Especialista fala sobre Alzheimer e treinamento cerebral
O SUPERA entrevistou o neuropesquisador da UNIFESP e diretor científico da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), Dr. Paulo Henrique Ferreira Bertolucci, para esclarecer algumas questões sobre exercícios para o cérebro e Alzheimer.
Confira:
1) Por que é t ão importante fazer exercícios para o cérebro em todas as idades?
Quando você pratica atividade intelectual, o que também podemos chamar de ginástica cerebral), cria novas conexões entre os neurônios no cérebro (as sinapses) … Quanto maior a densidade de sinapses no cérebro, maior é a nossa reserva cognitiva, a resistência da mente às lesões no cérebro. Ou seja: os exercícios para o cérebro não previnem, mas adiam o aparecimento dos sintomas do Alzheimer, evitando em alguns casos que a pessoa desenvolva a doença e faleça por outras razões.
3) Quais são as consequências de não estimular constantemente o cérebro?
Quando não praticamos atividade intelectual, temos uma menor reserva cognitiva, aumentando as chances de desenvolver uma doença degenerativa do cérebro. E ninguém sabe se vai – ou não – desenvolver uma demência como o Alzheimer ou qualquer outra do tipo. É muito bom ter essa reserva.
4) O que é preciso fazer para manter o cérebro em pleno funcionamento ao longo da vida?
Para manter o cérebro em pleno funcionamento é muito importante manter um nível de atividade intelectual (ou ginástica para o cérebro). É recomendado também praticar atividade física, tratar sempre da hipertensão, diabetes, sobrepeso, depressão e evitar o tabagismo. A partir disso, é possível adiar o aparecimento dos primeiros sintomas das doenças degenerativas.
5) Como o Alzheimer atua no cérebro?
O Alzheimer é uma doença que afeta o funcionamento do cérebro, causando a perda de tecido e a morte das suas células nervosas principais. Os tecidos de um cérebro com Alzheimer apresentam menos células nervosas e sinapses do que um cérebro saudável. O córtex cerebral encolhe, danificando as áreas das memórias, pensamento e planeamento.
O encolhimento do córtex cerebral é especialmente grave na zona do hipocampo, uma área que desempenha um papel fundamental na formação de novas memórias.
Todos estes processos têm um impacto devastador no cérebro e, com o passar do tempo e com a progressão da doença, o córtex cerebral vai diminuindo drasticamente, afetando quase todas as suas funções.
7) Qual são as diferenças entre os cérebros treinados e não treinados (comparar o desempenho e como atuam os que praticam a ginástica e os que não praticam)?
A diferença entre os cérebros treinados e não treinados é que os primeiros têm uma maior eficiência do uso dos recursos cognitivos. Isso quer dizer que, quando treinado, o cérebro responde mais rápido e com maior eficiência aos desafios cognitivos e o nosso dia-a-dia é feito disso. Podemos usar como exemplo a alfabetização. Em qualquer cultura, ela acontece entre os 5 e os 7 anos de idade. Provavelmente é nesta “janela” de tempo que o cérebro está maduro para desenvolver os movimentos e realizar a escrita e a leitura. Antes disso, não seria possível. Já depois, no caso de adultos, é um pouco mais difícil.
8) Por que é importante iniciar o treino da mente desde a infância e mantê-lo ao longo da vida?
Porque algumas estruturas cerebrais, quando ficam maduras, devem ser recrutadas em atividades ao longo da vida. Se isso não acontece, elas podem atrofiar. Podemos usar como exemplo neste caso as pessoas estrábicas. O correto é que a pessoa use, ainda quando criança, um tampão em um dos olhos, alternando o lado de tempos em tempos, para que a visão dos dois olhos seja exercitada. Caso contrário, a visão de um dos olhos será perdida.
10) Como os exercícios para o cérebro ajudam a diminuir o estresse?
Para diminuir o estresse, o exercício precisa ser agradável, senão vira um tormento. Exercícios estimulantes, em que a pessoa estabelece um objetivo e aumenta o grau de dificuldade com a prática e com o tempo, é agradável e pode ajudar neste aspecto.
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