6 dicas para lidar com a perambulação em pacientes com Alzheimer

Publicado em: 30/10/2019 | Última modificação em 19/08/2022 Por Assessoria de Imprensa SUPERA

A Doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa e progressiva. Esta doença ocasiona prejuízo em habilidades mentais, dificuldades na realização de atividades cotidianas e a presença de alguns comportamentos atípicos. Dentre os comportamentos mais comuns durante as fases moderadas e avançadas da Doença de Alzheimer, temos a perambulação.

6 dicas para lidar com a perambulação em pacientes com Alzheimer - SUPERA - Ginástica para o Cérebro
6 dicas da gerontóloga Thaís Bento Lima pra aliviar a causas da perambulação em pacientes com Alzheimer

A perambulação é o comportamento de andar sem rumo, ou seja, sem um objetivo específico, muitas vezes acompanhado do comportamento de agitação motora e de irritabilidade. É importante sempre estar atento em relação à frequência com que ocorre a perambulação, para que seja possível evitar o estresse e a sobrecarga geradas no cuidador e para melhorar a qualidade de vida do indivíduo portador da doença.

Dentre as causas que podem agravar o comportamento da perambulação estão: falta de medicação ou a necessidade do profissional médico de realizar o ajuste medicamentoso; um quadro de infecção urinária que pode estar em andamento; a própria oscilação do quadro demencial, que pode estar evoluindo para um estágio de maior gravidade. Quando comportamentos psiquiátricos e comportamentais começam a acontecer, significa que o quadro da Doença de Alzheimer está evoluindo. Porém, existem estratégias que podem ser utilizadas; confira as dicas:

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  • Atente-se às causas:  caso este comportamento ainda não tenha acontecido, verifique se algum evento estressor aconteceu na vida do indivíduo, se houve mudança do cuidador ou se há algum sentimento de frustração ou ansiedade acontecendo – esses fatores podem levar o portador de DA a andar sem rumo e objetivo específico;
  • O fenômeno do pôr-do-sol gera nos portadores de DA um sentimento de desorientação espacial e temporal, deixando-os mais agitados por não saberem se é noite ou dia. Uma sugestão é acender as luzes na residência do indivíduo antes do sol se pôr, clareando o ambiente antecipadamente. Sugere-se deixar um relógio grande e analógico próximo dos locais que a pessoa mais transita, assim como um calendário grande do mês e ano vigentes.
  • Reduzir situações estressoras, deixar chaves fora da vista do indivíduo; evitar locais muito cheios. Dependendo do estágio da doença de Alzheimer, locais com muitas pessoas deixam o indivíduo confuso e irritado. Não se refere a não levar o seu ente a eventos familiares e comemorações, mas é importante entender que as demências geram no individuo a dificuldade de compreensão de informações. Estar em ambientes lotados sem significados, pode deixá-lo tenso, inquieto e agitado, podendo se perder em ruas e ficar em risco de vida;
  • Informe aos vizinhos de sua confiança, porteiro, zelador, segurança, que o seu ente é portador da Doença de Alzheimer. Caso saia sem ser visto e um membro externo observar, você poderá ser avisado com rapidez;
  • Realize adaptações na residência para que o ambiente torne-se mais seguro. Como a perambulação é um sintoma comportamental e psiquiátrico frequente, o risco de quedas é muito grande; deste modo. você utilizará medidas preventivas para a saúde do seu ente.
  • Estimule o indivíduo a realizar atividades simples, como caminhada no próprio domicílio, no quintal (sempre acompanhado) e a realizar atividades educativas/lúdicas e cognitivas. Deste modo, receberá estímulos e o sintomas poderão ser amenizados.

É sempre importante anotar possíveis mudanças. procurar o médico responsável e relatar as mudanças que estão acontecendo. Busque uma rede de suporte, como a Associação Brasileira de Alzheimer mais próxima de sua residência, para ter apoio e orientações para lidar com as mudanças comportamentais, psiquiátricas e cognitivas decorrentes da gravidade da doença. Espero que estas dicas possam ajudar você e o seu familiar.

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Thais Bento Lima é gerontóloga e colunista do SUPERA Ginástica para o Cérebro

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