Entenda o que é a Doença de Alzheimer

Publicado em: 02/07/2019 | Última modificação em 19/08/2022 Por Assessoria de Imprensa SUPERA

Antes de falar sobre a Doença de Alzheimer, gostaríamos de falar sobre o conceito de demência: a demência é denominada como um Transtorno Neurocognitivo Maior, segundo os critérios do DSM-V que é o Manual Estatístico de Desordens Mentais utilizado no Brasil e no mundo para verificar se um indivíduo apresenta um transtorno mental.  De acordo com este manual uma demência é uma doença, caracterizada por declínio progressivo das habilidades mentais, por exemplo: prejuízo em memória, linguagem, funções executivas e aprendizagem de forma evidente e suficiente para interferir na independência e na autonomia de um indivíduo.

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A demência afetou em 2015 mais de 47 milhões de pessoas em todo o mundo, com 60% dos diagnósticos em indivíduos de baixa e média renda. Estima-se que em 2030 esse número vai chegar a 75 milhões de indivíduos. A doença de Alzheimer (DA) é a causa mais comum de demência, especialmente na população idosa. Informações da Organização Mundial de Saúde (2015) destacam que o impacto negativo das demências sobre a vida dos pacientes e de seus familiares é acrescido pelo enorme custo financeiro para a sociedade, pois o tratamento é muito oneroso, nos Estados Unidos por exemplo os custos com o tratamento das demências chegam a 20 bilhões de dólares anuais. O custo global dos cuidados em demência foi estimado em US$ 604 bilhões em 2010, e este custo encontra-se estimado em US$ 1,2 trilhões em 2030, segundo o relatório do Plano Global de Ações em Demências da Organização Mundial de Saúde em 2017.

As demências representam uma das maiores causas de morbidade entre idosos e sua prevalência no Brasil está entre cinco e 50%, dependendo da faixa etária estudada do público idoso

Fatores de risco da doença de Alzheimer

Segundo informações da Associação Internacional de Doença de Alzheimer (AAIC), existem fatores de risco principais para o desenvolvimento da doença de Alzheimer: idade, história familiar e baixo nível de escolaridade. (Foram listados abaixo alguns fatores de risco importantes, mas não são os 3 principais, pois se tem outros que simultaneamente influenciam, como as doenças cardiovasculares, sedentarismo, um estilo de vida ruim, etc)

A idade sendo este um fator de risco não genético, a DA acomete em sua maioria pessoas idosas, . Em casos de pessoas que desenvolvem a DA precocemente, ou seja antes dos 60 anos,  tem como fator causal familiares próximos que eram, portadores da doença também precocemente, sugere-se em situações como estas que os pacientes realizem exames de rotina com periodicidade semestral ou anual.

Outro fator de risco não genético, é a escolaridade, como o baixo nível educacional ou seja o pouco acesso à escolaridade é um fator de risco, pois indivíduos que estimularam pouco as suas habilidades mentais no decorrer da vida, envelhecem com uma reserva cognitiva baixa, ou seja, fica com maior exposição ás adversidades ambientais, e estando em risco para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas.

Desta forma, quanto maior for a estimulação cognitiva do indivíduo, maior será o número de conexões neurais e maior será a sua reserva cognitiva. Estas novas conexões estabelecidas podem  auxiliar a circulação do fluxo sanguíneo cerebral, assim como proteger o cérebro da agressão de proteínas tóxicas causadoras da doença de Alzheimer e outras demências. Seriam  estes os chamados efeitos neuroprotetores capazes de adiar ou prevenir o surgimento de uma doença neurodegenerativa.

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Quais são as causas da Doença de Alzheimer?

As causas específicas que fazem com que um indivíduo desenvolva a doença de Alzheimer atualmente são desconhecidas. Porém, estudos mostram que fatores de risco sendo estes, genéticos e não genéticos podem favorecer ao manifestação da DA.

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Aproximadamente 10% dos casos de Alzheimer ocorrem em pessoas com histórico familiar. O dado é utilizado para embasar estudos que mostram que a causa pode ser genética.

Quando a doença de Alzheimer ocorre, é identificada uma anormalidade genética que afeta a apolipoproteína E, chamada também de apo E. Esse nome extenso significa a parte da proteína que transporta o colesterol pela corrente sanguínea.

Contudo, as causas genéticas ainda estão sendo estudadas e o que há de concreto atualmente é uma lista de fatores de risco que contribuem para o desencadeamento da doença de Alzheimer.

A Doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa crônica e progressiva que afeta o desempenho da memória, assim como de outras funções mentais importantes para a sobrevivência do indivíduo.

A progressão da doença ocorre gradativa ou seja por estágios, tendo como sintoma inicial mais perceptível a perda de memória recente, porém outras habilidades caminham afetadas simultaneamente e passam despercebidas em um estágio inicial, como as habilidades de funções executivas e a presença de apatia e desinteresse em realizar atividades antes prazerosas pelo indivíduo. Pacientes que encontram-se nos estágios mais avançados da DA, apresentam incapacidades na realização de atividades cotidianas básicas,  como autocuidado e a independência para seus hábitos alimentares.

Sintomas da Doença Alzheimer

Confira as principais características de mudanças presentes em pacientes portadores da doença de Alzheimer, de acordo com dados da Associação Internacional de Doença de Alzheimer (AAIC):

  • Perda de memória para eventos recentes;
  • Repetição da mesma pergunta várias vezes;
  • Dificuldade para acompanhar conversas ou o desenvolvimento de um raciocínio complexo;
  • Incapacidade de elaborar estratégias para resolução de problemas;
  • Dificuldade para dirigir um automóvel e encontrar caminhos conhecidos;
  • Dificuldade para encontrar palavras que exprimam ideias ou sentimentos pessoais;
  • Irritabilidade, suspeição injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento.

Estágios da Doença de Alzheimer

Os sintomas da doença de Alzheimer também variam de acordo com os estágios e em cada individuo portador da DA podem ser mais ou menos intensos, estes costumam evoluir de forma lenta e gradativa variando de dez anos a 15 anos de acordo com a Associação Internacional da Doença de Alzheimer.

O quadro clínico é dividido didaticamente em  estágios:

  • Estágio leve (fase inicial): alterações na memória, na personalidade, nas habilidades visuais e espaciais.
  • Estágio Intermediário ou Moderado (fase moderada): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia.
  • Estágio Grave ou Severo (fase grave): resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal. Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva.
  • Estágio  Avançado (fase avançada): restrição ao leito. Mutismo. Dor à deglutição. Infecções intercorrentes.

Tratamento da Doença de Alzheimer

A doença de Alzheimer é irreversível, mas é possível retardar a evolução do seu quadro, desta forma é possível que o portador da doença permaneça mais tempo em determinado estágio da DA.  

Em relação ao tratamento da DA, é dividido em duas modalidades, terapias farmacológicos, e não farmacológicas. As terapias farmacológicas referem-se aos medicamentos específicos para auxiliar no desempenho das habilidades de memória recente e atenção e dos sintomas comportamentais que surgirem no decorrer dos estágios ou fases da doença.

É fundamental fazer o uso corretopdos medicamentos prescritos e aderir ao tratamento adequadamente para evitar um declínio cognitivo mais acentuado.

É importante observar, se na realização das atividades rotineiras o portador da DA, está apresentando maiores dificuldades e se em paralelo às dificuldades, estão acontecendo mudanças comportamentais, como maior freqüência de irritabilidade; agressividade física e/ou verbal, apatia/desinteresse; a progressão da doença, perguntando sempre ao paciente se a memória está melhor, se o quadro está estável e se há mais ou menos dificuldade para a realização de atividades do cotidiano.

Geralmente, o tratamento do Alzheimer é feito com medicamentos que têm como objetivo estabilizar o comprometimento cognitivo e minimizar os sintomas da doença, com o mínimo possível de reações adversas.

Dicas e recomendações de cuidados para o portador da Doença de Alzheimer e seus cuidadores

A Associação Brasileira de Alzheimer e o Ministério da Saúde recomendam uma série de cuidados com o paciente que possui Alzheimer. Diversos aspectos devem ser levados em consideração, como quedas em casa, momentos de agitação e acidentes em geral.

Confira as principais dicas:

  • Deixe objetos de uso cotidiano sempre no mesmo lugar e com fácil acesso;
  • Evite tapetes e o uso de produtos que deixam o piso escorregadio;
  • Deixe os locais de circulação livres e iluminados;
  • Evite que o idoso use chinelos e sapatos com sola lisa, desamarrados ou mal ajustados;
  • Utilize corrimão em escadas;
  • Evite barulhos, muitas pessoas em casa, discussões e mudanças bruscas na rotina do paciente;
  • Mantenha rotina de horário e local para as refeições;
  • Ofereça alimentos com consistência adequada às possibilidades de mastigação;
  • Cuide da higiene bucal e leve o idoso ao dentista periodicamente;
  • Instale itens no banheiro para evitar acidentes durante o banho;
  • Mantenha o paciente limpo e asseado;
  • Estimule o paciente mentalmente com jogos e atividades em geral;
  • Estimule a leitura de livros.
  • Antes do entardecer ligue as luzes, e mantenha pistas para que o paciente entenda a transição do período da tarde para à noite, auxiliando em sua orientação e diminuindo a irritabilidade do fenômeno do pôr do sol.

Informações que você precisa saber a Doença de Alzheimer

A seguir apresenta-se uma lista de informações adicionais para ampliar os seus conhecimentos, a respeito da Doença de Alzheimer.

  • Aloys (embora na Wikipedia esteja este nome, nunca vi em nenhum capítulo de livro ou artigo o nome apresentado desta forma, por isso acho melhor manter apenas Aloys). Alzheimer foi um psiquiatra alemão conhecido por ter sido o primeiro a descrever a doença, em 1906. Anteriormente as doenças eram classificadas e diagnosticadas como histeria, esclerose e popularmente chamada de caduquice;
  • É possível prevenir ou postergar o desenvolvimento da DA com a mudança de hábitos de vida, ou seja existem fatores mutáveis para um estilo de vida saudável, como: a prática de exercícios físicos e mentais, incluindo desafios de raciocínio, cursos, jogos e leitura;
  • Alimentação balanceada: Incluir na alimentos ricos em ômega 3 e proteínas, como sugere a dieta mediterrânea, que sugere o consumo diário de peixes, vegetais, 2 castanhas-do-Pará por dia e azeite de oliva extra virgem, assim como frutas vermelhas.
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