SUPERA – Ginástica para o Cérebro

Delirium: A confusão mental no idoso   

A confusão mental no idoso pode trazer grandes problemas quando não tratada da forma correta.

Você já deve ter convivido ou escutado relatos de pessoas próximas dizendo que o seu familiar idoso, estava em um quadro repentino de confusão mental, seja em um ambiente de procedimentos cirúrgicos ou de pós-operatório, no contexto de internações, ou em situações decorrentes de desidratação e /ou de infecção urinária. 

Esta condição de saúde se assemelha às características de uma demência.

Mas na verdade trata-se de uma situação específica, denominado na área médica de Delirium ou também conhecido como estado de confusão mental aguda, é uma condição clínica recorrente em pessoas idosas.

E se caracteriza pela manifestação entre períodos de lucidez alternados com períodos de confusão em que o indivíduo reconhece a realidade totalmente distorcida ou parcialmente alterada e fica desorientado quanto ao tempo e à localização espacial em que se encontra.

Mas quais seriam os principais sintomas do Delirium?

A pessoa idosa pode manifestar sintomas de hiperatividade, tais como:

Além disso, existe uma manifestação chamada de hipoativa, caracterizada como:

É muito importante conhecer as particularidades comportamentais de cada pessoa para saber como agir e reconhecer os estados de Delirium ou confusão mental no idoso.

Sendo assim, outro ponto relevante a destacar são os fatores de risco para desencadear um estado de confusão mental na pessoa idosa, tais que são: idade avançada; síndromes demenciais; falta de nutrição adequada; calor e desidratação; uso de algumas medicações; infecções em geral (principalmente pneumonia e infecção urinária); isolamento social, sons altos e sofrimento (brigas, agressividades e estado psicológico alterado).

É possível prevenir o quadro de confusão mental no idoso?

É importante evitar o isolamento social do idoso, barulhos e discussões tornando o ambiente mais harmonioso possível; propor uma alimentação saudável e uma boa hidratação.

Insira ainda identificações nos espaços da casa (como placas com o nome dos cômodos) para auxiliar no processo de orientação espacial e temporal, é indispensável a estimulação cognitiva (leitura, jogos/games, ouvir músicas, e realizar atividades didáticas etc).

O que fazer na crise de confusão mental no idoso?

Em quadros em que há uma crise do quadro clínico, é importante: agir com paciência e calma, sempre explicando a situação que está acontecendo olhando para os olhos da pessoa idosa e procurar por um serviço de pronto atendimento.

Demonstrar segurança e dizer palavras positivas para acalmá-la, utilizando por exemplo, atividades que o idoso gosta de fazer, como uma música relaxante.

Além disso, é agradável criar estratégias para identificar a causa que desencadeou a alteração neurológica e afastá-lo da situação.

            Sugere-se que sempre que ocorrer um quadro desta natureza, procure auxílio especializado, em serviços de pronto atendimento e busque orientações de profissionais especialistas em geriatria, neurologia, psiquiatria e de gerontólogos, relatando para aos profissionais a frequência, momentos e situações das ocorrências do Delirium.

Para que, assim, junto com a família e o indivíduo, possa ter acesso ao tratamento adequado e a um replanejamento do cuidado e orientação para melhorar a qualidade de vida do paciente.

Assinam este artigo

Cássia Elisa Rossetto Verga

Estudante de Graduação do curso de bacharelado em Gerontologia pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. Atualmente faz estágio na área de pesquisa em treino cognitivo de longa duração pelo Instituto SUPERA – Ginástica para o Cérebro.

É membro da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG).

Já foi bolsista PUB da Universidade Aberta à Terceira Idade da EACH-USP, atual USP60 + nas oficinas de música e letramento digital. Participou como assessora de Projetos e Recursos Humanos na Empresa Geronto Júnior entre os anos de 2019 a 2020.

Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva

Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. E assessora científica e consultora do Método SUPERA.

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