Cientistas conseguem reduzir risco de demência em voluntários

Publicado em: 16/03/2017 Por Assessoria de Imprensa SUPERA

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Artigo produzido pelo neurocientista Dr. Rogério Panizutti, do Centro de Neurociência da UFRJ

Pela primeira vez, cientistas conseguiram reduzir o risco de humanos desenvolverem demência. Isto não aconteceu através de um remédio, dieta especial ou exercício físico e, sim, de exercícios de treino cerebral em um computador.

O treino no computador reduziu quase à metade a incidência da doença de Alzheimer e outras formas devastadoras de demência em adultos mais velhos, após uma década de treino. Se este achado se confirmar, o treino cerebral no computador será a primeira intervenção de qualquer tipo – incluindo remédios, dieta e exercícios – a fazer isso.

Estes resultados foram apresentados na última Conferência da Associação Internacional de Alzheimer em Toronto, no Canadá, pelo psicólogo Jerri Edwards, da Universidade do Sul da Flórida, que liderou o estudo financiado pelo governo norte-americano ACTIVE (Advanced Cognitive Training for Independent e Vital Elderly).

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ACTIVE é um estudo muito importante que, desde 1998, vem acompanhando quase 3.000 pessoas com mais de 65 anos de idade. No início do estudo, os participantes receberam uma de três formas diferentes de treino cognitivo: exercícios no computador da plataforma BrainHQ, ou treino de estratégias de memória ou raciocínio em sala de aula, ou nenhum treino.

Cada participante foi aleatoriamente designado para receber um dos três treinos ou nenhum, e foram avaliados periodicamente nos anos seguintes. A randomização reduziu as chances de que os resultados diferentes entre os treinos fossem devido ao fato de as pessoas com mais capacidade cerebral optarem por fazer o treino no computador.

Em números reais, 14% dos participantes do estudo que não receberam treino no computador desenvolveram demência 10 anos depois. Entre aqueles que completaram até 10 sessões de 60 a 75 minutos do treino BrainHQ no computador – em que as pessoas têm de prestar atenção, processar rapidamente e lembrar de imagens em uma tela de computador – 12,1% desenvolveram demência. Dos que completaram as 10 sessões iniciais do treino no computador mais 4 sessões de reforço alguns anos mais tarde, somente 8,2% desenvolveram demência.

Tal “efeito dose-resposta” – mais treino, mais chance de evitar a demência – é um indício de que o treino está fazendo a diferença.

Há cada vez mais evidências de que uma vida intelectualmente desafiadora (“aprendizagem ao longo da vida”) e certas formas de treino cerebral podem reduzir o risco do declínio cognitivo associado ao envelhecimento. Os novos achados do estudo acima citado são evidências de que isso também pode ser válido para a demência.

“Eu acho que esses resultados são altamente promissores”, disse George Rebok da Escola de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins, um especialista em envelhecimento cognitivo que não estava envolvido no estudo.

Como os resultados não foram submetidos a uma revista revisada por pares, no entanto, eles são considerados provisórios. Mesmo assim, no entanto, há evidências de que este treino cerebral no computador tem uma ação importante sobre a atividade cerebral, que pode explicar os resultados promissores.

Por exemplo, um artigo publicado com resultados do estudo ACTIVE mostrou que o treino BrainHQ no computador melhorou a conectividade entre as áreas do cérebro. Estes resultados indicam que melhorar o processamento de informações pelo cérebro através deste treino no computador poderia levar a um rejuvenescimento global do cérebro.

“É difícil entender como uma intervenção tão breve pode ter um impacto duradouro, mas temos que respeitar os dados”, disse o Dr. Howard Fillit, diretor executivo da Alzheimer’s Drug Discovery Foundation, que apoia a pesquisa de remédios para a doença de Alzheimer.

Uma possibilidade é um efeito acumulativo. Talvez as pessoas que fizeram o treino BrainHQ no computador ficaram mais propensas a mudarem seu estilo de vida ao longo dos anos. A partir dos ganhos com os exercícios no computador, elas podem ter passado a incluir mais leitura, viagens, engajamento social e outras atividades que impulsionam a “reserva cognitiva”, a reserva que o nosso cérebro tem contra a demência.

De fato, alguns participantes da ACTIVE disseram aos cientistas que o impulso cognitivo que sentiram a partir do treinamento os inspirou a se matricular em uma faculdade ou continuar dirigindo, o que pode contribuir para manter as pessoas social e intelectualmente ativas.

Uma questão-chave é, se 14 horas de treino BrainHQ podem reduzir o risco de desenvolvermos doença de Alzheimer 10 anos depois, o que aconteceria se treinássemos mais?

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