SUPERA – Ginástica para o Cérebro

Saiba como a neurociência explica o poder da empatia

Temos ouvido falar muito sobre o termo empatia. Por definição, empatia significa habilidade de compreender emocionalmente, capacidade psicológica de sentir o que outra pessoa sentiria, se estivesse na mesma situação. Em outras palavras, colocar-se no lugar do outro, sem julgamentos e com compreensão. Nesse momento delicado que vivemos no mundo,a empatia tem sido um fator essencial, para compreendermos as principais necessidades e dores das pessoas que convivemos.

No artigo da semana, saiba como a neurociência e o bom funcionamento do nosso cérebro possuem influência direta sobre a nossa capacidade de ter empatia

E você sabia que a capacidade de ter empatia está ligada ao bom funcionamento do cérebro? Sim, uma vez que a empatia envolve três componentes essenciais: afetivo, cognitivo e regulador de emoção. No aspecto afetivo, temos a questão de partilhar e compreender os estados emocionais do outro. No cognitivo, temos a capacidade de definir os estados mentais e o regulador de emoções lida com o grau de respostas apreendidas. Todas essas características estão intimamente relacionadas ao cérebro!

De acordo com a neurociência, o ato de ter empatia corresponde a uma combinação de atos conscientes e inconscientes do cérebro e que dependem do bom funcionamento de certas regiões cerebrais. De acordo com um estudo feito pelo laboratório de neurociências da Universidade do Colorado, diversas partes do cérebro são ativadas e são responsáveis pela geração da empatia. O córtex pré-frontal é responsável pelos sentimentos de solidariedade e compaixão, por exemplo.

O fenômeno da empatia pode ser explicado também devido à ação dos neurônios-espelho. Eles são ativados quando observamos pessoas realizando outras atividades e estão relacionadas às nossas ações ao sermos expostos a essas atividades. A neurocirurgiã Raquel Zorzi, médica pela UNIFESP, mostra como eles funcionam em relação à empatia: “Muitos estudos têm argumentado de forma independente que o sistema de neurônios-espelho está envolvido em emoções e relações empáticas. Isso quer dizer que, quando vemos uma determinada emoção expressada pela pessoa, ativamos esses neurônios que ‘simulam’ como se nós mesmos estivéssemos vivendo aquele sentimento”.

Nossos neurônios são responsáveis por moldar nossos comportamentos e reações. De acordo com a neurociência, a empatia pode ser construída e ativar o sistema neural de caridade. De acordo com um estudo publicado no Journal Social Neuroscience, a empatia pode ser desenvolvida a partir de estímulos neurais desde à infância, que englobam o fortalecimento de processos neurais na estimulação social e emocional.

Outro estudo publicado na revista científica Plos One mostra que pessoas que possuem características como altruísmo e afetuosidade estão mais aptas para reconhecerem e aceitarem o estado emocional das outras pessoas, uma vez que possuem regiões importantes do cérebro mais ativas, como o córtex pré-frontal.

Mas como treinar a empatia?

Além de mantermos as nossas habilidades socioemocionais em dia, existem algumas maneiras de treinarmos a capacidade de empatia no dia a dia. Vamos para algumas dicas?

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Tatiana Olivetto – Assessoria de Imprensa e Comunicação Método SUPERA

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