Seu filho retrocedeu na aprendizagem? 6 dicas para medir o desempenho escolar na pandemia.

Publicado em: 09/06/2021 Por Assessoria de Imprensa SUPERA

Um ano após a suspensão das aulas em grande parte das escolas da rede pública e particular, milhões de estudantes contabilizam os prejuízos na assimilação e compreensão dos conteúdos do ensino regular.

Seu filho retrocedeu na aprendizagem? 6 dicas para medir o desempenho escolar na pandemia. - SUPERA - Ginástica para o Cérebro

Presente na maior parte dos estados brasileiros o ensino remoto é hoje a principal alternativa a substituição das aulas presenciais, mas, segundo especialistas, não conseguiu substituir na totalidade o ensino presencial.

O estudo “perda de aprendizagem na pandemia”, realizado pelo Insper em parceira com Instituto Unibanco, mostrou que ao estudar de forma remota, o estudante aprende efetivamente, em média, 17% do conteúdo de matemática e 38% do de linguagem em relação ao que ocorreria com aulas presenciais.

Ainda segundo o levantamento, caso ao longo do ano letivo de 2021, o ensino remoto seja mantido e não ocorra um aumento no grau de engajamento dos estudantes, as perdas deverão alcançar 16 pontos em Língua Portuguesa e 20 pontos em matemática, considerando a escala Saeb – Sistema de Avaliação da Educação Básica.

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Com a ajuda da psicóloga e especialista em Ginástica para o cérebro da unidade SUPERA Gurupi (TO), Anizabella de Oliveira Soares, o SUPERA preparou um guia para você identificar se seu filho está aprendendo menos do que deveria neste segundo ano da pandemia de COVID-19, confira:

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  1. Perda de foco com facilidade – Estudar no computador tem, como um dos seus principais desafios a atenção sustentada, ou seja: a capacidade do nosso cérebro de manter a atenção por um longo período. No caso das crianças, considerando seu perfil, próprio para sua idade, o contato físico proporcionado pelas aulas presenciais poderia ser um facilitador da aprendizagem, o que nem sempre acontece com as aulas remotas.
  2. Desinteresse pelo conteúdo escolar – Qual é o nível de interesse que o estudante apresenta pelo que está sendo ensinado? Ao fim do dia ele consegue repassar tudo que aprendeu com facilidade? Se dedica a leituras extraclasse como forma de melhorar sua assimilação? Se a resposta for não e se qualquer outra distração for mais interessante do que a escola, segundo a especialista, é necessário atenção. “Em circunstâncias normais os pais já têm um desafio enorme para que os filhos enxerguem a escola como um algo positivo e agradável e neste contexto, isso é ainda mais desafiador. É claro que as nossas crianças não vão ter o mesmo interesse que tinham quando o ensino remoto começou, mas é preciso estar atento a esse desinteresse porque, se ele aumentar pode romper de forma abrupta o elo da criança com a escola, prejudicando seu desenvolvimento nos anos seguintes”, alertou.

  3. Dificuldade de reter informação – Um dos primeiros sinais de que algo não vai bem é a nossa dificuldade para reter novas informações, memorizar ou mesmo esquecimento. “Esses pequenos sinais são na verdade alguns alertas de que o corpo não está inteiro naquele processo. Outros fatores também contribuem para que essa criança assimile melhor o conteúdo. A memória gosta de boas noites de sono, alimentação equilibrada, exercícios físicos regulares, interação social de qualidade e ginástica cerebral ou estimulação cognitiva”, pontuou a especialista.

  4. Estresse no período online – Microfone não funciona, falhas técnicas, acabou de entrar online e já quer sair? Pode parecer que não, mas esses pequenos percalços também são impeditivos para a assimilação do conteúdo e dizem muito sobre o quanto seu filho vai ou não absorver do conteúdo escolar. “Evite ligar o computador minutos antes do início da aula. A nossa tendência é fugir de tudo aquilo que sai da nossa zona de conforto e sair do curso presencial para o curso on-line sem que essa tenha sido a nossa escolha, foge da nossa zona de conforto”, explicou.

  5. Irritabilidade constante – A irritabilidade é, sem dúvida, um dos sintomas que mais denunciam condições diversas relacionadas à Saúde Mental. No caso específico do ensino remoto durante a pandemia, ela vem acompanhada as incertezas próprias do momento e inseguranças relacionadas ao futuro de curto, médio e longo prazo. “Toda vez que nos irritamos estamos fechando nosso cérebro para coisas boas e novas, como aprender por exemplo. É muito difícil ter uma boa assimilação de conteúdo neste estado”, explicou.

  6. E por fim, não menos importantes: suas avaliações e notas – Os critérios de avaliação do estudante são um fator importante para medir não apenas o desempenho do aluno na modalidade remota, mas, sobretudo, seu interesse. “Nesta condição atípica, existe um empenho extra dos educadores para que alunos atinjam suas metas e, se isso não acontece, é um forte indício de quem este aluno já está próximo de perder sua conexão com a escola, o que é muito ruim e precisa ser olhado com atenção por pais e educadores”, alertou.

Cansaço no digital

A especialista chama a atenção ainda para o estado emocional de crianças e adolescentes em meio ao cenário cada vez mais digital.

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“A verdade é que as nossas crianças e adolescentes estão cansados porque não existe mais um limite do digital e do real. A escola é do digital, mas o lazer também é. Isso gera muita ansiedade e um desgaste emocional – sobretudo aos adolescentes que ficam mais isolados, o que impacta na capacidade do cérebro de aprender. Sabemos que  70% do nosso desenvolvimento emocional e cognitivo vem da convivência com o outro e por isso esta população – crianças e jovens, está sofrendo tanto neste momento”, alertou.

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A importância de estimular o cérebro da forma correta

Diante deste contexto a estimulação cognitiva se apresenta como uma ferramenta poderosa para ajudar o cérebro de milhões de crianças e adolescentes no processo de recuperação do desempenho e do prazer em aprender.

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“Ao estimular o nosso cérebro com ginástica para o cérebro, envolvendo novidade, variedade e grau e desafio crescente, estamos criando uma técnica para que ele volte aos patamares anteriores a pandemia: com mais concentração, atenção, disciplina, foco e trabalhando ferramentas importantes voltadas ao autoconhecimento, o que impacta diretamente nesta grande dificuldade que temos hoje: de voltar a sonhar. Um cérebro estimulado da forma correta é um cérebro mais apto a abraçar as melhores coisas da vida, que certamente virão com a vacinação em massa que se aproxima a cada dia”, concluiu.

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