Filhos que mandam nos pais idosos: a autonomia na velhice

Publicado em: 04/10/2022 Por Assessoria de Imprensa SUPERA

Filhos que mandam nos pais idosos impactam diretamente em sua qualidade de vida. É muito comum que os cuidadores comecem a ver a pessoa idosa como uma criança e façam as decisões por eles. Porém, também é comum que ela se sinta inferiorizada e incapaz diante da necessidade de apoio para atividades pessoais.

Na gerontologia, a autonomia é entendida como uma propriedade que está vinculada a três condições: a capacidade do ator de compreender a ação e suas consequências, a ação realizada intencionalmente e a ação livre de controle externo.

Por isso, prezar pela autonomia do idoso torna o envelhecimento mais saudável e ativo e um aumento na qualidade de vida.

Segundo a gerontóloga, Thais Bento Lima-Silva, um novo conceito foi incorporado para o entendimento ou interpretação da capacidade funcional da pessoa idosa: o de interdependência.

“Ela é definida como a confiança que as pessoas têm entre si como uma consequência natural de viver em grupo. Nos traz uma perspectiva de inclusão social, auxílio mútuo, além de um compromisso e responsabilidade moral para reconhecer e lidar com a diferença e pode ser visto como um sucesso pessoal que vai para além da independência e da autonomia”, afirma.

Filhos que mandam nos pais idosos

Filhos que mandam nos pais idosos e o envelhecimento ativo

Vários estudos científicos têm estudado os fatores de risco associados ao comprometimento da autonomia de pessoas idosas.

Os principais são: idade avançada, sexo feminino, baixa renda, baixa escolaridade, núcleo familiar multigeracional, hospitalização no último ano, uso de mais de uma medicação, visão ruim, declínio cognitivo, presença de sintomas depressivos e de comorbidades, autopercepção de saúde negativa, além de baixa frequência de contatos sociais e da prática de atividade física e menor envolvimento social.

A partir disso, não podemos deixar de falar em envelhecimento ativo, que é definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “o processo de otimização de oportunidades para a saúde, a aprendizagem ao longo da vida, a participação e a segurança para melhora qualidade de vida à medida que as pessoas envelhecem”.

Para Thaís Bento Lima-Silva, essa visão nos remete a reflexão de manter o foco de ação em propostas de prevenção de doenças e cuidados com a saúde e da aplicação de ações também para aspectos relacionados a participação e segurança das pessoas idosas, considerando que esses aspectos estão interligados e promovem autonomia, independência e interdependência.

“É importante considerar que ao longo do processo de envelhecimento teremos diferentes perfis de idosos e que entender e avaliar esses perfis considerando sua funcionalidade é uma questão premente para que possamos entender as demandas necessárias e promover ações mais eficazes e direcionadas para essas demandas”, frisa.

Filhos que mandam nos pais idosos

Logo, a autonomia é uma das vertentes centrais do envelhecimento saudável porque ajuda a manter a dignidade, integridade e liberdade de escolha da pessoa idosa, propiciando a sua qualidade de vida.

De acordo com a gerontóloga Thais Bento Lima-Silva, a promoção da inserção social também é imprescindível, já que, para um envelhecimento saudável, o bem-estar físico, mental e social são importantes.

“Promover a inserção social em espaços que estimulem sua participação social, sua autonomia e independência aumentam a sua qualidade de vida e a realização das suas funções cotidianas e de lazer”, completa.

Confira como a autonomia da pessoa idosa pode ser estimulada:

– Incentivas as atividades físicas e cognitivas;

– Promover o empoderamento e o protagonismo da pessoa idosa;

– Respeitar e considerar as suas vontades;

– Promover uma alimentação saudável;

– Incentivar a interação social;

– Possibilitar e promover o acesso a serviços e a programas educativos.

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6 comentários para "Filhos que mandam nos pais idosos: a autonomia na velhice"

Faça um comentário

  • Marzilia. disse:

    Conteúdo maravilhoso

  • Prof Jarmuth Andrade disse:

    Adorei os textos publicados e com sua autorização vou compartilha-lo com amigas e amigos da 3a. Idade, ex-colegas da Faculdade da 3a. Idade, que frequentamos por mais de 20 anos, na Estância de Campos do Jordão. Obrigado pelo envio.

  • Maria Isabel G L Lopes disse:

    Oiii, acredito que os filhos precisam e devem incentivar os pais idosos a se relacionarem com atividades sociais, educativas…. e, principalmente, respeitar os desejos de independência deles. Lógico que, aí temos que estar atentos a outros fatores como : ter certeza de que se alimentam não tem esquecimentos que possam vir a prejudicar….
    Tenho 72 anos e sinto que, se não fosse por doença de meu marido, teria agora as melhores experiência de minha vida. Sou saudável e procuro ocupar minha mente com tudo o que, durante o crescimento de meus filhos, não podia porque tudo era para eles.
    Porém, um dia após o outro
    Obrigada por este artigo. Muito bom.

  • MARIA APARECIDA ALVES disse:

    Muito bom o texto sobre filhos que manda nos pais, eu tenho uma filha que tempos atrás queria me colocar no lugar de filha ou seja, inverter os papeis, mas eu não aceitei fui muito firme com ela . Agora com 60 anos procuro sempre manter minha autonomia, gosto de estar sempre lendo e aprendendo coisas novas.

  • Fico observando a minha vida.
    Ainda bem que estou integra,aos 75 anos,por que de todos os lados,sinto haver abandono.
    A começar pela família,passam fines de semana, um atras do outro, e ninguém lembra de mim.para compartir um domingo. E se vou ninguém fala comigo,como se não tivesse mais assunto.
    E nao entanto acabo de escrever dois livros infantis.
    Além disso,a violência vivida dentro de casa,vivo reclamando dos estragos que sofro,neste momento,me quebraram a antena da tv, ela nao funciona, me quebraram o notibook,não funciona, me danificaram uma lampada que usava pra leer, e assim sussecivamente.
    Em maio cumpli 75 anos,tive que me apossentar,de ganhar quasse $3000,00
    O meu salário caio para 1220 reais
    Ate deixei de consumir queixo.por nao ter condições de comprar.
    Aportei para o INSS. Durante 20 anos, e nao reconheceram, por que?

  • Maria da Penha disse:

    Adorei a matéria. Eu, felizmente não tenho esse problema. Tenho filhas genros e netos maravilhosos que me tratam com muito carinho sem exercer autoridade sobre mim. Parabéns a Supera pela qualidade das matérias apresentadas.

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