Os idosos estão vivendo cada vez mais, e com isso, é muito comum observarmos uma diversidade de estilos de vida, como idosos morando sozinhos e idosos que não tem companhia para interagirem. Com isso, pessoas de seu círculo social podem acreditar que a tristeza e a reclusão constantes são comuns; porém, podem representar sintomas de depressão.
O momento de isolamento social decorrente da quarentena que estamos vivenciando pode ser um fator agravante de sintomas depressivos, por idosos ficarem longe da família e vivenciarem uma rotina mais ociosa.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgados na última pesquisa de 2013, pessoas com idades entre 60 e 64 anos representam a faixa etária com maior proporção (11,1%), entre os 11,2 milhões de brasileiros diagnosticados com a depressão e este índice vem aumentando com o passar dos anos.
Estudos indicam que a participação em atividades culturais, educacionais e de lazer para o corpo e para a mente são formas eficazes para a proteção, prevenção e tratamento das alterações do humor, dos sintomas de estresse e da sensação de solidão.
“Por isso, é muito importante manter-se atento à qualidade do sono, à realização de uma alimentação rica em nutrientes importantes para a saúde geral e à realização de atividades dentro de casa que tenham significado, como ler, assistir um filme, arrumar seus pertences e armários e praticar exercícios de estimulação cognitiva, como a ginástica para o cérebro, por exemplo”, diz Thaís Bento Lima, Profa. Dra do Curso de Gerontologia da USP e membro do grupo de pesquisa em Neurologia Cognitiva da Faculdade de Medicina da USP.
Porém, como a orientação é que os idosos se mantenham em casa, é preciso se reinventar. Alguns exercícios que estimulam o cérebro podem ser feitos em casa e garantem muito divertimento, além de uma mente mais ativa e desafiada.
São as chamadas neuróbicas, ou seja, “aeróbica para os neurônios”, que consistem em executar uma atividade rotineira de maneira diferente, fazendo com que o cérebro saia da zona de conforto e fortaleça as conexões entre os neurônios.
Alguns exemplos de neuróbicas que podem ser praticadas por idosos com segurança em casa:
- Veja fotos de cabeça para baixo e tente observar cada detalhe
- Veja as horas num espelho; use o relógio de pulso no braço direito (ou no braço esquerdo, se for canhoto)
- Decore uma palavra nova de outro idioma por dia
- Monte um quebra-cabeça e tente encaixar as peças corretas o mais rapidamente que conseguir, cronometrando o tempo.
- Ouça as notícias na rádio ou na televisão quando acordar. Durante o dia, escreva os pontos principais de que se lembrar.
- Ao ler uma palavra, pense em outras cinco que comecem com a mesma letra.
- Escove os dentes ou escreva em uma folha de papel com a mão contrária da de costume
Outras atividades
O curso de ginástica para o cérebro (como o que é oferecido nas escolas da rede Método SUPERA) têm representado uma boa alternativa para que os idosos mantenham a saúde mental.
As aulas acontecem em turmas separadas por idade, com a realização de atividades direcionadas à faixa etária, proporcionando interação social, sensação de valorização e respeito, além da melhoria da autoestima, uma vez que o idoso é incentivado a realizar novas aprendizagens e a realizar novos projetos.
Os alunos utilizam ferramentas como o ábaco (instrumento milenar para cálculos), apostilas com exercícios cognitivos, jogos on-line, jogos de tabuleiro e dinâmicas.
As aulas são presenciais, mas neste período de quarentena, as escolas do Método SUPERA em todo o Brasil estão oferecendo aulas on- line e fornecendo todo o suporte necessário para que o idoso participe e se sinta acolhido.
“Há alguns anos passei por uma depressão em que fiquei com baixa autoestima, passei por momentos difíceis na minha vida. Ficava triste, sem vontade de nada, não tinha motivação alguma. Hoje sou outra pessoa. Depois que comecei a frequentar as aulas do SUPERA Pirituba, tudo passou a melhorar.”, conta Clementina, de 74 anos, aluna do curso de ginástica para o cérebro do SUPERA em Pirituba (SP).
Além disso, o treinamento cognitivo ajuda a manter o cérebro saudável, otimizando o desempenho de habilidades como a memória, a concentração, o raciocínio e a criatividade. Assim como postergando o aparecimento de demências e doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, por exemplo.
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Tatiana Olivetto – Assessoria de Imprensa e Comunicação Método SUPERA