Todo mundo quer saber o que fazer para ficar mais inteligente. Especialistas dão dicas de como melhorar seu desempenho nas tarefas do dia a dia.
Se você também tem interesse em descobrir como ser mais inteligente ou reconhecer os tipos de inteligência que prevalecem no seu perfil, este conteúdo está imperdível. Além de todas as informações sobre o tema, aproveite para identificar comportamentos que vão ajudar a desenvolver suas habilidades e ter uma rotina mais produtiva!
O que é inteligência?
O conceito de inteligência é muito amplo, mas especialistas afirmam que dá para treinar o cérebro para fazê-lo operar no máximo de sua capacidade. Mas será que é possível ser mais inteligente? O segredo está em aperfeiçoar habilidades ligadas ao desempenho cognitivo.
“Para quem está procurando técnicas para ter melhor desempenho em suas tarefas, existem exercícios específicos. Você pode treinar sua capacidade de atenção, foco, concentração, raciocínio e memória de trabalho”, afirma a neurocientista Carla Tieppo.
Segundo ela, a memória de trabalho é a função do cérebro mais importante para quem pesquisa formas de se tornar mais inteligente. Além disso, esta é a habilidade do cérebro capaz de manter um grande número de informações ativas no cérebro, de modo simultâneo, facilitando o caminho para soluções de desafios no dia a dia.
“O cérebro responde muito bem aos estímulos que recebe do ambiente. Tenha experiências que provoquem conexões mais ágeis dentro do seu cérebro, como a ginástica cerebral, ou seja, estimular o cérebro com atividades novas, variadas e cada vez mais desafiadoras. Para isso, você pode usar jogos, como quebra-cabeça, sudoku e hashi”, continua Tieppo.
Para a especialista em desenvolvimento de habilidades cognitivas Solange Jacob, ser inteligente é ser adaptável.
“Isso significa, entre outras coisas, ter capacidade de mudar agilmente o pensamento para definir prioridades, adaptar regras, identificar erros e corrigi-los, aprender mais e melhor a partir de experiências, manter as informações na memória de curto prazo e armazenar e recuperar informações na memória de longo prazo”, explica a especialista.
Testes de QI são indicativos de inteligência?
A princípio os testes de QI (Quociente de Inteligência) foram criados no início do século XX com o objetivo de melhorar o sistema educacional francês, e até hoje são a forma mais usada para “quantificar” as habilidades cognitivas de uma pessoa.
O resultado se dá em forma de escala, que geralmente vai de 0 a 200. Então, a partir disso, os especialistas comparam as habilidades das pessoas em relação à faixa etária.
Porém, medir a inteligência de alguém não é tão simples assim. De acordo com Jacob, trata-se de um método imperfeito de medir certos aspectos da habilidade intelectual e não podemos considerá-lo como absoluto por ele ser muito simplificado.
Ela conta que testes de QI são desenvolvidos para medir as habilidades gerais de resolver problemas e entender conceitos. Isso inclui habilidades de raciocínio, de solução de problemas, de relacionar assuntos e de armazenar e resgatar informações.
“Nós entendemos o cérebro de forma integrada e harmoniosa, entre competências cognitivas e socioemocionais, não como um objeto a ser medido, com propriedades fixas ou estáticas”, relata a especialista.
Como descobrir suas inteligências?
O processo de autoconhecimento é importante por vários motivos. Descobrir seu tipo de inteligência prevalente pode ajudar, por exemplo, a encontrar carreiras que combinem mais com você ou um curso que tem a ver com a sua personalidade. É o que acontece com pessoas com muita facilidade linguística, que escolhem cursos universitários das áreas das Ciências Humanas, como Letras, Jornalismo ou Comunicação.
Sua produtividade ao longo da vida também pode ser favorecida quando você reconhece seus tipos de inteligência mais ou menos desenvolvidos. Ao perceber que é preciso focar em desenvolver seu lado interpessoal, por exemplo, busque recursos para aprimorar as habilidades de comunicação, empatia e liderança.
E como se dá essa descoberta? Encontrar o seu tipo de inteligência predominante é algo que pode ser feito usando ferramentas como testes que identificam traços da personalidade. Para quem não se conhece tão bem ou acaba tendo dificuldade em interpretar algumas perguntas, os questionários nem sempre são tão eficazes.
Logo, o ideal é contar com uma orientação profissional para descobrir potencialidades que você deve destacar e competências que podem ser mais trabalhadas.
Como melhorar o desempenho cognitivo?
É comprovado pela neurociência que o cérebro é um órgão plástico, ou seja, pode se modificar de acordo com os estímulos. Por isso, é possível desenvolver sua capacidade por meio do treino cognitivo.
Para manter ou melhorar o funcionamento de um determinado grupo de funções cognitivas, como a atenção, por exemplo, pode-se praticar atividades como Sudoku, Hashi e palavras cruzadas.
Mas segundo Solange Jacob, é preciso ter cautela: as consequências demonstráveis para atividades cotidianas ou duração das modificações é limitada. “Treinar uma habilidade em específico nos torna bons naquilo que treinamos, mas não desenvolve o cérebro de maneira integral e harmoniosa”.
Para que isso aconteça, o melhor método é treinar o cérebro com atividades que promovam novidade, variedade e desafio crescente, fazendo com que ele saia da zona de conforto, desenvolvendo as conexões entre os neurônios.
“Para um exercício, ou um comportamento, afetar o cérebro precisa ser uma experiência mais completa que a experiência usual, familiar, rotineira. Um comportamento conhecido não afeta a neuroanatomia de forma tão significativa quanto o comportamento novo e familiar”, conta Jacob.
A especialista complementa dizendo que treinar o cérebro nos ajuda também a regular as emoções, não agir de forma impulsiva, ignorar estímulos distratores externos e internos para termos melhor desempenho em nossas atividades cotidianas.
5 dicas para ajudar a ser mais inteligente
Abaixo, Solange lista outras 5 dicas fáceis de incorporar ao cotidiano para melhorar a inteligência:
1. Beba 2 copos de água ao acordar, nos primeiros 30 minutos do dia
Sobretudo, a água é necessária para a filtragem de resíduos e para o equilíbrio de fluidos. Dois grandes copos de água compensam o déficit líquido que você teve durante o sono.
Estudos com crianças mostram que beber mais água aumenta sua capacidade para executar as tarefas mentais. Você já hidratou seu cérebro hoje?
2. Leia um resumo de algum livro durante o café
Aqueles minutinhos livres de pausa no trabalho podem ser mais eficientes se você procurar ler resumos de livros “inteligentes”. Pesquise pelo título do livro, por exemplo: “7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes resumo”.
3. Ouça podcasts no trânsito
Mesmo que você leve apenas 10 minutos de casa até o trabalho ou até a faculdade, aproveite o trânsito para carregar intelectualmente o seu telefone com um conteúdo inteligente. Você pode buscar por palestras interessantes, audiobooks ou podcasts de seus autores favoritos.
4. Beba chá verde
Enquanto a cafeína é a principal responsável por fazer você despertar, o chá verde contém um aminoácido (L-teanina) que provoca o aumento das ondas cerebrais.
Na prática, isso significa que o chá verde vai relaxá-lo sem induzir a sonolência. É por isso que a L-teanina está disponível como um suplemento para ajudar no relaxamento, melhorar a capacidade de concentração e aumentar a saúde cardiovascular.
5. Abandone o açúcar durante o dia
Caso você não consiga se livrar daquele “docinho” durante o dia, cuide para não ingerir doses de açúcar nos momentos em que precisa se concentrar. Altos níveis de açúcar interferem no funcionamento do cérebro. Por isso, substitua o doce por uma fruta após o almoço.
Você gostou de saber como ser mais inteligente? Talvez essa seja uma busca constante ao longo da nossa vida, o que significa que o aprendizado estará sempre presente na rotina. Assim como devemos exercitar o nosso corpo regularmente, também não podemos deixar o cérebro de lado.
Aproveite sua visita no blog para conhecer melhor o Método SUPERA e elevar suas potencialidades cada vez mais!