Falar fazendo gestos pode ser mais eficaz

Publicado em: 20/02/2018 | Última modificação em 22/04/2019 Por Assessoria de Imprensa SUPERA

Falar fazendo gestos pode ser mais eficazO jeito de gesticular enquanto fala muda de pessoa para pessoa e de cultura para cultura. De qualquer forma, os gestos impactam significativamente na compreensão da fala.

Pesquisa recente realizada na Holanda mostrou os efeitos positivos dos gestos em conversas, sobretudo nos casos de perguntas e respostas. E por que, ou como, fazer uma pergunta usando voz e gestos torna a comunicação mais eficaz?

A comunicação oral é multimodal: ela aciona diversos sistemas semióticos: o verbal (ou seja, o conjunto dos elementos que envolvem a “língua” – fonológico, lexical, morfossintático), e também o não verbal e o paraverbal (todos os elementos que acompanham os elementos propriamente linguísticos, e que são transmitidos pelo canal auditivo: entonação, pausas, qualidade da articulação, particularidades da pronúncia, características da voz.

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Durante anos, pesquisadores em comunicação não verbal cruzaram muitos dados de análises de linguistas, mas a questão das relações entre a palavra e a linguagem do corpo ficou em segundo plano.

Esse estudo realizado pelos pesquisadores do Departamento de Linguagem e Cognição, bem como do Instituto do cérebro, da cognição e do comportamento (Universidade Radboud, Países-Baixos) e do Departamento de Ciências da linguagem (Universidade de York) baseou-se em uma perspectiva multimodal.

Judith Holler e seus colegas ressaltam que os gestos das mãos, em particular, acrescentam um significado ao que é dito e que, em alguns casos, transmitem de 50% a 70% da informação.

A comunicação face a face é tida hoje como o melhor modo de comunicação humana. Entretanto, ainda temos poucas pesquisas sobre o papel dos gestos em uma conversa.

Exatamente por isso que os pesquisadores querem determinar, primeiramente, se os gestos influenciam o processo cognitivo de maneira implícita no início da fala (o que eles chamam de momento da virada) e se, posteriormente, ela tem um efeito no decorrer da conversa. O estudo dos cientistas focou em um tipo de ação de comunicação bem preciso: as sequências de perguntas e respostas.

Para esta pesquisa, foram analisadas as interações de sete grupos de três participantes. As conversas foram divididas da seguinte forma: Duas delas com homens, duas com mulheres, e três mistas (média de idade: 30 anos). Assim que eles foram equipados para a experiência, os pesquisadores os deixaram na sala durante 20 minutos.

Durante esse tempo, eles conversaram livremente. As análises foram centralizadas nas situações de perguntas e respostas (281 no total). O que eles observaram então?

Eles constataram que as perguntas acompanhadas de gestos registraram tempo de reação mais curtos, com respostas mais precisas. Eles notaram ainda que a alternância das falas era mais rápida quando os gestos terminavam antes do discurso (fim da pergunta). Isso pode significar, nesse caso, que os gestos avisam quem está escutando de que a pessoa que está falando vai terminar, e isso a ajudaria a se preparar mais rapidamente para responder, mesmo que a questão verbal não tenha sido concluída.

Segundo os autores do estudo, estes resultados empíricos dão uma primeira noção do papel do corpo no processo psicolinguístico que envolve a comunicação humana.

É importante que os pesquisadores realizem novas pesquisas sobre a multimodalidade da comunicação, principalmente sobre a pertinência dos sinais não verbais no processo de compreensão e de aprendizagem.

Fonte: J. Holler, K. H. Kendrick, S. C. Levinson, « Processing language in face-to-face conversation : questions with gestures get faster responses », in Psychonomic Bulletin & Review, sept. 2017

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