A importância da prevenção de quedas em pessoas idosas

Durante o mês de junho é feito a sensibilização mundial de prevenção de quedas em idosos, visto que é muito prevalente. As quedas podem ser um evento sistêmico em idosos, comprometendo a qualidade de vida, a autonomia e a independência, gerando riscos de hospitalização e institucionalização em indivíduos com mais de 60 anos.
Segundo o relatório da Organização Mundial de Saúde de 2021,
“É sabido que quanto mais idoso, maior a probabilidade de vir a cair, principalmente ser for do sexo feminino. Torções, ferimentos leves, como arranhões, traumatismos cranianos, fraturas, especialmente a do quadril, são algumas das consequências de quedas. Cerca de 30% dos idosos caem ao menos uma vez por ano, destes, metade sofre duas ou mais quedas. A etiologia das quedas em idosos é multifatorial, envolvendo frequentemente fatores intrínsecos, decorrentes das alterações fisiológicas relacionadas à idade, associação de doenças, problemas físicos e psicológicos e fatores extrínsecos relacionados ao ambiente domiciliar ou em espaços públicos”.
Para prevenir uma queda no ambiente domiciliar utilize sempre o corrimão descendo ou subindo as escadas e caso não exista providencie, não deixe objetos, fios e tacos soltos espalhados pelo chão, retire a fixação dos mesmos, atenção aos chinelos e barras de calças, ambos quando grandes podem levar a uma queda, cuidado com os animais de estimação, você pode vir a tropeçar, principalmente nos gatos que adoram se enroscar, cuidado com pisos molhados e por ultimo porem não mais importante, não ande no escuro a sonolência provocada ou não por remédios, pode interferir na visão e equilíbrio levando a uma queda.
Não subestime os riscos, principalmente dentro de casa, pois prevenir ainda é a melhor opção.
Veja dicas para manter a sua casa segura e prevenir-se de quedas:
Quarto de Dormir e Vestir
Cama – larga, com um só travesseiro: altura de 0,45 a 0,50 metros incluindo o colchão que deve ter densidade adequada ao peso do usuário. É importante que a pessoa sentada na beirada da cama, apoie os pés no chão evitando assim a tonteira. A cama deverá ter cabeceira que permita à pessoa recostar-se. Evitar a sensação do frio, usando sempre colcha ou cobertor preso ao pé da cama.
Mesa de Cabeceira
Altura cerca de 0,10 m acima da cama com bordas sempre arredondadas. Sempre que possível fixada no chão ou na parede, evitando assim que se desloque caso a pessoa precise apoiar-se nela ao levantar.
Acessórios
Relógio digital com números grandes; suporte para copos; copos de plásticos ou metal; telefone e números de auxílio; lanterna na gaveta; controle remoto para televisão e sistema de ar condicionado ou de aquecimento elétrico; abajur fixo na mesa ou na parede; interruptor de luz próximo à cama.
Armário
Portas leves, de fácil acesso, arejadas; cabideiro baixo; gavetas com trava de segurança nos deslizantes; prateleiras com alturas variáveis; luz interna ao abrir a porta; puxadores do tipo alça
Janelas
Sistema de abertura sempre para dentro ou de correr; persianas.
Cadeira ou poltrona
Ajuda para calçar meias e sapatos.
Banheiros
Paredes em alvenaria com resistência suficiente para a instalação de barras de segurança fixadas por ajuda de terceiros. Porta de acesso com 0,80 m e abertura para fora.
Box
Piso e proteção antiderrapante; largura mínima do Box: 0,80m; desnível máximo de 1,5 cm em relação ao piso do banheiro. Assento para banho fixo, largura 0,45 m, altura 0,46 m do piso.
Suporte/corrimão lateral/barras de apoio alturas variáveis; chuveiro portátil; porta objetos fixo; saboneteira para sabonete líquido com altura média de 1,20 m; fechamento do Box com material inquebrável e firme, sistema de portas de correr, ou utilização apenas de cortina plástica; torneiras de fácil manuseio – monocomando.
Tapete externo de borracha com ventosas; porta toalha bem próximo ao Box, altura média de 1,30 m.
Vaso sanitário
Altura média: 0,48 a 0,50m; usar base para elevar o vaso. Descarga simples – caixa acoplada, ou descarga por botão. Ducha higiênica manual, altura média de 0,45 m do piso. Sabonete líquido próximo. Papeleira externa de fácil acesso, altura média de 0,45 m do piso. Barras de apoio altura de 0,30 m acima do tampo do vaso.
Bancada
Altura entre 0,80 a 0,85 m. Torneiras de fácil manuseio; ½ volta ou monocomando. Distância das torneiras da face externa frontal máxima de 0,50 m. Barras de apoio junto ao lavatório. Tomadas e interruptores altos em área seca – 1,10m a 1,30m. Sabonete líquido; porta toalhas: 1,10 a 1,30m.
Armários
Gabinete com área livre para movimentação das pernas no caso do uso de cadeira, banqueta ou cadeira de rodas. Espelho frontal iluminado. Espelho de aumento.
Sala de Estar e Jantar
Paredes de cores claras; usar cores e diferenças de texturas para estimular iluminação uniforme, contínua (vários pontos) e anti-ofuscantes (iluminação indireta) e três vezes mais forte que o normal, para compensar as dificuldades visuais.
Poltronas e sofás
Confortáveis, de boa altura (média 0,50 m) fáceis de sentar e levantar (profundidade média 0,70 a 0,80 m), com braços de apoio lateral e espaldar alto.
Mesa de apoio
Com telefone, abajur, próximo ao sofá, sem quinas vivas, evitar vidros ou materiais cortantes (altura média 0,60m). Estante – com prateleiras, bem fixadas ao piso ou à parede. Aparelhos de som e televisão com controle remoto. Evitar objetos pesados e de vidro.
Mesa de Jantar
Altura média de 0,75 m. Bordas arredondadas. Cadeiras sem braço; espaço livre no entorno. Como norma geral – Evitar tapetes soltos, cortinas pesadas e fios elétricos e de telefone soltos, pisos antiderrapantes, luz noturna nas circulações, interruptores (1,10m) nas entradas e saídas, ambientes livres de objetos e móveis baixos, boa iluminação, fácil manutenção e substituição de lâmpadas. Lâmpadas de emergência ou lanterna em local de fácil acesso.
Escadas e áreas de circulação
Corrimãos ao longo dos degraus com altura média de 0,80 m. Proporção entre a largura e a altura dos degraus. Início e final da escada demarcada. Sempre que possível usar rampas ao invés das escadas. As rampas devem ter uma declividade máxima de 10%.
Cozinha e área de serviço
Pia e bancada – altura média 0,85 a 0,90 m. Torneiras de fácil manuseio – ½ volta, alavanca, monocomando. Armários não muito altos; objetos mais leves e de pouco uso devem ser guardados nos armários superiores. Armários inferiores sem portas e com área livre para movimentação das pernas no caso do uso de cadeira, banqueta ou cadeira de rodas; gavetas de fácil abertura, com trava de segurança e divisões para talheres. Apoio para alimentos próximos aos equipamentos: largura mínima de 0,40 m. Barras de apoio, instaladas em locais firmes.
Fogão
Botões de controles na parte da frente. Controles que fecham automaticamente quando a chama do gás se apaga, tanto nos queimadores quanto no forno. Botões e controles contrastantes com o fundo facilitando a visualização de temperaturas e ajustes; Controles digitais com números grandes e sinais auditivos também devem ser usados; controles de equipamentos embutidos devem ficar em local de fácil acesso; luvas térmicas e suporte forte para pegar utensílios quentes; aquecedor fora da cozinha e bujão de gás fora da casa.
Geladeira com congelador
Observar umidade; evitar colocar peso nas portas; preferir altura de prateleiras que permita o acesso sem precisar abaixar muito, nem levantar muito os braços; elevar altura da base, facilitando o acesso.
Carrinho de rodas e outros utensílios
Carrinho de rodas ajuda a mover utensílios e vasilhas da cozinha para outros ambientes; pratos e copos devem ser de plástico ou metal; cafeteira elétrica deverá usar bule de plástico; garrafa térmica também de plástico; forno elétrico ou micro-ondas deverão ser instalados em local de fácil acesso e permanecer desligados após o uso.
Fontes das informações detalhadas de sugestões de adaptação no domicílio: Associação Brasileira de Gerontologia, acesso em junho de 2018, http://abgeronto.blogspot.com
Chiarelli, T. M., & Batistoni, S. S. T. (2022). Trajetória das Políticas Públicas Brasileiras para pessoas idosas frente a Década do Envelhecimento Saudável (2021-2030). Revista Kairós-Gerontologia, 25(1), 93-114.
– Francine Santos Aguiar- Graduanda do curso de Bacharelado em Gerontologia na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP). Participa do projeto Idoso Online como monitora. E-mail: francine.aguiar@usp.br
Henrique Moraes Domingues– Graduanda do curso de Bacharelado em Gerontologia na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP). Participa do projeto Idoso Online como monitora. E-mail: hdomingues@usp.br
Profa. Dra. Thais Bento Lima da Silva – Gerontóloga formada pela Universidade de São Paulo (USP). Mestra e Doutora em Ciências com ênfase em Neurologia Cognitiva e do Comportamento, pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Docente do curso de Bacharelado e de Pós-Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH- USP), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Coordenadora de Grupos de Apoio para cuidadores da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. É parceira científica do Método Supera com a condução de ensaios clínicos. Coordenadora do Grupo de Estudos em Treino Cognitivo da Universidade de São Paulo. E-mail: thaisbento@usp.br
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1 comentário para "A importância da prevenção de quedas em pessoas idosas"
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Gostei bastante desta reportagem por abordar aspectos muito importantes para os idosos, como eu ! O ano passado mudei todo meu banheiro, colocando vaso sanitário mais alto , barras no box é perto do vaso ! Troquei todo piso para antiderrapante! Troquei meus criados por outros mais altos e arredondados ! Vou ler novamente e ver o que mais pode me ajudar ! Parabéns