Correr ajuda a regenerar o cérebro?

Publicado em: 18/03/2017 | Última modificação em 24/03/2017 Por Assessoria de Imprensa SUPERA

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Marathon running race, people feet on city road

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A atividade física é excelente para nossa saúde cardiovascular e cerebral, podendo, inclusive, melhorar as funções motoras e cognitivas em alguns casos de doenças neurodegenerativas. Entretanto, os mecanismos moleculares subjacentes pelos quais o exercício impediria a degeneração dos neurônios continuavam misteriosos até poucos meses atrás, quando pesquisadores do Departamento de Medicina Celular e Molecular da Universidade de Ottawa (Canadá) conseguiram mais informações sobre o assunto.

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Entre suas muitas vantagens, sabemos que o exercício físico favorece a neurogênese, ou seja, a fabricação de novos neurônios. Além disso, mesmo que seu papel no adiamento da degeneração dos neurônios ainda não tenha sido claramente estabelecido, os fatores de crescimento nervoso (resumidos sob a sigla VGF), percursores de neuropeptídeos são regulados para cima durante o esforço físico. É justamente neles que Matias Alvarez-Saavedra e os membros de sua equipe se focalizaram para sua pesquisa.

Para estudar os mecanismos que ligam o exercício físico à proteção e à reparação neuronal, eles usaram ratos geneticamente modificados, que tiveram o cerebelo reduzido em um terço com relação aos outros ratos. Os ratos com cerebelo menor experimentaram várias dificuldades motoras e tiveram a expectativa de vida reduzida para 25 a 45 dias. Depois de estabelecer estes fatos, os cientistas proporcionaram aos ratos cérebro-lesados um acesso ilimitado a uma roda giratória.

Os resultados do estudo foram surpreendentes. Os ratos ativos tiveram sua vida aumentada para além de um ano. Em paralelo, a corrida melhorou suas funções motoras e seu equilíbrio. A observação do cérebro dos animais que se exercitaram mostrou um aumento significativo da mielinização. A mielina é uma substância lipídica presente na maior parte das fibras nervosas e que permite aos nervos transmitir rapidamente as diversas mensagens. Assim, os circuitos danificados nos ratos amputados de parte do cerebelo funcionaram melhor graças ao exercício físico. Por outro lado, esse processo de reparação foi interrompido assim que os animais paravam de correr – em alguns casos, os cientistas retiraram a roda giratória. Os VGF produzidos durante os esforços físicos seriam as responsáveis pelo tratamento dessas áreas danificadas do cérebro.

Os resultados deste estudo sugerem que graças aos VGF, “os neurônios danificados do cerebelo podem ser socorridos por um aumento da mielinização, através de um mecanismo de reparação do cérebro”. Isso já abre novos caminhos para o tratamento de algumas patologias neuronais, mesmo que novas pesquisas ainda sejam necessárias. Enquanto isso, vamos fazer exercícios!

Fonte : Matías Alvarez-Saavedra, Yves De Repentigny, Doo Yang, Ryan W. O’Meara, Keqin Yan, Lukas E. Hashem, Lemuel Racacho, Ilya Ioshikhes, Dennis E. Bulman, Robin J. Parks, Rashmi Kothary, David J. Picketts, Voluntary Running Triggers VGF-Mediated Oligodendrogenesis to Prolong the Lifespan of Snf2h-Null Ataxic Mice, in Cell Reports, vol.17, 11 de outubro de 2016

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