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Junho Violeta: Juntos na luta contra a violência e em defesa da dignidade das pessoas idosas

O mês de junho é um período significativo para refletir sobre a realidade da violência contra a pessoa idosa, tema central da campanha Junho Violeta. A gravidade dessa questão evidencia a necessidade de atenção e de ações efetivas por parte da sociedade e dos profissionais que atuam com o envelhecimento. Em 2022, mais de 35 mil denúncias de violência contra pessoas idosas foram registradas no Brasil. (Disque 100).

A violência contra as pessoas idosas, que pode se manifestar de várias formas — física, emocional, financeira e até negligência — é uma violação dos direitos humanos e, muitas vezes, ocorre dentro do próprio lar, onde deveriam se sentir mais seguras. É fundamental que todos nós, como futuros profissionais da área, estejamos preparados para reconhecer os sinais dessa violência e agir de forma eficaz para combatê-la.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que aproximadamente 1 em cada 6 pessoas idosas sofreu algum tipo de abuso ao longo da vida. Dessa forma, é vital promover a conscientização sobre o envelhecimento e desmistificar estigmas que o cercam. Assim, com o auxílio de campanhas educativas, como a do Junho Violeta, podemos sensibilizar a população sobre a importância de respeitar e valorizar as pessoas idosas, além de ensinar a identificar comportamentos abusivos.

Logo, a educação é uma ferramenta poderosa que pode transformar percepções e comportamentos, por meio de ações como campanhas de sensibilização, oficinas intergeracionais, formações para profissionais da saúde e da assistência, além de atividades educativas em escolas e comunidades. Essas iniciativas contribuem para a construção de um ambiente mais seguro e acolhedor para as pessoas idosas.

Por fim, é essencial lembrar que a prevenção da violência contra a pessoa idosa começa em casa e na comunidade. Do mesmo modo, é importante que cada um de nós possa desempenhar um papel ativo, seja ouvindo e apoiando uma pessoa idosa, denunciando casos de abuso ou promovendo o diálogo intergeracional. O Junho Violeta nos convida a nos unir em prol de uma causa maior: garantir que todas as pessoas idosas tenham o direito de viver com dignidade, respeito e segurança.

Juntos, podemos construir uma sociedade mais justa, onde a experiência e a sabedoria dos mais velhos sejam não apenas reconhecidas, mas celebradas.

Referências:

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Abuse of older people. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/abuse-of-older-people. Acesso em: 27 out. 2023.

BRASIL. Governo Federal. Disque 100 registra mais de 35 mil denúncias de violações de direitos humanos contra pessoas idosas em 2022. 15 jun. 2022. Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2022/junho/disque-100-registra-mais

de-35-mil-denuncias-de-violacoes-de-direitos-humanos-contra-pessoas-idosas-em-2 022. Acesso em: 03 jun. 2025.

Biografia:

Ana Mi Bok Yoo – Graduanda do Bacharelado em Gerontologia na Universidade de São Paulo, voluntária da oficina Mentes Ativas e Envelhecimento saudável: Pessoas idosas na informática e estagiária do Hospital Universitário da USP.

Bruna Magro Fioramonte – Graduanda do Bacharelado de Gerontologia na Universidade de São Paulo, estagiária do Método Supera, unidade tatuapé e estagiária do Hospital Universitário da USP.

Profa. Dra. Thais Bento Lima da Silva – Gerontóloga formada pela Universidade de São Paulo (USP). Mestra e Doutora em Ciências com ênfase em Neurologia Cognitiva e do Comportamento, pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Docente do curso de Bacharelado e de Pós-Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. É parceira científica do Método Supera. Coordenadora do Grupo de Estudos em Treino Cognitivo da Universidade de São Paulo.