Como o idoso pode melhorar a concentração no dia a dia

Publicado em: 23/11/2022 Por Assessoria de Imprensa SUPERA

O idoso pode melhorar a concentração? Isso é possível?

No envelhecimento há mudanças físicas e cognitivas consideradas normais ao processo chamado de senescência ou envelhecimento natural.

Contudo, algumas pessoas idosas vivenciam o declínio cognitivo que interfere diretamente na sua qualidade de vida e, em diversos outros âmbitos, como na capacidade física, emocional e interações sociais, logo impactando no desempenho das atividades diárias, resultando em exclusão e problemas de saúde.

Como o idoso pode melhorar a concentração

            Nesse contexto, entende-se a cognição como algo vital ao ser humano, pois as habilidades cognitivas permitem que o indivíduo compreenda e resolva os problemas do dia a dia. Por isso, é importante estar atento às mudanças cognitivas que podem ocorrer no processo do envelhecimento. Somado a isso, a realização de atividades e treinos cognitivos podem ajudar na prevenção, manutenção e melhoria das habilidades cognitivas, como a atenção, por exemplo, é essencial para a formação de novas memórias.

            Além disso, segundo Pires e Nunes (2021), “as tecnologias digitais oferecem, às pessoas idosas, não apenas praticidade com relação às atividades diárias, mas também possibilitam a manutenção e expansão do exercício da cidadania e autonomia”.

Nesse sentido, uma participação social mais ativa certamente potencializará de forma positiva a integração e o fortalecimento de vínculos sociais, logo, gerar-se-á maior bem-estar e promoção da saúde na população idosa que faz uso da tecnologia com este intuito.

Nesse cenário, além de interação social, as tecnologias digitais podem ser implementadas na forma de jogos online que realizam estimulação cognitiva computadorizada. Neto et al. (2016), por exemplo, documentaram os benefícios de um jogo que simula uma situação real em uma fazenda virtual, onde em um dos jogos o objetivo do jogador é acertar a ordem correta na qual as vacas são ordenhadas.

Como o idoso pode melhorar a concentração

Como o idoso pode melhorar a concentração?

O jogo, que funciona em dispositivos móveis, tem cinco níveis diferentes de dificuldade e suas atividades buscam estimular as funções visual, espacial, atenção, concentração e memória, além de auxiliar em testes neuropsicológicos para avaliação cognitiva em pessoas idosas (Pires & Nunes, 2021).

Entretanto, para as pessoas idosas melhorarem a concentração no dia a dia, há estudos que demonstram a importância da realização de duas ou mais tarefas simultaneamente, algo comum e necessário nas atividades rotineiras, como dirigir, atravessar a rua, conversar ao telefone, usar o computador, passear com o cachorro, dentre outras atividades que são realizadas paralela a outras.

Dentro do processo para entender como o idoso pode melhorar a concentração o estudo de Araújo e Ferro (2020), por exemplo, apresentou um levantamento baseado em evidências científicas sobre o potencial da dupla tarefa na função cognitiva e motora de idosos ativos.

Obtiveram como resultado estudos onde observaram melhorias nas funções cognitivas e motoras das pessoas avaliadas, constatando-se um valioso instrumento para a prática fisioterapêutica e neuropsicológica, trazendo potenciais benefícios para a população idosa participante.

Como o idoso pode melhorar a concentração

Por fim, para entender melhor como o idoso pode melhorar a concentração notamos que diante do que foi exposto, é importantíssimo observar as mudanças cognitivas, físicas e sociais ao longo do processo de envelhecimento. Sobretudo, na velhice, com foco na prevenção e intervenção para a autonomia e independência da pessoa idosa.

Dessa maneira, os treinos cognitivos e as estimulações cognitivas podem trazer inúmeros benefícios às pessoas idosas e, consequentemente, prepará-los para os desafios de concentração no dia a dia.

Assinam este artigo:

Graciela Akina Ishibashi

Estudante de Graduação do curso de bacharelado em Gerontologia pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. Realizou estágio no Centro Dia Bom Me Care entre os anos de 2019 a 2020. Atualmente faz estágio na área de pesquisa em treino cognitivo de longa duração pelo Instituto SUPERA – Ginástica para o Cérebro. Tem interesse na área de estimulação cognitiva com jogos. Já foi voluntária na Universidade Aberta à Terceira Idade da EACH-USP, atual USP60 + nas oficinas de origami, dança sênior e letramento digital.

Tiago Nascimento Ordonez

Gerontólogo e mestrando em Gerontologia pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP). Especialista em Estatística Aplicada pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) de São Paulo. Pós-graduando do MBA em Data Science e Analytics na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP). Atualmente atua como gerontólogo e coordenador de banco de dados do estudo “A eficácia de um programa de estimulação cognitiva com componentes multifatoriais na cognição e em variáveis psicossociais de idosos sem demência e sem depressão: um ensaio clínico randomizado e controlado”, fruto da parceria entre EACH-USP, Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e o Supera Instituto de Educação.

Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva

Gerontóloga formada pela Universidade de São Paulo (USP). Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. É assessora científica e consultora do Método Supera.

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