Novela mostra importância da família no enfrentamento da Doença de Alzheimer

Publicado em: 27/05/2025 Por Marinella Moretz-Sohn
Mulher sorrindo abraça uma idosa, também sorrindo em uma cadeira de rodas.

Diagnóstico precoce e relações familiares são abordados em cena comovente da novela Dona de Mim, exibida pela Rede Globo

Uma mulher idosa esquece o nome de uma pessoa, caminha desnorteada pelas ruas do Rio de Janeiro. Ela recebe como diagnóstico a suspeita de Doença de Alzheimer. Fragilizada, expressa toda sua vulnerabilidade nos ombros do filho, que não sabe o que fazer diante do quadro. 

Embora a cena descrita acima pudesse ser da vida real, é da novela Dona de Mim, exibida pela Rede Globo, às 19h e levantou um debate importante acerca da Doença de Alzheimer. Em um Brasil que envelhece rapidamente e onde a doença atinge quase 3 milhões de pessoas é preciso falar sobre o Alzheimer e seus enfrentamentos. 

De acordo com o Relatório Nacional sobre a Demência, divulgado em 2024 pelo Ministério da Saúde, a estimativa é que até 2050, 5,6 milhões de pessoas sejam diagnosticadas no país.  Os números são alarmantes e a desinformação prejudica a saúde e o bem-estar desses pacientes. 

O Alzheimer é uma doença multifatorial que demanda cuidados específicos e a necessidade de identificar os sinais precocemente.

“Quando diagnosticada no início, é possível retardar seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família”, explica a gerontóloga parceira científica do Supera, Thaís Bento.

10 sinais precoces de Alzheimer

De acordo com a Alzheimer ‘s Association, existem 10 sintomas iniciais relacionados à Doença de Alzheimer e outras demências que não devem ser ignorados . São eles:

  1. Perda da memória

Esse é o mais conhecido e o que mais chama a atenção. Mas é importante não criar pânico, nem todo esquecimento é sinal de Alzheimer. Falamos aqui daquela perda que incapacita a vida diária, sendo necessário recorrer cada vez mais a lembretes ou ajuda de outro familiar para lembrar de atividades do dia a dia como cozinhar, usar o telefone e coisas do tipo. 

  1. Desafios no planejamento ou na resolução de problemas

Não conseguir seguir uma receita, fazer um cálculo mental, controlar o próprio orçamento ou sustentar a atenção e a concentração para desempenhar funções do dia a dia, são importantes sinais de alerta para a doença. 

  1. Dificuldade em completar tarefas familiares

Outro sinal que não deve ser ignorado é quando a pessoa não consegue mais fazer uma lista de compras, lembrar as regras de um jogo que sempre jogou, dirigir para um destino conhecido. Perder habilidades já consolidadas pode ser sinal de Alzheimer ou outras demências. 

  1. Confusão com tempo ou lugar


Pacientes com Doença de Alzheimer e outras demências podem perder noções de datas, confundir estações do ano, não perceber a passagem do tempo, podem esquecer onde estão ou como chegaram lá. 

  1. Dificuldade em compreender imagens visuais e relações espaciais

Por trazer alterações cognitivas significativas a doença pode levar à alterações na visão, impactando no equilíbrio ou mesmo na leitura. Os pacientes em estágio inicial também podem ter dificuldades para avaliar distâncias e determinar cores ou contrastes.

  1. Problemas com palavras ao falar ou escrever

A doença também pode trazer desafios para acompanhar e participar de conversas de maneira efetiva, chegando a se perder no meio do diálogo, não conseguindo seguir uma linha de raciocínio. Além disso, pessoas com a Doença de Alzheimer podem ter dificuldades para denominar objetos, confundir os nomes entre outros. 

  1. Perder coisas e não conseguir refazer os passos

Esquecer onde colocou os óculos com ele na cabeça é normal, mas quando a pessoa está com Alzheimer, esse esquecimento vai além: o paciente não consegue mais refazer os passos para lembrar, guarda objetos em lugares inusitados, levando a situações de risco como esquecer o fogão ligado ou o próprio endereço. 

  1. Julgamento diminuído ou deficiente

Fator, geralmente, subestimado é  o discernimento, que fica reduzido, prejudicando a tomada de decisões importantes como aquelas relacionadas a gastos, higiene pessoal ou cuidados com a saúde. 

  1. Afastamento do trabalho ou atividades sociais

O indivíduo com Alzheimer pode se afastar de hobbies e atividades sociais por conta das limitações impostas pela doença, como a dificuldade de organizar os pensamentos para seguir numa conversa ou lembrar as regras do jogo, por exemplo. 

  1. Mudanças de humor e personalidade

A Doença de Alzheimer também traz importantes alterações de humor e personalidade, levando os pacientes a ficarem confusos, desconfiados, deprimidos, medrosos ou ansiosos. 

Importante lembrar que, embora esses sejam sinais de alerta, é preciso considerar a intensidade, já que breves esquecimentos e confusões mentais são esperados para a idade. Por esse motivo, o papel da família é fundamental para que o paciente conviva com a doença com menos sofrimento. 

O papel da família no enfrentamento da Doença de Alzheimer

Quando uma pessoa recebe o diagnóstico da Doença de Alzheimer, toda a família é impactada e precisa iniciar uma jornada de conhecimento. Lidar com uma pessoa que tem esse diagnóstico muda a vida de todos ao redor, porém, não precisa ser um fardo pesado de se carregar. 

Em recente conversa com o Supera, o médico geriatra, fundador e atual diretor científico do Instituto Parentalidade Prateada, Otávio Castello, falou sobre a importância da família estudar a doença para se preparar para o que virá com responsabilidade. 


“As pessoas vão ter como passar pela doença, desenvolver uma jornada de aprendizagem, se capacitar, entender do que se trata, fazer frente aos desafios e conseguirem superar as adversidades. Então, o primeiro recado para as famílias é: não se desesperem, porque muitas coisas vocês terão condição de passar”, disse ele num trecho da entrevista. 


O Alzheimer é um desafio e precisa ser encarado com seriedade, mas também com alegria. Apesar de toda a dor que o diagnóstico traz, ele também possibilita rearranjos fortalecedores entre os membros da família.

Para ler a transcrição da entrevista com o Dr. Castello, clique aqui.
Agora, se você quiser assistir ao vídeo, clique aqui. 

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