Resposta:
Bom dia. Agradeço pela sua pergunta. Dificuldades de aprendizagem tem uma base biológica, mas com frequência é o ambiente da criança ou do jovem que tem grande impacto nas dificuldades. Nossa experiência tem mostrado que a modificação no ambiente e a qualidade das experiências pode fazer uma diferença impressionante no progresso educacional do seu filho.
Primeiro, é importante saber o que seu filho já sabe. Foi alfabetizado? Ou seja, seu filho adquiriu o código – as 26 letras – e como combiná-las para escrever, e como decodificá-las para ler? Ter acesso ao código é fundamental: saber o som das letras e identificá-las, mas não é tudo. É preciso ser letrado, ou seja, usar o código para ler e para escrever em situações diferentes do dia a dia, com diferentes graus de desafio. Saber ler uma conta de luz até uma resenha ou crítica de um livro. Saber escrever um bilhete até um artigo. Ou seja, é preciso entender o que se fala e o que se lê e se fazer entender o que fala e o que escreve.
É preciso corrigir esta defasagem de idade se seu filho não teve acesso à educação básica na idade própria. Seu filho tem direito a ter acesso à leitura e escrita. Procure os programas federais de educação para jovens e adultos (EJA) que sua cidade oferece.
2017
É preciso investigar, também, se seu filho está na escola, com uma equipe multidisciplinar quais fatores estão impactando na aprendizagem. Os fatores biológicos podem contribuir para as dificuldades de aprendizagem, mas as experiências e o ambiente que o jovem tem e vive impactam igualmente na qualidade do aprendizado.
Procure a equipe pedagógica da escola de seu filho e juntos investiguem as causas o baixo rendimento escolar. Tenha em mente que o sucesso escolar começa em casa e nas competências socioemocionais construídas por toda a infância e adolescência. Juntos: escola, família e o jovem poderão identificar as dificuldades e elaborar um plano com estratégias para reverter esta situação.
Para a superação das dificuldades de aprendizagem, é muito importante que tanto os pais quanto os educadores compreendam exatamente em quais áreas estão os déficits.
Por exemplo: dificuldades em matemática pode envolver problemas com a compreensão da linguagem, mas também pode ter problemas com a concentração. É necessário compreender não apenas cada uma das dificuldades, mas também como elas podem agravar umas às outras. Para maximizar as chances de melhora, todas as dificuldades precisam ser abordadas.
Não basta a escola dizer que tem dificuldades de aprendizagem, é preciso saber quais são elas: dificuldade de percepção visual? Dificuldade de atenção? Dificuldade de processamento da linguagem? Dificuldade motora fina? Progride em ritmo mais lento do que o habitual? O desempenho escolar é inconsistente? Há perda pelo interesse na aprendizagem? Apresenta declínio na confiança e na autoestima?
Procure também, identificar, junto ao seu filho, o que ele não consegue aprender. Aprender exige uma série de estratégias que são construídas pelo próprio aprendiz e outras que podem ser construídas com auxílio.
Não desanime. Seu filho tem potencial para aprender e não precisa ficar com o cérero que tem. Todo o humano tem potencial para aprender mais e melhor.
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Solange Rolim Lous Jacob
Especialista Neuroeducação Método SUPERA