Hoje, uma das maiores preocupações dos 60+ está relacionada com a preservação da memória no envelhecimento. Vamos introduzir o tema: alimentos como facilitadores de otimização do desempenho das habilidades mentais. Sabe-se que aqueles que vivem apresentando “brancos” e esquecimentos também podem estar se esquecendo de consumir alguns alimentos essenciais. Afinal, um cérebro afiado também depende de uma dieta especial.
Em estudo de 2009, Scarmeas relatou que os idosos com adesão alta a uma dieta rica em vegetais, minerais e com a inserção de atividade física semanal, apresentaram uma redução de 40% no risco de desenvolver Doença de Alzheimer. Adicionalmente, estudos que avaliaram a ingestão dietética de nutrientes ricos em vitamina E, vitamina B12, folato e óleos de peixe documentaram efeitos neuroprotetores, ou seja, uma prevenção do declínio cognitivo.
E então, vamos conhecer alguns nutrientes importantes para o funcionamento do nosso cérebro?
Colina: vitamina importante que faz parte do complexo B; facilita a comunicação entre os neurônios. Substância essencial para a formação de membranas celulares e que serve como fonte de energia para o nosso cérebro, uma vez que participa da construção da membrana de novas células cerebrais e na reparação daquelas já lesadas. A colina é fundamental na composição da membrana gordurosa que reveste os neurônios. Onde encontramos colina? Na gema de ovo; nos grãos minerais como arroz, centeio, gérmen de trigo, feijão e soja; e também nos peixes.
2019Fisetina: Composto orgânico envolvido nos processos de crescimento, desenvolvimento e reprodução dos organismos. Estimula a formação de conexões neuronais novas e muito mais fortes. Induz à diferenciação ou amadurecimento das células do sistema nervoso que potencializam a formação de memória por longo prazo. Permite que as memórias sejam armazenadas no cérebro ao estabelecer ligações mais fortes entre os neurônios! Onde encontramos fisetina? Principalmente nas frutas: morango, pêssego, uva, kiwi, tomate, maçã e também no espinafre e na cebola.
Fosfatidilserina: Nossa, que nome complicado, não? Mas vejam a sua importância. É uma substância lipídica que está presente na membrana de todas as células cerebrais. Garante que haja boa comunicação entre as células, garantindo um bom funcionamento cerebral. Auxilia a reduzir os níveis de cortisol, diminuindo seu impacto negativo sobre o cérebro. Sabiam que o cortisol é considerado o hormônio do “stress”? O excesso de cortisol é prejudicial para o processo de consolidação da nossa memória. Onde encontramos fosfatildilserina? Nas carnes, fígado, coração de frango, mas também no atum e no bacalhau; além da cenoura, batata, arroz integral. Portanto, quem é vegetariano também tem suas fontes de fosfatidilserina.
Selênio: Uma outra informação importante é sobre o consumo de alimentos ricos em selênio. Em estudo recente realizado na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP), constatou-se que o consumo de duas castanhas do Pará por dia em idosos com comprometimento leve da memória auxiliou como potencializador do desempenho das habilidades mentais. Aonde encontramos selênio? Sabe-se que a castanha do Pará é um dos alimentos com a maior concentração de selênio dentro do universo dos alimentos naturais. Por isso fica a orientação, consumir duas castanhas do Pará por dia tem benefícios comprovados por meio de estudos científicos.
Vitamina E– Diversos estudos chamados de epidemiológicos tem relatado que o consumo de alimentos ricos em vitamina E serve como proteção no declínio de memória em idosos. A vitamina E tem uma função chamada antioxidante; esta função indica que substâncias tóxicas, serão eliminadas. Um exemplo de substâncias combatidas pela vitamina E seriam os radicais livres, que podem causar danos às células. A longo prazo, sabe-se que a ausência desta vitamina na corrente sanguínea tem se associado com o desenvolvimento de doenças neurológicas como a Doença de Alzheimer. Aonde encontramos vitamina E? A maior concentração da vitamina ocorre nos alimentos oleaginosos, como óleo de cártamo, óleo de girassol, avelã seca e torrada e amendoim.
Como você viu neste texto, hábitos saudáveis como uma alimentação balanceada auxiliam no melhor desempenho de memória. Então comece realizando adaptações – de preferência com orientação profissional especializada – e nutra o seu cérebro. Afinal, um cérebro nutrido garantirá autonomia e independência ao longo do processo de envelhecimento. Acompanhe os próximos textos sobre este assunto que abordaremos novidades!