Rumo a uma sociedade inclusiva às pessoas diagnosticadas com demência

Publicado em: 01/09/2021 | Última modificação em 17/09/2021 Por Assessoria de Imprensa SUPERA

Em julho de 2021 conversamos sobre a importância de falarmos em nossa coluna do site do Método SUPERA sobre demência, hoje daremos continuidade ao assunto discutindo acerca da importância de vivermos em uma sociedade amiga da pessoa idosa diagnosticada com demência.

Para iniciarmos a discussão, precisamos saber: você vive em uma sociedade amigável às pessoas idosas diagnosticadas com demência? Provavelmente, muitos responderão não, devido a estereótipos negativos, estigma e discriminação que existem e envolvem o tema.

Rumo a uma sociedade inclusiva às pessoas diagnosticadas com demência - SUPERA - Ginástica para o Cérebro

Pensando nisso, neste mês de agosto de 2021, a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou o documento intitulado de “Rumo a uma sociedade inclusiva com demência: ferramentas da OMS para iniciativas favoráveis ​​à demência” com o intuito de minimizar os impactos psicológicos, sociais, emocionais e financeiros que a demência tem sobre os indivíduos, seus cuidadores, familiares e comunidades. Tal documento faz parte do plano de ação global sobre a resposta de saúde pública (de 2017–2025) que dedica uma área de ação à conscientização e importância da inclusão das pessoas idosas diagnosticadas com demência.

Segundo o documento, a demência é um desafio mundial que atualmente afeta cerca de 50 milhões de pessoas. Por isso, enquanto o mundo espera por uma cura, precisamos de mais pessoas que abracem e envolvam aquelas que vivem nesta situação, ao invés de isolar e excluí-las. Para isso é necessária uma abordagem que se centra nos direitos humanos e nas pessoas. Por meio da sensibilização e conscientização acerca da demência. Isso ajudará a educar a sociedade para melhor entender as pessoas diagnosticadas, bem como suas famílias e cuidadores.

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Defende-se, portanto, que deve ocorrer uma mudança do tratamento da demência como puramente uma condição médica que leva a deficiência e dependência, para entendê-la como uma condição adquirida e progressiva que afetará a pessoa cognitiva e psicossocialmente. Esta mudança traz consigo a necessidade de capacitar as pessoas com demência para viverem suas vidas da maneira que escolherem e valorizarem.

Além disso, é importante lembrarmos que as pessoas diagnosticadas possuem direitos, assim é necessário a mitigação dos mitos e estereótipos entre a população, bem como profissionais da saúde e assistência social. Pois os estereótipos negativos podem levar alguém a julgar injustamente outra pessoa e consequentemente atribuir características negativas, resultando em estigma.

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O estigma, por sua vez, pode causar discriminação e violações dos direitos humanos contra as pessoas com demência. Alguns exemplos que geram as violações dos direitos humanos incluem a coerção e institucionalização indevida da pessoa idosa com demência, desconsiderando sua capacidade legal de decidir, privando-os de sua dignidade e autonomia. Violações que podem ter graves consequências na saúde e qualidade de vida da pessoa diagnosticada.

Por fim, segundo a OMS, a participação é a chave para adotar uma abordagem humanizada baseada em direitos e centrada na pessoa. No nível mais básico, refere-se ao envolvimento das pessoas com demência e seus parceiros de tratamento em todas as fases do desenvolvimento e gestão de iniciativas favoráveis ​​à demência (IFD). Participação significativa, no entanto, implica que as pessoas com demência estão posicionadas de forma única e com poderes para planejar e implementar as iniciativas favoráveis ​​à demência e atividades relacionadas. Isso irá garantir que as atividades planejadas e os resultados esperados reflitam com precisão as preferências, necessidades, prioridades e escolhas das pessoas com demência.

 Então, o que vocês acharam do assunto abordado? A Organização Mundial de Saúde (OMS) conseguirá que o mundo seja mais amigável às pessoas idosas diagnosticadas com demência até o ano de 2025?

Fonte: https://www.who.int/publications/i/item/9789240031531

Assinam este artigo:

Gerontóloga- Manuela Lina da Silva

Gerontóloga pela Universidade de São Paulo (USP), com realização de intercâmbio de Graduação pelo Programa de Mobilidade Acadêmica em Gerontologia da Escola Superior de Saúde (ESSa) do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) – Portugal. Exerceu estágio-voluntário na Santa Casa de Misericórdia de Bragança – Portugal e foi bolsista no Projeto Bairro Amigo do Idoso – Brás/Mooca (SP).

Gerontólogo- Tiago Nascimento Ordonez

Gerontólogo pela Universidade de São Paulo (USP) e especialista em Estatística Aplicada pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). Exerceu a função de Gerontólogo na Prefeitura de São Caetano do Sul entre os anos de 2014 a 2016. E esteve como coordenador do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFVI) da Prefeitura de Diadema entre 2017 e 2020. Atualmente é membro da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG) e pesquisador do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva

Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. É assessora científica e consultora do Método Supera.

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