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As tecnologias e o acesso ao lazer para pessoas idosas

O acesso ao lazer é um aspecto importante para a qualidade de vida das pessoas idosas e para o envelhecimento ativo, influenciando diretamente sua saúde física, mental e social.

No entanto, diversos fatores, como limitações físicas, restrições de mobilidade e falta de oportunidades, podem dificultar a participação em atividades de lazer tradicionais. Neste contexto, as tecnologias surgem como uma alternativa promissora para ampliar as possibilidades de acesso ao lazer para essa população.

As tecnologias desempenham um papel fundamental na promoção do acesso ao lazer para pessoas idosas, oferecendo uma ampla gama de recursos e oportunidades adaptadas às suas necessidades individuais e capacidades. Nesse sentido, as tecnologias têm o potencial de superar barreiras físicas, cognitivas e sociais, permitindo que pessoas idosas desfrutem de atividades de lazer de forma inclusiva e significativa.

Um exemplo é o uso de dispositivos móveis e aplicativos especializados, que possibilitam aos idosos participar de uma variedade de atividades de lazer, como jogos, exercícios cognitivos, leitura e interação social, sem sair de casa.

Estas tecnologias não apenas proporcionam entretenimento e diversão, mas também promovem o engajamento cognitivo, a socialização e a estimulação mental, contribuindo para a saúde e o bem-estar geral da população idosa.

Além disso, as tecnologias de realidade virtual (RV) e realidade aumentada (RA) têm ganhado destaque como ferramentas inovadoras para proporcionar experiências de lazer imersivas e enriquecedoras. Por meio dessas tecnologias, os idosos podem explorar virtualmente destinos turísticos, participar de atividades recreativas e culturais e reviver memórias de eventos passados, tudo isso sem sair de casa.

De acordo com Ferrari et al., (2016), o lazer proporciona uma série de benefícios que abrangem diversos aspectos da vida humana. Entre os benefícios pode-se destacar a contribuição significativa para o desenvolvimento social e pessoal, promovendo interações saudáveis e construtivas, enquanto aumenta o bem-estar físico e psíquico.

Além disso, o envolvimento em atividades de lazer está associado à promoção de uma autopercepção positiva de saúde, estimulando uma maior disposição para realizar diferentes atividades e desfrutar do processo de envelhecimento.

Por fim, o lazer também serve como um estímulo para a busca de tempo destinado à prática da liberdade, autonomia e transformação pessoal, oferecendo um espaço para experimentação, crescimento e autodescoberta.

Assinam este artigo:

Laydiane Alves Costa – Gerontóloga pela Universidade de São Paulo (USP), Pós-graduanda em Neurociências pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e membro do Grupo de Estudos em Treino Cognitivo (GETEC). Assessora científica do projeto de pesquisa de validação do Método SUPERA.

Profa. Dra. Thais Bento Lima da Silva. Gerontóloga formada pela Universidade de São Paulo (USP). Mestra e Doutora em Ciências com ênfase em Neurologia Cognitiva e do Comportamento, pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Docente do curso de Bacharelado e de Pós-Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. É parceira científica com pesquisas entre a USP e o Método Supera. Coordenadora do Grupo de Estudos em Treino Cognitivo da Universidade de São Paulo.