Neurocientista desvenda o QI:” inteligência é mais do que número”, revela a especialista

Publicado em: 01/07/2025 Por Marinella Moretz-Sohn

Entenda como treinar o cérebro de maneira adequada pode te deixar mais inteligente

O Quociente de Inteligência é a medida da inteligência de uma pessoa em comparação à média restante da população da mesma faixa etária. Em outras palavras: é uma forma de quantificar a capacidade cognitiva quanto à habilidades matemáticas e verbais, resolução de problemas,  raciocínio lógico e  outras aptidões intelectuais. 

A neurocientista parceria do Supera, Lívia Ciacci, explica que a ideia surgiu em 1904 com o psicólogo francês Alfred Binet, que buscava identificar aqueles alunos que precisavam de ajuda extra na escola. Mas o termo QI só surgiu em 1912, quando o psicólogo alemão William Stern criou uma fórmula especial para calcular a inteligência das pessoas: a idade mental dividida pela idade cronológica, multiplicada por 100.   

“Imagine uma criança de 10 anos que desempenha atividades com a proficiência de uma criança de oito anos. Seu QI será 80 e indica precisar de apoio para desenvolver as habilidades de sua idade”, explica. Hoje, a medição é muito mais sofisticada. Testes modernos, como as Escalas Wechsler de Inteligência (WISC para crianças e WAIS para adultos), não usam mais essa fórmula. Em vez disso, eles comparam o desempenho do indivíduo com os resultados de um grande grupo de pessoas da mesma faixa etária. A pontuação é padronizada de modo que a média seja 100.

As limitações do teste de QI

Embora as medições tenham evoluído com o passar do tempo, a neurocientista explica que, mesmo os testes de QI modernos são um retrato limitado das nossas capacidades cognitivas. 

“A inteligência humana é multifacetada e esses testes medem habilidades importantes como raciocínio lógico-matemático, habilidades visuoespaciais e memória de trabalho, mas deixam de fora outra habilidades que impactam diretamente no desempenho e na capacidade de aprendizagem do indivíduo, Reduzir a inteligência a um número é ignorar a riqueza e a diversidade do potencial humano”, explica. 

As habilidades às quais Lívia se refere são: criatividade; inteligência emocional; sabedoria e bom senso; praticidades; talentos artísticos ou motores. Não é à toa que a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), documento que norteia a educação no país, propõe 10 competências gerais para a educação. Isso dialoga com essa visão ampla da inteligência, valorizando desde o pensamento crítico até a empatia e a cooperação. 

O QI é um bom indicador para como anda o ambiente de desenvolvimento de um país ou região, mas não deve ser entendido como “a inteligência” das pessoas. “Ter inteligência envolve muitos fatores combinados, como o tipo de herança genética, as complexas estruturas do cérebro formadas durante a gestação, e como foram os primeiros anos de vida, incluindo a alimentação, exposição à doenças (como a partir do saneamento básico), qualidade dos estímulos sensoriais, motores e cognitivos na infância, segurança emocional e acolhimento afetivo, etc.”, conta Lívia. 

Ou seja, QI baixo não é só questão de investimento em educação, o problema começa bem antes, na falta de alimentação adequada e na desigualdade social. O Brasil tem os QIs mais baixos nas regiões Norte e Nordeste, com média de 85. Sudeste e Sul lideram com 90, mas nas áreas mais pobres desses Estados, a média cai bastante. Da mesma forma, nas zonas de elite no Norte e Nordeste, o QI também é mais alto, equiparando-se ao Sul e Sudeste.

Como  turbinar seu cérebro e aumentar o QI

Pode parecer simples: para resolver o problema é só aumentar o QI das pessoas. Mas será que isso é possível? A resposta é: sim! É possível aumentar o QI, mas é preciso considerar toda a complexidade do funcionamento do cérebro, pois, como já vimos, ele sozinho não mede inteligência.

“Não podemos pensar em aumentar o QI como se estivéssemos adicionando pontos a um placar, mas podemos melhorar e potencializar nossas habilidades  cognitivas ao longo de toda a vida”, argumenta Lívia. 

Isso é possível por conta da neuroplasticidade, isto é, a capacidade do cérebro de se reorganizar, formar novas conexões e se adaptar em resposta a novas experiências. Considerando um país com a extensão territorial do Brasil e todas as suas desigualdades,  para aumentar o QI médio da população, é preciso pensar em políticas públicas que garantam mais qualidade de vida, redução da pobreza  e melhoria da educação formal para a população. 

“Uma educação que, como preconiza a BNCC, promove a curiosidade, a investigação, o pensamento crítico, a argumentação e, fundamentalmente, as habilidades socioemocionais. E não custa lembrar, nada de telas e redes sociais na infância! Mais jogos de tabuleiro e atividades manuais e menos televisão”, orienta  a neurocientista.

Enrico Alcantara, 7 anos, foi identificado como superdotado e apresenta um QI total de 142  e percentil  99,7, que o coloca entre os 0,3% de pessoas mais inteligentes na sua faixa etária.  Para chegar a esse resultado, o menino fez uma avaliação neuropsicológica que, para além dos testes de QI, cruza os dados com a história de vida do indivíduo, ouvindo família e escola para identificar o perfil cognitivo dele. 

“O laudo é bastante extenso e complexo, mas mostra que ele tem habilidades excepcionalmente altas, como compreensão verbal, memória operacional, inteligência fluida entre outros”, diz Aline Alcantara, mãe do menino. 


Apesar da inteligência e do desempenho acima da média, Enrico apresentava características típicas da superdotação: perfeccionismo, baixa tolerância à frustração, intensidade emocional e alta sensibilidade. Sem atendimento adequado na escola, a mãe foi em busca de ajuda para que o jovem fosse desafiado de forma consistente ao mesmo tempo em que trabalhasse habilidades socioemocionais de forma lúdica. 

A família encontrou na estimulação cognitiva uma ferramenta para potencializar o desenvolvimento de Enrico. “As atividades propostas instigam o raciocínio, o que o estimula e o satisfaz intelectualmente. Ele sente que está num ambiente que o respeita e desafia cognitivamente, o que é muito importante para o seu bem-estar”, comenta a mãe.


Há um ano Enrico faz aulas de estimulação cognitiva semanalmente. Trata-se de uma espécie de treino para o cérebro que desenvolve aspectos como raciocínio lógico, foco e criatividade de maneira estruturada. “Ele se sente motivado e envolvido  quando está com as atividades do Supera. Além disso,  ele melhorou o engajamento nas atividades mais desafiadoras e na capacidade de concentração. O ambiente o estimula de forma positiva”, relata a mãe. 

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