Mudança no cotidiano de cuidadores de idosos com demência
Idosos com demência são um desafio para governos a sociedade como um todo com o aumento da expectativa de vida em todo o mundo.
Este fenômeno provoca o aumento significativo de algumas doenças, sobretudo as doenças crônicas degenerativas, como as demências.
Doenças estas que causam dependência funcional, ocasionando perda progressiva da autonomia em decorrência do declínio cognitivo, como a Doença de Alzheimer, trazem para as estruturas familiares a responsabilidade no ato de cuidar.
Idosos com demência são um grande desafio e com o progresso da doença, torna-se cada vez mais necessária a presença de um cuidador, sendo este formal ou informal.
Essa função é exercida, majoritariamente, por mulheres. Cuidar de uma pessoa adoecida pode ser uma tarefa exaustiva, pois exige alterações relevantes no cotidiano do cuidador, por acrescentar-lhe uma sobrecarga emocional.
Nesse sentido, pessoas com demência necessitam de maiores esforços da parte da família e da sociedade, já que suas limitações físicas e instabilidades emocionais são progressivas e, frequentemente, podem provocar alterações expressivas na dinâmica da vida cotidiana.
Entre as mudanças observadas no cotidiano dos cuidadores, destacam-se os distúrbios comportamentais que podem contribuir alterações emocionais, como quadros de depressão, de sintomas de ansiedade e prejuízos nas condições físicas do cuidador familiar. Cuidar no domicílio com tarefas de higiene corporal, higiene oral, evacuações, alimentação, medicamentos, lazer, consultas de retorno, atividades físicas e entre outras são atividades fundamentais.
Além disso, o processo de cuidar requer o máximo de segurança a depender das particularidades de cada indivíduo. Portanto, é comum que os cuidadores desenvolvam sentimentos como medo, ansiedade e dúvidas sobre como cuidar sem comprometer a qualidade da assistência prestada.
Idosos com demência: entenda mais sobre este desafio
Assim, podemos compreender que a tarefa de cuidar de uma pessoa idosa com Doença de Alzheimer ou com outras comorbidades, na maioria das vezes, origina-se de modo impositivo, mas, no decorrer do tempo, pode se tornar uma atividade prazerosa.
Além disso, esse prazer poderá conduzir o cuidador à compreensão de fatores que estão além da satisfação pessoal, abrindo-lhe a possibilidade de encontrar novos sentidos para sua existência.
As famílias precisam contar com equipes de profissionais interdisciplinares e multiprofissionais, como proposto nas diretrizes da Política Nacional do Idoso.
O Estado deve exercer um papel preponderante na promoção, proteção e recuperação da saúde de qualquer pessoa idosa.
O sistema familiar funciona como um núcleo de referência, porém, é essencial que este sistema nuclear seja complementado por formas formais de apoio em prol de um melhor e uniforme atendimento.
Conclui-se, portanto, que as tarefas desenvolvidas diariamente pelo cuidador para atuar frente aos idosos com demência demandam tempo e dedicação. Estas atividades implicam em desgaste físico e emocional, que geralmente desestruturam sua vida pessoal e seu universo relacional.
Diante dessa mudança brusca do ritmo do cotidiano, surge a necessidade de suporte em diferentes âmbitos da vida, mas, em especial no âmbito psicológico juntamente à amigos, familiares e o próprio paciente que possibilite amenizar os impactos sofridos.
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Assinam este artigo:
Cássia Elisa Rossetto Verga
Gerontóloga pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. Atualmente faz estágio na área de pesquisa em treino cognitivo de longa duração pelo Instituto SUPERA – Ginástica para o Cérebro. Tem interesse na área de treino e estimulação cognitiva para idosos, com enfoque em neurologia cognitiva. É membro da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Já foi bolsista PUB da Universidade Aberta à Terceira Idade da EACH-USP, atual USP 60 + nas oficinas de música e letramento digital. Participou como assessora de Projetos e Recursos Humanos na Empresa Geronto Júnior entre os anos de 2019 a 2020.
Profa. Dra. Isabela Martins.
Gerontóloga formada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Mestra e Doutora em Saúde Pública, pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Vice-diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG).
Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva
Gerontóloga formada pela Universidade de São Paulo (USP). Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. É assessora científica e consultora do Método Supera.
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A orientação sobre cuidador de idosos é bastante útil, também para os idosos.