SUPERA – Ginástica para o Cérebro

A aprendizagem e as expressões artísticas

A aprendizagem de uma nova informação está inevitavelmente ligada à história do homem, às novidades fornecidas ao seu cérebro, à sua construção enquanto um ser social, com capacidade de adaptação e enfrentamento de desafios.

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De modo geral, cada indivíduo tem seu processo de aprendizagem. Cada um possui uma maneira de utilizar seus fatores mentais, afetivos e fisiológicos ao aprender, perceber, interagir e criar estratégias frente à uma aprendizagem, facilitando a sua compreensão, sua assimilação, sua recuperação e o uso da informação aprendida. Ou seja, a aprendizagem é um tipo de descoberta! Entretanto, sabemos que ela oferece caminhos e um deles é a arte e suas formas de expressões artísticas.

Segundo o Roteiro da Educação Artística publicado pela UNESCO no ano de 2006, as diferentes linguagens da arte oferecem oportunidades únicas para compreendermos e criarmos a nossa identidade pessoal; estimulando a nossa tomada de decisões participativas e motivando-nos para uma aprendizagem ativa, criativa e questionadora.

Entende-se a importância de inserirmos a arte em nossa rotina, seja como o eu artesão, o eu dançarino, o eu pintor, o eu cantor, ou poeta. A arte nos prepara para a incerteza do futuro, para respondermos a problemas e para lidarmos com tecnologias que ainda não foram desenvolvidas.

Neste sentido, é importante refletir nos pensamentos do filósofo alemão Nietzsche, que destaca que não há uma “origem”, há, sim, “o infinito desdobramento, a constante transformação, a proliferação de sentidos, ou seja, a criação”. Surgindo em nós a vontade de potencializar habilidades, a vontade de criar que se contrapõe à “vontade de verdade” de sermos apenas seres pensantes.

Para o filósofo alemão, a arte – mais do que algo feito por artistas, especialistas, ou como instituição e como obra – é uma atividade propriamente criadora, uma força artística presente não somente no homem, mas em todas as coisas.

Neste sentido fica a reflexão, quais as suas vontades, atividades ou aprendizagens feitas com ou na arte? Descubra-se e arrisque-se ás novas aprendizagens artísticas, utilize sua motivação, sua apreensão para a aquisição, a retenção, a rememoração do desempenho. A arte te mostrará caminhos para o autoconhecimento e uma boa autoestima, uma vez que somos os artistas da nossa vida.

Poderíamos pensar como os grandes filósofos, em sermos os poetas de nossas vidas, buscando assim novas experiências e redescobertas, para adentrarmos no universo criativo da vida cotidiana.

Thais Bento Lima é gerontóloga e colunista do Método SUPERA – Ginástica para o Cérebro

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