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Quarentena: Guia de cuidados aos pacientes com demência

Ao escrever sobre os cuidados a serem tomados para prevenir o novo coronavírus em indivíduos idosos com demência, pensamos em produzir este conteúdo educativo e mais leve. Temos certeza que a realidade tem deixado muitos de nós assustados, devido a uma pandemia que atingiu a todos e onde estávamos social e economicamente despreparados. Contudo, não importa nosso papel na sociedade, somos todos seres humanos que estamos lutando para conter a propagação ainda maior deste vírus em nosso país.

Quarentena: Guia de cuidados aos pacientes com demência - SUPERA - Ginástica para o Cérebro
Na coluna dessa semana, mostramos os principais cuidados a serem tomados com pacientes diagnosticados com demência durante a quarentena.

Neste momento, podemos nos perguntar: o que fazer?

Do ponto de vista clínico, acompanhamos o esforço de pesquisadores na busca por medicamentos curativos ou de uma vacina. Acreditamos na ciência e por isso, esperamos em breve a notícia da existência de opções medicamentosas que permitam maior segurança, prevenção e controle deste vírus mortal.

Em termos de ações não farmacológicas, as medidas de distanciamento e isolamento social utilizados atualmente têm sido discutidas como sendo as únicas maneiras de se reduzir o número de casos e de mortes, tanto no Brasil quanto em outros países.  A maioria das pessoas estão fazendo o que podem, na media do possível, para se manterem isoladas em casa e este isolamento é relaxado apenas para aqueles que prestam serviços essenciais. Também acreditamos que a irresponsabilidade de algumas pessoas em se exporem a maiores riscos e possivelmente, contaminarem outras pessoas, está associada à ignorância, à falta de informação e às desigualdades sociais muito presentes em nosso país.

Como devemos nos comportar e como faremos para minimizar nossos riscos de contaminação em idosos com diagnóstico de demência?

Todos deverão aderir às medidas de isolamento e de higiene do corpo, da mente e do ambiente. Pensando nos grupos mais vulneráveis – entre eles os idosos e portadores de doenças crônicas e doenças neurodegenerativas -, o nosso olhar e cuidado deve se tornar ainda mais acurado.

Seguramente, há muito que se dizer sobre isso, ao considerarmos as características clínicas de diferentes  doenças de alta morbidade, ou seja, que perduram por muitos anos e demandam maior cuidado. Assim, vamos falar sobre os principais cuidados que se deve ter com idosos que possuem algum quadro ou se encontram em algum estágio da demência. Esperamos que possa ser útil para aqueles que se acham em isolamento social ou que prestam cuidados no domicílio a um familiar que apresenta o diagnóstico de alguma demência.

Guia de Cuidados:

Sugestões de atividades de lazer para o preenchimento de rotina:

Finalmente, manter a mente positiva e usar de toda a criatividade auxiliará para a superação desses momentos difíceis pelos quais a humanidade passa. Conversar, cantar, fazer trabalhos manuais, ver e organizar álbuns de fotos, assistir um bom filme, falar por vídeo com parentes distantes, amigos – tudo isso pode suavizar este momento e nos aproximar mais.

Independente da ausência ou de diferentes crenças religiosas, somos todos humanos e estamos diante de uma oportunidade ímpar, que nos permite refletir sobre o individual e o coletivo, o que é mais importante para cada um de nós. Tentar aproveitar ao máximo esta nossa proximidade “forçada” pelo isolamento social, descobrir e construir novas experiências de vida, novos significados e papéis.

Acredite! Tudo isso vai passar, e a cada dia, percebe-se entre nós (família) e o coletivo (sociedade) que sairemos internamente modificados. Esperamos e desejamos que seja para melhor!

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Texto redigido por:

Profa. Dra. Ceres Ferretti – Enfermeira. Pós Doutora em Neurologia pela FMUSP. Mestra em Neurociências e Doutora em Ciências pela UNIFESP. Pós graduada em Gerontologia Social pelo Instituto Sedes Sapientiae. Pesquisadora Colaboradora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da USP.

Profa. Dra. Thais Bento Lima da Silva- Gerontóloga. Mestra e Doutora em Neurologia pela FMUSP. Docente do curso de Graduação em Gerontologia da USP. Pesquisadora Colaboradora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da USP. Coordenadora do Curso de Pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social- (FAPSS).

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