Um dos principais desafios dos estudantes durante o período escolar é o aprendizado da matemática. Porém, algumas técnicas de aprendizagem em sala de aula podem tornar o estudo da disciplina mais fácil e prazeroso.
Essa foi a ideia de Renata Okano Shiraishi, de 42 anos, educadora e gestora pedagógica da unidade SUPERA Araçatuba (SP). Seu interesse na área da educação surgiu quando viu a necessidade de estar mais perto dos filhos no Japão e de realizar seu sonho de criança, ser professora. Morou por 20 anos no Japão, onde se formou em Pedagogia.
Durante esse tempo, Renata aprofundou seu conhecimento e prática no soroban, o conhecido ábaco. Seu primeiro contato com o instrumento foi em uma escola brasileira no Japão, onde conheceu estudantes que realizavam a prática do instrumento. “O que me chamou a atenção foi o aluno movimentar os dedos sem nada na frente e a rapidez no cálculo mental. Meu primeiro professor de Soroban foi um aluno da escola”, diz Renata.
Em 2013, ela retornou ao Brasil e em 2015, iniciou sua especialização em Neuropsicopedagogia.
2018O projeto de levar o ensino do ábaco para dentro das escolas por meio de aulas de reforço intensivo surgiu quando a professora de seu filho a questionou: “ Mãe, o que seu filho faz para ter tanta concentração?”. Renata respondeu: apenas a prática do ábaco. “Ingressei na pós-graduação em Neuro, escrevi o projeto e concomitante pedi autorização para a gestora da escola para implantar na minha sala de aula”, diz Renata.
Durante dois anos – 2016 e 2017 – o projeto foi implantado em uma escola municipal da cidade de Araçatuba e em 2018, passou a ser realizado em outra unidade escolar também. “A ideia surgiu da busca de novas ferramentas para ensinar o aluno com dificuldade de aprendizagem. No primeiro momento, inseri o centramento (tipo de relaxamento sem música). Em seguida, coloquei o Soroban e nas observações, percebi que o aluno se acalmava. Na primeira reunião de pais em 2016, uma mãe me questionou o que tinha feito com o filho dela, pois o garoto era outra criança; estava tranquilo, não era mais agressivo e tinha muita vontade de aprender”, conta Renata.
No início do projeto, a professora adquiriu 30 sorobans por conta própria, comprou livros e um ex-aluno do Japão lhe enviou as apostilas que usava.
O resultado da prática do ábaco em sala de aula e o estímulo de habilidades cognitivas é perceptível dentro das turmas em que Renata ministra suas aulas: “O resultado foi ter crianças ditas com dificuldades serem alfabetizadas com maior rapidez, um maior nível de concentração durante as aulas, agilidade no cálculo mental e silêncio durante o treino. Segundo a coordenadora da escola, na sala de aula dá até pra escutar a agulha caindo, o que a princípio foi estranho, pois era uma classe barulhenta e cheia de conflitos”, conta Renata.
Além disso, a escola onde a educadora ministra seu projeto conseguiu passar do último lugar do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) para 3º dentre as escolas do município.
Ginástica para o Cérebro
Durante todo esse processo, a professora conheceu o SUPERA – Ginástica para o Cérebro e se tornou aluna, aprofundando seu interesse em neurociência e habilidades cognitivas.
Hoje em dia, Renata atua como gestora pedagógica da unidade e professora da rede pública. Á frente da gestão pedagógica do SUPERA desde março deste ano, Renata reestruturou o pedagógico, introduziu aulas de neurociência na unidade e treinou todos os educadores para a homologação no nível 2.
As aulas no SUPERA fizeram com que Renata aprofundasse seus conhecimentos na área e tivesse certeza da eficácia da neurociência e dos estímulos cognitivos no processo de aprendizagem dos alunos. A educadora observa diversos benefícios notáveis em seus alunos dentro das unidades SUPERA, como o desenvolvimento da concentração, da atenção sustentada para os estudos por mais tempo e é claro, a elevação da autoestima. “Foi elevando a autoestima dos meus alunos que consegui fazer com que eles acreditassem no seu potencial”, conclui Renata.
Para Renata, ser educadora SUPERA não é somente ensinar: “Ser educador é ser responsável em proporcionar às crianças experiências que auxiliem o desenvolvimento de suas capacidades cognitivas em um meio cheio de pluralidade. Segundo Paulo Freire, é fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal maneira que num dado momento a tua fala seja a tua prática. Portanto, ser educador SUPERA é ser aluno SUPERA também”.
Assessoria de Imprensa Método SUPERA