Resposta:
Não é somente o SUPERA que pode impactar no desenvolvimento da concentração da sua filha, mas sim um conjunto de fatores e principalmente a qualidade das experiências e o ambiente que é proporcionado a ela.
O sucesso escolar começa também em casa, que junto à escola promovem o desenvolvimento de competências sociais e emocionais de qualidade: espírito inovador e colaborativo, estar aberto a novas ideias e lidar com desafios, imaginação criativa, trabalho em equipe, estabelecimento e atendimento de regras, comunicação, superação de conflitos, competição saudável, lidar com o ganhar e o perder (tolerância à frustração, ao estresse), autoconfiança, autoestima, iniciativa social, assertividade, entusiasmo.
Estas competências são a base do sucesso das competências cognitivas. Você deve ajudar sua filha, por meio de modelo, a desenvolver as funções executivas que darão a ela a construção do controle das suas ações para a vida diária.
Com 5 anos, a Juliana, tem um período de concentração muito pequeno, entre 5 a 8 minutos, isto se ela estiver em condições ideais: se os canais sensoriais (audição, visão, temperatura, equilíbrio, dor…) estão “funcionando bem”, se ela dormiu bem (qualidade e quantidade de horas), está bem alimentada (nutrição adequada), não está em uma situação de estresse contínuo´ou mesmo não esteja vivenciando no momento da aprendizagem situaçãoes emocionais que demandem energia para serem reguladas (medo, ansiedade, tristeza…) tudo isso impacta na qualidade da atenção e no tempo que ela permanece concentrada em uma tarefa. É preciso que a escola, os adultos desta escola e principalmente o professor, conheçam o neurodesenvolvimento das crianças e como se dá o processamento cerebral para se adequem tempo, espaços, recursos, estratégias de ensino, que favoreçam que as aprendizagens se organizem por meio de experiencias diversas e que envolvam muitos canais sensoriais.
2017
Toda a conexão simples (experiências empobrecidas) que tem poucas redes de memória associadas tem mais chance de ser esquecidas. Toda a situação de aprendizagem que for empobrecida e precisar de poucos canais sensoriais de recepção dos estímulos do ambiente dará à criança maior chance de não ter interesse, e sem interesse, não há atenção.
Ahhh as crianças aprendem ser perceber!! Não! Elas imitam, eles repetem, elas reproduzem sem perceber. O que a gente quiser que tenha percepção tem que ter controle e desde muito pequeno. É preciso que as situações de aprendizagem dentro da escola e nos ambientes em que a Juliana está (família, casa dos avós, saídas com a família e amigos, passeios, seu próprio quarto, ambientes da casa) tenha coerência e seja modelo para o desenvolvimento do autocontrole, da autorregulação e que s aprendizados tenham significado para ela.
Não adianta eu querer (ou o professor) que algo seja objeto de aprendizagem se não tem sentido para a criança (ou qualquer pessoa, independentemente da idade). Talvez a Juliana, seja aquela criança que vira para você e pergunta: “Para que que eu tenho que pintar essa folha?” ou “Para que eu tenho que ir para a sala de soneca”, ou “O que vamos fazer com estas latas, com essas letras, com esses blocos?”. Se a sua filha fizer estas perguntas, abrace-a: precisamos muito de crianças que questionem por que esta sendo feito algo e para quê será feito.
Ninguém precisa de uma atenção contínua e de um foco contínuo para dar significado. A gente não precisa ouvir cada palavra que uma pessoa diz para a gente, para entender o que se está falando.
Não preciso olhar cada imagem que é apresentado para mim para formar o conceito de um filme, para poder entender um filme. Portanto, o fato de a gente processar as informações por meio de rajadas de atenção nos torna muito rápido, desde que se tenha modelos, referenciais (pai, cuidadores s e professores), interessados em ajudá-la a construir memórias (a vivenciar as mais variadas e ricas experiências):
- ler muito e materiais variados (adequados para idade) para a Juliana,
- contar histórias,
- cantar para ela e com ela,
- brincar com ela (em casa: na sala, no quarto, em ambientes lúdicos e seguros),
- falar com ela, relatar o que está fazendo, relatar como resolveu uma situação,
- promover brincadeiras com poucos recursos, com muitos recursos, brincadeiras faladas, cantadas…
- promover que ela reconte e encene histórias,
- permitir e favorecer momentos para que imite comportamentos (faz-de-conta) enquanto brinca,
- dançar, pular, saltar, equilibrar-se, fazer atividades físicas, pintar com materiais variados em superfícies variadas, mexer na terra, na areia, na água morna, fria, gelada, modelar argila, massinha,
- rir muito com ela, abraçá-la, acolhê-la, olhar para ela (nos olhinhos dela), segurar sua mão,
- fortalecer sua autoestima, ajudar a construir sua autonomia …
Atividades simples são as melhores para a Juliana iniciar seu treino de atenção: dê a ela instruções verbais simples e sequenciadas. Ela deverá executar esses comandos na mesma sequência, mantendo a mesma ordem. Por exemplo:
- “Juliana, pegue a meia azul e coloque no cesto (venha se arrastando pelo chão do quarto, por exemplo).
- Pegue a “girafa”, dê dois pulinhos e a coloque dentro daquela caixa”.
- Junte as bolas de meia atrás da porta, enquanto eu canto (no tempo de duração da canção) “meu chapéu tem três pontas”, por exemplo;
- Ande até aquele poste, pare, me espere lá e conte até 10.
- Pegue os talheres, coloque ao lado dos pratos e os guardanapos em cima.
- Separe 6 blocos vermelhos, 4 peças arredondadas e 2 bonecos (da caixa de blocos de construção)
Você poderá dar diversas instruções com vários comandos, estendendo o número de comandos de acordo com a capacidade de sua filha.
Acrescente pitadas extras de afeto, envolvendo-a com abraços, modulando sua voz, fazendo caretas, gestos…
Observe os progressos e comunique à escola as melhores estratégias que tem experimentado.
A Juliana precisa desenvolver a capacidade de atenção, mas somos nós, os adultos, que devemos promover as melhores experiências para este aprendizado.
Tenha em mente que o Método SUPERA pode ajudar a sua filha a treinar a atenção e a permanecer por mais tempo concentrada em uma tarefa (respeitando oneurodesenvolvimento de sua filha). Treinar a atenção é fundamental, desde pequenos, porque a atenção é a porta para o aprendizado.
Eu a convido a visitar uma de nossas Unidades SUPERA mais próxima de sua casa e a fazer uma aula grátis para saber mais como é o treinamento cognitivo do Método SUPERA: https://metodosupera.com.br/
Solange Rolim Lous Jacob
Especialista Neuroeducação Método SUPERA