Os jogos de tabuleiro são materiais intelectuais e lúdicos ao mesmo tempo. A partir de um jogo de tabuleiro, podemos transitar pela história e reviver as lembranças do passado. Embora contenham um grande valor cultural, estes jogos estão sendo substituídos pela era dos jogos eletrônicos; alguns são reeditados no formato computadorizado, mas é sempre importante pensarmos no seu poder de interação. Mesmo sendo clássicos e de fácil acesso, a baixa procura por jogos de tabuleiro para a sua aprendizagem e aplicabilidade tem sido frequente nas diferentes faixas etárias.
Quando tentamos entender o que impede a aprendizagem de um jogo de tabuleiro em indivíduos com mais de 60 anos, verificamos que a maioria relata ter dificuldade em realizar novas aprendizagens; outros informam que para aprenderem precisariam de um professor paciente, atencioso e na mesma vertente dos obstáculos, há aqueles que relatam a falta de oportunidades, destacando que não encontram locais que ofereçam o ensino e o treinamento em atividades desta natureza.
2019
Parte destes obstáculos acabam sendo mitos e estereótipos construídos acerca da prática destes jogos. O que é mais interessante neste contexto é que embora haja relatos de obstáculos para a aprendizagem de um jogo, a maioria das pessoas na meia idade e na terceira idade apresentam motivação e interesse em praticá-los
Existem inúmeros jogos que possibilitam os benefícios acima citados, como o jogo de dama, xadrez, jogo da vida, banco imobiliário, cara a cara, detetive; entre outros. Cabe ressaltar que cada pessoa aprenderá uma atividade dentro do seu ritmo e do seu estilo de aprendizagem, mas poder praticar com uma pessoa próxima ou em uma instituição especializada é uma forma eficaz de iniciar a prática de um jogo.
Os jogos de tabuleiro têm inúmeros benefícios comprovados; alguns deles em otimização do desempenho das habilidades mentais, melhoria de suas habilidades motoras e sensoriais, estimulação do processo de criatividade e a construção de conceitos. Resultados positivos para uma melhor qualidade de vida, menores taxas de declínio no desempenho da execução de tarefas cotidianas e otimização da promoção da saúde.
Destaca-se também a possibilidade de ocorrer a troca entre diferentes gerações, sendo a prática dos jogos um importante elo de reconstrução de valores e de significados.
Não há limite de idade para se aprender a jogar. E o mais recomendável é sempre começarmos um jogo entendendo primeiramente qual é o seu contexto de criação, aonde ele foi elaborado, em qual região do mundo e qual a sua finalidade. Posteriormente deve-se solicitar que uma pessoa experiente nos ensine, podendo ser um professor, um ente ou um amigo.
Independente da idade, experimente aprender um jogo e comece gradativamente, pois a chance de você gostar do jogo e ensinar outras pessoas é maior; tendo assim uma experiência bem-sucedida!
