SUPERA – Ginástica para o Cérebro

Relações sociais e amizade na velhice: reflexões.

Amizade na velhice, privilégio ou necessidade? Você já parou para refletir sobre como as relações sociais e a amizade assumem um papel crucial à medida que envelhecemos?

A velhice é uma fase da vida repleta de transformações, não apenas físicas, mas também emocionais e sociais. À medida que avançamos em idade, a importância das amizades e das interações sociais se torna ainda mais evidente. Neste texto, exploraremos a vitalidade das relações sociais na velhice, embasando nossa discussão em pesquisas e reflexões sobre o assunto.

A Importância das Relações Sociais na Velhice

As relações sociais desempenham um papel crucial em todas as fases da vida, mas na velhice, sua relevância ganha ainda mais destaque. Conforme Souza e Hutz (2008), a amizade é um relacionamento importante para o desenvolvimento social, emocional e cognitivo, e indivíduos idosos que mantêm conexões sociais saudáveis têm maior probabilidade de desfrutar de um envelhecimento mais satisfatório.

Amizade na velhice

Resende e outros pesquisadores em 2006 salientam que as relações sociais, principalmente através da família como suporte social, são muito importantes na saúde da pessoa adulta e idosa. Ressaltam também que o contato com outras pessoas serve como parâmetro para autoavaliação e autoconhecimento.

De acordo com os resultados obtidos no estudo intitulado “Rede de relações sociais e satisfação com a vida de adultos e idosos”, desenvolvido por Rezende e a sua equipe (2006), existe uma relação entre redes de relações sociais de adultos e satisfação com a vida, e observou-se que pessoas que possuem uma maior rede social relatam ser mais satisfeitas com a vida e obter maior suporte social.

Contudo, é importante destacar que a qualidade das relações sociais prevalece sobre a quantidade. Ter um círculo íntimo de amigos com quem se pode contar e compartilhar experiências se mostra mais benéfico do que uma rede social vasta, mas superficial.

Amizades genuínas na velhice oferecem um espaço seguro para expressar sentimentos, preocupações e conquistas, o que, por sua vez, fortalece a autoestima e a sensação de pertencimento.

Desafios e Estratégias

Apesar da importância das relações sociais na velhice, muitos idosos enfrentam desafios em manter e formar novas amizades. A perda de parceiros, amigos e familiares ao longo dos anos pode levar a sentimentos de solidão e isolamento.

No entanto, há estratégias que podem ser adotadas para promover interações sociais saudáveis, como por exemplo:

É extremamente pertinente ressaltar que as relações sociais e a amizade na velhice transcendem o mero convívio social, moldando ativamente o bem-estar emocional, mental e físico dos indivíduos (Brito et al., 2019). Investir tempo e esforço em cultivar laços profundos e significativos é um investimento valioso para uma vida na velhice plena e gratificante. Sejamos conscientes da importância de manter essas relações, tanto para nosso próprio benefício quanto para o enriquecimento das vidas daqueles que nos rodeiam.

Assinam este artigo:

Diana dos Santos Bacelar

Estudante de Graduação do curso de bacharelado em Gerontologia pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. Atualmente faz estágio na área de pesquisa em treino cognitivo de longa duração pelo Instituto SUPERA – Ginástica para o Cérebro.

Tem interesse na área de treino e estimulação cognitiva para idosos, com enfoque em neurologia cognitiva. Já foi bolsista PUB da Universidade Aberta à Terceira Idade da EACH-USP, atual USP60 + nas oficinas de letramento digital.

Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva

Gerontóloga formada pela Universidade de São Paulo (USP). Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. É assessora científica e consultora do Método Supera.

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