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Novembro azul: Os cuidados com a saúde do homem

Cuidados com a saúde do homem, no mês de novembro – e para o ano todo.

A campanha, que teve início na Austrália em 2003 e chegou ao Brasil em 2008, pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, em parceria com a Sociedade Brasileira de Urologia, apresenta como objetivo informar, educar e sensibilizar a população masculina e a sociedade como um todo sobre a importância dos cuidados com a saúde do homem.

O movimento Novembro Azul também apresenta o intuito de destacar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata, bem como minimizar o estigma dos exames utilizados na detecção precoce de inúmeras doenças.

Indicadores de saúde pública sobre o câncer de próstata, diagnóstico e fatores de risco

O câncer de próstata é um dos principais focos do Novembro Azul, já que é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. A incidência é maior em homens com mais de 65 anos, sendo raro antes dos 40 anos. Por essa razão, os médicos consideram que a prevenção deve ter início nessa faixa etária, em torno dos 40 anos.

O Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima mais de 70 mil novos casos de câncer de próstata, no Brasil, para o triênio 2023-2025. Este número representa 10,2% do total de novos casos de câncer esperados para o período.

Esses dados ressaltam a relevância da campanha e da conscientização sobre a doença, uma vez que a detecção precoce é fundamental para o tratamento eficaz e a redução da mortalidade.

O exame de toque retal é o método mais recomendado para a detecção do câncer em estágio inicial, entretanto muitos homens apresentam preconceito contra esse método. Outro exame que pode ser usado para o diagnóstico é o PSA (Antígeno Prostático Específico), porém ele não é tão preciso quanto o toque retal.

No que concerne aos fatores que podem aumentar o risco de desenvolvimento do câncer de próstata, destacam-se:

A importância dos cuidados com a saúde do homem e principais desafios

O Novembro Azul não se limita apenas ao câncer de próstata. Ele abrange uma série de questões relacionadas à saúde do homem, incluindo a prevenção de doenças cardiovasculares, a promoção da saúde mental e a importância de adotar um estilo de vida saudável. A sensibilização vai além do câncer, abrangendo temas como hipertensão, diabetes, obesidade, depressão, ansiedade, entre outros.

Desafios significativos estão associados à promoção da saúde masculina, como a resistência cultural que muitos homens têm em relação aos cuidados com a saúde. Muitos homens são relutantes em procurar ajuda médica, adiar exames preventivos e ignorar sintomas, o que pode levar a diagnósticos tardios e agravamento de doenças.

Além disso, questões de gênero e estereótipos masculinos que enfatizam a “força” e a “independência” muitas vezes influenciam negativamente o comportamento dos homens em relação à saúde.

A falta de informação também é um desafio, já que muitos homens não têm conhecimento sobre os riscos à saúde que enfrentam e as medidas preventivas que podem adotar. Portanto, é crucial que o Novembro Azul continue a educar e conscientizar a população masculina sobre a importância dos exames de rotina, da adoção de uma alimentação equilibrada, da prática regular de atividades físicas e do controle de fatores de risco para diversas doenças.

Os benefícios dos cuidados com a saúde do homem são inquestionáveis. Além de aumentar a expectativa de vida e melhorar a qualidade de vida, a promoção da saúde masculina contribui para a redução dos custos com tratamento de doenças avançadas e hospitalizações. Isso beneficia não apenas os homens, mas também suas famílias e a sociedade como um todo.

Para obter mais informações sobre o Novembro Azul, o câncer de próstata e a saúde masculina, acesse o link abaixo e leia a cartilha “Novembro Azul – Juntos pela vida”, desenvolvida pela Defensoria do Estado do Rio Grande do Sul.

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Assinam este texto:

Diana dos Santos Bacelar

Estudante de Graduação do curso de bacharelado em Gerontologia pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. Atualmente faz estágio na área de pesquisa em treino cognitivo de longa duração pelo Instituto Supera de Educação. Tem interesse na área de treino e estimulação cognitiva para idosos, com enfoque em neurologia cognitiva. Já foi bolsista PUB da Universidade Aberta à Terceira Idade da EACH-USP, atual USP60 + nas oficinas de letramento digital.

Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva

Gerontóloga formada pela Universidade de São Paulo (USP). Docente do curso de Bacharelado e do Programa de Mestrado em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. É parceira científica do Instituto Supera de Educação.

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