SUPERA – Ginástica para o Cérebro

Prevenção ao suicídio de idosos – Setembro Amarelo

Dados recentes do relatório do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), mais de 40% dos adultos norte-americanos relataram possuírem problemas de saúde mental ou uso de substâncias. Quase 11% consideraram seriamente o suicídio nos últimos 30 dias.

No Brasil, embora as taxas de mortalidade por suicídio na população geral tenham apresentado aumento expressivo nos últimos anos, os óbitos ainda foram predominantes entre os indivíduos pertencentes à faixa etária de 60 anos ou mais.

Palma e colaboradores (2020) desenovolveram um estudo em que foram analisados os padrões de suicídio na população geral brasileira no período de 1996 a 2015, e foi constatado um aumento de 35,0% nas taxas de mortes autoprovocadas entre idosos na região Nordeste.

Desse modo, a prevenção do suicídio entre idosos é um tema de extrema importância, especialmente no contexto do Setembro Amarelo, que é o mês dedicado à conscientização sobre a saúde mental e à prevenção do suicídio. Os idosos são um grupo de alto risco para o suicídio, e abordar essa questão de maneira eficaz requer uma abordagem holística.

Fatores de risco para o suicídio em idosos

É fundamental compreender os fatores de risco que podem tornar os idosos mais vulneráveis ao suicídio. Diversos fatores referentes aos aspectos sociodemográficos podem contribuir para essa vulnerabilidade, tais como:

Também é importante destacar que os principais fatores de risco para o suicídio são história de tentativa de suicídio e transtorno mental. além dos fatores que envolvem as condições clínicas incapacitantes e os aspectos psicológicos, como por exemplo:

Assim, é crucial que profissionais de saúde e familiares estejam atentos a esses fatores e ofereçam o apoio adequado.

Sinais de alerta do suicídio

Deve-se ficar atento aos sinais que indicam que determinada pessoa tem risco para o comportamento suicida:

Medidas de prevençao ao suicídio

A promoção do bem-estar emocional e mental dos idosos deve ser uma prioridade. Isso pode ser alcançado por meio de programas de educação para a saúde mental que ensinem as pessoas idosas a reconhecerem os sinais de alerta e a procurarem ajuda quando necessário. Além disso, é importante oferecer espaços seguros para que eles expressem seus sentimentos e preocupações, como grupos de apoio ou terapia.

A capacitação de profissionais de saúde, incluindo médicos, enfermeiros e assistentes sociais, é crucial na identificação e no manejo de problemas de saúde mental em idosos. Isso inclui a detecção precoce de sintomas de depressão e ansiedade, bem como a implementação de estratégias de tratamento adequadas, como terapia cognitivo-comportamental ou medicação, quando indicado.

Os familiares amigos e colegas também podem adotar algumas medidas para prevenir o suicídio em idosos, como por exemplo:

Promovendo a conscientização sobre a importância da prevenção do suicído

A conscientização da comunidade é um componente essencial na prevenção do suicídio entre pessoas idosas. Campanhas de sensibilização, como o Setembro Amarelo, desempenham um papel vital na redução do estigma associado à busca de ajuda para problemas de saúde mental. É importante educar a sociedade sobre a importância de oferecer apoio e compreensão aos idosos que estão enfrentando desafios emocionais.

Além disso, é fundamental garantir que existam recursos acessíveis de saúde mental para os idosos. Isso inclui a disponibilidade de serviços de saúde mental em hospitais, clínicas de saúde comunitárias e lares de idosos. A acessibilidade financeira e geográfica a esses serviços deve ser uma consideração importante.

Também destaca-se a importância dos provedores de saúde comportamental estaduais e comunitários para conectar as pessoas aos serviços especializados de que podem precisar para prevenir e tratar distúrbios de saúde mental e uso de substâncias, como a Administration for Community Living (ACL) que é responsável por promover a saúde mental positiva e prevenir o suicídio.

Prevenção ao suicídio de idosos: Onde buscar ajuda?

Se você ou alguém que conhece está precisando de ajuda, há diversas opções disponíveis:

 Assinam este artigo:

Diana dos Santos Bacelar

Estudante de Graduação do curso de bacharelado em Gerontologia pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. Atualmente faz estágio na área de pesquisa em treino cognitivo de longa duração pelo Instituto SUPERA – Ginástica para o Cérebro.

Tem interesse na área de treino e estimulação cognitiva para idosos, com enfoque em neurologia cognitiva. Já foi bolsista PUB da Universidade Aberta à Terceira Idade da EACH-USP, atual USP60 + nas oficinas de letramento digital.

Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva

Gerontóloga formada pela Universidade de São Paulo (USP). Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. É assessora científica e consultora do Método Supera.

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