Idosos e games: benefícios cognitivos do hábito
Quando pensamos em games e jogos de realidade virtual é muito comum que se associe essa prática aos jovens.
Realmente a porcentagem de adeptos a essa modalidade é representada em sua maioria pelos mais novos, mas essa tem se tornado uma atividade comum também entre os idosos e que inclusive apresenta benefícios cognitivos comprovados pela ciência.
Quer saber mais? Continue a leitura.
Uma pesquisa realizada pela Global Web Index (GWI) em mais de 19.500 regiões ao redor do mundo, mostrou que nos últimos 3 anos houve um aumento de 32% entre os adeptos idosos de jogos.
A pandemia e o fácil acesso aos dispositivos móveis estão entre os fatores que impulsionaram esses números.
Ainda sobre a pesquisa, 24% dos gamers idosos veem nessa atividade uma oportunidade para passar mais tempo com filhos e netos, reafirmando a importância dos gamers para a interação entre diferentes faixas etárias.
Com o crescente aumento do público em idade avançada no universo dos games, crescem também as pesquisas cujos objetivos são analisar os impactos cognitivos para adultos em idade avançada.
É o caso, por exemplo, da pesquisa publicada na Behavioral Brain Research, que demonstrou que jogos podem ser um ótimo recurso para melhorar a saúde cognitiva de idosos.
Os pesquisadores já haviam realizado testes iniciais sobre o efeito dos games em jovens adultos, até que decidiram comprovar a eficácia também em idosos.
O estudo contou com a participação de 56 adultos mais velhos, todos entre 60-80 anos, todos com desempenho de memória inicial equivalente. Durante o estudo foi solicitado aos participantes que jogassem os conhecidos jogos Super Mario Bros 3D, Angry Birds e Solitaire por 4 semanas durante 30 minutos. Ao final do estudo, a experiência resultou em memória de reconhecimento aprimorada.
Os pesquisadores concluíram que a exposição a vídeogames 3D imersivos contribui para o enriquecimento ambiental e melhora a memória baseada no hipocampo. Foi observado também que os jogadores de Super Mario, de maneira específica, demonstraram uma melhora na capacidade de memória que persiste por até 4 semanas após o estudo.
Em entrevista ao Tecnoblog, a neurocientista do Método SUPERA, Lívia Ciacci afirma:
“Se entendermos a mente ativa como o funcionamento adequado do cérebro, significa que ele está recebendo estímulos do ambiente, interpretando e gerando respostas físicas, emocionais e comportamentais.
Nosso sistema nervoso desencadeia reações químicas baseado nos estímulos que recebeu, mas ele não sabe a diferença entre real ou imaginário. Para a mente, não há diferença planejar o ataque à base inimiga num jogo ou planejar a reunião de trabalho. Então, os videogames podem ajudar sim”.
Além dos benefícios cognitivos, a imersão de adultos em idade avançada no mundo dos games conecta gerações que, em outras circunstâncias, dificilmente teriam contato. Em uma etapa de declínio cognitivo, dar ao cérebro diferentes estímulos torna-se essencial.
Mas os games também atuam na dimensão física dos idosos, você sabia?
A Gameterapia, uma técnica oriunda do Canadá e que surgiu no Brasil em 2007, consiste em um tratamento por meio de jogos que se propõe uma fisioterapia mais agradável que a convencional.
Algumas modalidades de jogos, como as modalidades de Kinect, as quais requerem disciplina e movimentação constante, podem ser ótimos recursos complementares de tratamentos de fisioterapia.
Esse tipo de tratamento, além de ser mais atrativo, é mais estimulante.
“Imagine dois idosos que precisam se recuperar de uma fratura. O primeiro comparece duas vezes por semana na clínica de reabilitação, faz 30 minutos dos exercícios seguindo a orientação do fisioterapeuta (…) e vai embora. A rotina de exercícios vai ficando meio monótona e ele não vê a hora de ter alta do tratamento.
O segundo tem a mesma rotina que o primeiro na clínica. Mas em casa, ele faz um alongamento e liga seu Kinect Xbox 360 e, às vezes, passa mais de uma hora aprendendo passos de dança ou vivendo aventuras no jet ski. Pensa em comprar outros jogos, mesmo depois que o tratamento acabar. Qual dos dois terá uma evolução mais rápida? O jogo alinhado ao tratamento tem diferenciais impactantes: aumenta o tempo de estímulo e inclui os fatores diversão e motivação!.”, afirma a neurocientista Lívia Ciacci.
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Bom dia ! Gostei do que li. Amo joguinhos, estou com 66 anos e todos os dias jogo algum deles. Quando ainda não tinha internet, mas tinha computador, comprei alguns para meus filhos,mas eu também jogava., como : Carmem Sandiego, show do milhão (jogo de perguntas ), entre outros.