Por que é tão importante manter o cérebro ativo na quarentena?
Vivenciamos nos últimos dias a situação inusitada do surgimento da COVID-19, doença causada pelo coronavírus 2019, que nos trouxe ao momento de quarentena. Essa condição se apresentou de maneira rápida e intensa, nos levando a mudar nossa forma de vida.
Para nos proteger dessa doença desconhecida causada por um tipo de coronavírus, tivemos que mudar nossos arranjos familiares, relações sociais, rotina e planos – o que influenciou a sociedade como um todo.
É impossível ficar insensível a esta realidade, não sentir medo, ansiedade, angústia e não ser bombardeado pelas notícias ininterruptas sobre o mesmo assunto. Este novo contexto e suas preocupações ocupa grande parte da vida das pessoas atualmente. Associadamente, a necessidade do isolamento social provoca ruptura da maioria das atividades de todos nós, todas com diferentes significados e afetos.
A rotina das pessoas mais velhas – que já não estão mais no mercado de trabalho – também foi modificada, especialmente pela necessidade do confinamento domiciliar e a mudança da rotina de seus familiares e acompanhantes.
De acordo com a Dra. Eva Bettine, gerontóloga da USP e presidente da Associação Brasileira de Gerontologia; “neste novo cenário, nós que trabalhamos com a população mais idosa pudemos perceber a influência positiva de apresentarmos desafios intelectuais, exercícios para resolução de problemas e provocações para estimular o pensamento sobre uma questão complexa. Enfim, a estimulação cognitiva como um todo sendo utilizada para promover saúde mental dos idosos”.
Thais Bento Lima, gerontóloga da USP e conselheira da Associação Brasileira de Geontologia também ressalta a importância da estimulação cognitiva entre os 60+ durante a quarentena: “Nesses momentos difíceis em que a tristeza, o estresse, o medo e a depressão podem tornar ainda mais frágeis aqueles que apresentam maior probabilidade de adoecer, é importante encontrarmos estratégias para que o foco na doença e na insegurança seja transferido para tarefas e atividades que coloquem seus neurônios em ação e em atividades que lhes causem prazer por serem desafiadoras e estimulantes”.
“Por meio das atividades de estimulação cognitiva, sabe-se que é possível melhorar e muito sua qualidade de vida e promover a autonomia e a independência do indivíduo idoso, com atividades intelectuais que preencham a sua rotina de forma significativa”, destaca a Dra. Thais Bento, gerontóloga.
A neurologista da USP, Dra Jerusa Smid reforça que manter a rotina de atividade cognitiva trará benefícios no controle dos sintomas de ansiedade que podem se intensificar nesse período. Além disso, trazer para o ambiente domiciliar as atividades que eram feitas fora de casa poderá promover sensação de bem-estar e amenizar o estresse causado pela mudança do cotidiano na vida dos idosos.
“Devemos nos lembrar que o estímulo cognitivo rotineiro ajuda o indivíduo a formar novas conexões entre as células cerebrais, aumentando a capacidade do cérebro do indivíduo em lidar com doenças no futuro, o que chamamos de reserva cognitiva”, diz Jerusa. Ela alerta que reservar períodos ao longo do dia para atividades cognitivas e físicas contribuirá para que o idoso vença mais facilmente esse período de quarentena.
Não devemos esquecer também de nos comunicar com familiares e amigos a partir de ligações telefônicas, mensagens de texto ou vídeo-chamadas. Procure manter o foco em atividades prazerosas e evite ir em busca de notícias alarmantes e sensacionalistas. Dessa forma, você poderá manter o bem-estar emocional com mais facilidade na quarentena. Cuide-se e fique em casa!
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Texto redigido por:
Profa. Ms. Eva Bettine, Eva Bettine é gerontóloga pela USP, mestra em filosofia modalidade saúde e educação e doutoranda pela mesma universidade, membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer e presidente da Associação Brasileira de Gerontologia Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS) e pesquisadora em ritmos biológicos no grupo de Cronobiologia da EACH/USP.
Dra. Jerusa Smid é neurologista especialista em Neurologia Cognitiva e do Comportamento. Doutora em Ciências pelo Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva, Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e conselheira executiva da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG) e colunista do site do Método SUPERA.
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