Bem-estar psicológico no processo de envelhecimento normal
A preservação cognitiva é importante para o envelhecimento ativo e bem-sucedido, bem como para a manutenção do bem-estar psicológico e a qualidade de vida, uma vez que está relacionada com a autonomia e desempenho das atividades de vida diárias.
O bem-estar psicológico está ligado ao emocional, com a resiliência e com a adaptação social do indivíduo, na medida em que envolve o cumprimento das tarefas evolutivas e das expectativas sociais, em relação a seus atributos físicos, mentais, afetivos, à idade e ao gênero.
Também se associa aos processos de autorregulação do eu e ao senso de maturidade de cada um de nós.
O conceito de bem-estar psicológico representa a capacidade do individuo possuir uma visão positiva sobre si e sua vida, sensos de domínio e de autonomia, qualidade nos relacionamentos, senso de propósito e de significado da vida, além de ter um desenvolvimento contínuo na velhice.
Este conceito engloba a busca da excelência pessoal, a autorrealização e a capacidade de resolução de desafios existenciais na vida adulta e na velhice. A consciência dessas buscas e o foco em metas com objetivos cada vez mais elevados favorecem o ajustamento psicológico e a maturidade individual.
Autores defendem que com o avançar da idade, há declínio do bem-estar psicológico, como o propósito de vida e o crescimento pessoal, e ampliação em outros domínios, como eficácia no ambiente e autonomia.
A auto aceitação e a auto estima parecem não mudar significativamente com a idade. De acordo com alguns estudos recentes, o bem-estar psicológico aumenta com a idade, e também tem relação com o nível de escolaridade e com a extroversão.
O conceito de bem-estar psicológico surgiu no final dos anos 50, e até os dias de hoje é utilizado para monitorar mudanças sociais e melhorar políticas sociais, por isso objetiva-se promover o bem-estar psicológico no envelhecimento normal, para que assim seja fornecido aos adultos mais velhos, a possibilidade de estarem ativos, com acesso a serviços e oportunidades que auxilie no processo de ressignificado de vida após os 60 anos.
Thais Bento Lima é gerontóloga e colunista do Blog do SUPERA Ginástica para o Cérebro
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