática regular de atividades físicas e cuidados com a saúde do cérebro.

Diversas ações colaboram conjuntamente para um envelhecimento com autonomia, independência e com dignidade. Importante, o acesso ao lazer, o acesso a serviços e oportunidades, e a possibilidade de aprender ao longo da vida, são fatores que impactam diretamente a qualidade de vida.

Até aqui você aprendeu que:

  • Não é possível parar totalmente o processo de envelhecimento;
  • A velhice começa ainda no ventre materno, conforme nos desenvolvemos;
  • O estilo de vida impacta diretamente no processo de envelhecimento;
  • O medo da velhice tem nome: gerontofobia;
  • O ‘culto ao corpo’ e tentativas de rejuvenescimento constante são características da sociedade atual;
  • Estereótipos e pré-conceitos com pessoas mais velhas contribuem para aumentar a ânsia pela eterna juventude e baixa auto- estima em diferentes faixas etárias.
Homem toca cabeça em área com falha capilar
Saúde mental e estímulos ao cérebro garantem envelhecimento saudável

Por fim, deixamos como dicas, o site da Organização Pan- Americana da Saúde (OPAS) que traz assuntos interessantes sobre o processo de envelhecimento saudável, de cuidados com a saúde e a proposta da Década do Envelhecimento Saudável nas Américas ( 2021-2030).

Ficam as reflexões para que se cuidem, se permitam vivenciar os estágios do ciclo de vida de forma saudável e ativa, e se permitam envelhecer! Envelhecer é viver.

Assinam este artigo

Clara Raiana S. do Nascimento ,  Estudante de Graduação do curso de bacharelado em Gerontologia pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo ( EACH – USP), integrante do grupo de pesquisa de Indicadores de vacinação de idosos 80+ com comorbidades (PIVIC80+) da USP e integrante do grupo de pesquisa e iniciação científica de Cuidados Paliativos da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).

Rebeca bastos Gonçalves, Estudante de Graduação do Curso de bacharelado em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), integrante do grupo de pesquisa de Indicadores de vacinação em idosos 80+ com comorbidades (PIVIC80+) e monitora na Oficina Idosos Online do programa de extensão USP60+.

Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva, Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. É assessora científica e consultora do Método SUPERA.

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