Momentos de epidemias globais costumam gerar sentimentos de tensão, estresse e desespero na população como um todo – é o caso que vem ocorrendo desde o estopim do novo coronavírus, doença viral que se alastrou pelo mundo todo. Essa situação pode abalar significativamente a saúde mental em todas as idades, causando um desequilíbrio nas habilidades socioemocionais.
Situações estressantes e desgastantes podem causar danos ao nosso cérebro; quando nos estressamos, acionamos uma resposta automática que o cérebro dá a toda situação difícil de enfrentar. A resposta a situações difíceis ativa uma parte do sistema nervoso que é responsável pelo controle do coração, dos pulmões, da pressão arterial e de tantas outras respostas que vão proporcionar ajustes necessários para que você tenha mais sangue nos músculos e mais oxigênio disponível para poder ter agilidade e força muscular. Nesse momento, temos a sensação de estar em perigo.
Segundo a neurocientista e PhD, Dra. Suzana Herculano-Houzel, “estresse é qualquer situação que o cérebro nota que exige resposta ou preparação para lidar com ela”. E é nesse momento que é preciso ter inteligência emocional para lidar com essas situações.
“Quando detecta estresse de qualquer tipo, o cérebro se prepara para lidar com ele. O estresse que é logo resolvido vai embora e nos deixa ao menos com uma sensação de alívio, se não de satisfação. Mas se o cérebro se prepara, se arma, planeja, pensa a respeito, tenta resolver e não consegue e começa a remoer a situação do estresse que não vai embora ou até começa a conviver com ele, o estresse a longo prazo vem com ajustes hormonais, fisiológicos e mentais que, se por um lado ajudam a nos manter vivos, comem cérebro e corpo por dentro”, diz Suzana.
Quando praticamos a ginástica para o cérebro, como as neuróbicas do Método SUPERA ou jogos educacionais, condicionamos nosso cérebro para que ele se organize e desenvolva habilidades cognitivas e socioemocionais, ideias para manter a qualidade de vida e o bem-estar nos momentos de crise.
A fim de mantermos nossa saúde mental, trazemos algumas orientações para lidar com a situação com mais inteligência emocional e bem-estar.
Conheça as 9 dicas:
Cuide da sua saúde física: procure manter a saúde do corpo com atividades físicas frequentes e uma alimentação equilibrada. Além disso, recomenda-se a prática de atividades relaxantes, como meditação, alongamento, ioga e etc.
Faça coisas que lhe trazem felicidade: que tal aproveitar o momento em casa para fazer tudo aquilo que a rotina agitada não lhe permite? Fazer um curso online, assistir aquela série, ler aquele livro que não tinha tempo, aprender uma nova receita, brinque com seus animais de estimação, faça neuróbicas, exercite seu cérebro… aproveite com qualidade o tempo que terá disponível.
Tenha resiliência: tente absorve os principais aprendizados da situação; seja realista e evite entrar em pânico. Pratique o autoconhecimento, descubra a melhor forma de passar por isso e lembre-se que não durará para sempre.
Coloque as coisas em ordem: sabe a arrumação do armário, dos arquivos do computador, das plantas da casa, dos e-mails não lidos – ações que são sempre deixadas para depois? Não deixe de fazer coisas que ocupem a sua mente e relaxam ao mesmo tempo.
Estabeleça uma rotina: com mais tempo livre em casa, é preciso ter disciplina para conseguir manter uma rotina. Tente realizar atividades em horários pré-estabelecidos e crie uma rotina de trabalho – seja no homeoffice ou nos momentos de autocuidado. Isso lhe dará a sensação de organização e tranquilidade.
Mantenha o contato pessoal: converse com outras pessoas e interaja com aqueles que estão na sua casa – fale sobre seus sentimentos, sua rotina, seu estudo, seu trabalho. Não se isole!
Não pare seu tratamento: não deixe de tomar suas medicações, caso esteja em tratamento médico e procure ajuda caso tenha complicações ou alterações de sintomas.
Não deixe de procurar ajuda: se você perceber que está extremamente sobrecarregado, ansioso, medroso ou depressivo – procure ajuda especializada, como médicos, psiquiatras, psicólogos e o CVV (188).
E não se esqueça: é temporário e é necessário para a saúde e bem-estar de toda a família. Quanto mais ficarmos tranquilos em casa, mais rápido será!
Tatiana Olivetto – Assessoria de Imprensa e Comunicação