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Perda auditiva e a memória: cuidados para o envelhecimento saudável

O envelhecimento é um fenômeno natural, caracterizado por estabilidades e mudanças que acontecem durante o ciclo vital em indivíduos de todas as faixas etárias. Observamos os resultados destas mudanças em nossos sistemas, órgãos e também, em relação à capacidade auditiva. Durante o processo de envelhecimento, apresentamos diminuição do seu desempenho e do seu funcionamento; este processo recebe o nome de presbiacusia.

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Saiba como a perda auditiva tem relação com o comprometimento da memória; preparamos dicas de cuidados preventivos para o envelhecimento saudável

A presbiacusia, ou perda auditiva relacionada ao envelhecimento, caracteriza-se por modificações na anatomia e na fisiologia cerebral do sistema auditivo. Como em relação ao tímpano, que perde a sua elasticidade e as articulações dos ossículos, ficando enrijecidos e afetando a transmissão do som.

Importante destacar que a presbiacusia é uma das causas mais comuns da perda auditiva para indivíduos com 60 anos ou mais, desenvolvendo-se de forma lenta e gradual e modificando estruturas, tanto do sistema auditivo como da cóclea (células ciliadas), levando à perda auditiva.

Normalmente conseguimos ouvir frequências entre 20 Hz e 20.000 Hz. Durante a velhice e o envelhecimento normal, a frequência vai decaindo. Na fase adulta, algumas pessoas já não conseguem ouvir em frequências acima de 15.000 Hz (15 KHz) e com o avanço da idade, as frequências médias e baixas (0,5 a 2 KHz) também são afetadas, dificultando no entendimento da fala e levando ao isolamento social muitas vezes. Com a presbiacusia, a perda auditiva é maior, o que dificulta ouvir frequências acima de 2.000 Hz (2 KHz).

Estudos destacam que a perda auditiva no envelhecimento pode estar associada a um pior desempenho das habilidades cognitivas. Uma das hipóteses é que, indivíduos com prejuízo na capacidade auditiva apresentam dificuldades para compreender palavras em locais com ruídos ou em espaços com mais de uma pessoa, o que resulta em um isolamento social.

Este isolamento refletiria em uma vida menos desafiadora, com poucos estímulos. A longo prazo, poderia ser um componente facilitador do desenvolvimento de quadros de comprometimento da memória e das demais habilidades mentais e até mesmo poderia resultar no desenvolvimento de demências.

Entretanto, é importante sabermos que podemos realizar hábitos preventivos para manter a nossa capacidade auditiva ou diminuir os impactos causados pelo processo de envelhecimento neste sistema tão importante para a nossa saúde mental, comunicação e qualidade de vida.

Veja as orientações a seguir:

Esperamos que estas dicas e orientações tenham sido úteis e reforçamos para a importância dos cuidados com a capacidade auditiva, para que se possa pensar em um processo de envelhecimento saudável.

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Referências:

Marques, Ana Cléia de O., Lorena Kozlowski, and Jair Mendes Marques. “Reabilitação auditiva no idoso.” Revista Brasileira de Otorrinolaringologia 70.6 (2004): 806-811.

Baraldi, Giovana dos Santos, Lais Castro de Almeida, and Alda Cristina de Carvalho Borges. “Evolução da perda auditiva no decorrer do envelhecimento.” Revista Brasileira de Otorrinolaringologia 73.1 (2007): 64-70.

Texto Escrito Por:

Graciela Akina Ishibashi- graduanda em Gerontologia pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP). Estagiária do projeto de validação do Método SUPERA. Estudante de iniciação científica na área de treino cognitivo.

Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva, Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e conselheira executiva da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG) e colunista do site do Método SUPERA.

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