É normal que a memória falhe de vez em quando. Afinal, quem nunca esqueceu onde parou o carro, em que lugar deixou o celular ou qual o nome daquela pessoa que encontrou na rua? No entanto, o grande problema dos lapsos de memória é quando se tornam frequentes, podendo até ser sintomas de transtornos neurocognitivos.
Nesse sentido, para não ter surpresas, especialmente quando se está na fase 60+, é fundamental entender o que é o lapso de memória e quando isso aponta para uma patologia. Então, fique conosco nesta leitura!
O que são os lapsos de memória?
Os lapsos de memória são breves momentos em que uma pessoa esquece algo de que normalmente se lembraria. Esses períodos de esquecimento podem estar presentes no cotidiano de qualquer um, e é comum que se tornem mais recorrentes à medida em que envelhecemos.
No entanto, lapsos de memória frequentes, aliados a declínios no pensamento ou raciocínio, podem ser sugestivos de condições como comprometimento cognitivo leve, Doença de Alzheimer e outras demências.
Inúmeros estudos científicos apontam que os lapsos de memória podem se tornar mais perceptíveis com a chegada da meia idade. Entre essas pesquisas, destacamos uma publicada no jornal britânico The Guardian, que aponta que o cérebro começa a perder a nitidez da memória e os poderes de raciocínio e compreensão a partir dos 45 anos.
Qual a diferença entre os lapsos de memória e a perda de memória?
Há uma diferença entre as alterações normais na memória e a perda de memória associada a transtornos neurodegenerativos. A hora de se preocupar com os lapsos é quando eles começam a afetar diferentes tipos de memória, prejudicando as capacidades cognitivas diárias.
Por exemplo, um lapso de memória é esquecer onde você colocou seus óculos. Agora, se esquecer de para que servem os óculos ou se eles são usados no rosto não é algo normal. O mesmo vale para não se lembrar mais do nome de entes queridos ou perder a destreza para escrever e ler.
O que causa os lapsos de memória?
Embora associados ao envelhecimento, os lapsos de memória acontecem em qualquer fase da vida. Mas, alguns fatores podem ser cruciais para sua frequência. Confira!
Condições clínicas
Alterações na saúde podem contribuir para lapsos de memória, como é o caso da presença de tumores, transtornos psiquiátricos, sequelas de acidentes, vício em álcool e uso de drogas.
Uso de medicamentos
Medicamentos de uso controlado podem afetar a memória. Alguns exemplos são:
- analgésicos;
- ansiolíticos;
- antidepressivos;
- anticonvulsivantes;
- controladores de colesterol;
- medicamentos para hipertensão.
Problemas emocionais e estresse
Pessoas estressadas ou com problemas emocionais podem ter dificuldade para criar memórias de curto prazo, o que significa que é mais difícil aprender e recordar. Estratégias de memória podem ajudar nesse quadro, mas reconhecer a origem do problema e tratá-lo é fundamental.
Sedentarismo
Cientistas descobriram que a inatividade pode levar à atrofia da parte do cérebro responsável pela memória. Por isso, melhorar a memória também significa ter uma vida ativa.
Como tratar os lapsos de memória?
Sobretudo, estimular o corpo e fazer ginástica cerebral são pontos importantes para prevenir os lapsos de memória. Por outro lado, quando notamos sintomas de um declínio gradativo das funções cognitivas, esse pode ser um sinal de um transtorno neurocognitivo. Por isso, é preciso ter um acompanhamento de médico neurologista, que fará uma avaliação completa do paciente a fim de descobrir se as principais áreas do cérebro têm uma ou mais funções específicas prejudicadas.
Muitas condições são tratadas principalmente com reabilitação e cuidados de suporte para ajudar a pessoa com habilidades perdidas por conta da função cerebral afetada. Medicamentos podem ser necessários para reduzir comportamentos agressivos que podem ocorrer com algumas das condições. Se os lapsos de memória resultarem de distúrbios comportamentais e emocionais, um psiquiatra também pode ser acionado para iniciar um tratamento medicamentoso, que deve ser associado à psicoterapia.
Gostou do conteúdo? Aproveite a visita para descobrir o que acontece com a memória no processo de envelhecimento normal do ser humano!