Como dançar no Tik Tok pode ajudar o seu cérebro
Como dançar no Tik Tok é sem dúvida uma pergunta que muita gente se faz. Se você tem mais de 25 anos, certamente já ouviu falar da plataforma de vídeos chinesa Tik Tok, que cresceu exponencialmente nos últimos meses e hoje dita – principalmente entre os mais jovens –, tendências de comportamento e consumo.
Como uma de suas principais características, a nova rede popularizou coreografias curtas, usadas por milhões de usuários durante a pandemia como forma de expressão pessoal e, ainda hoje, são o terror de muitos usuários que não se arriscam nos passinhos sob pena de julgamentos alheios. Mas afinal:
Por que dançar no Tik Tok é tão difícil?
Mais do que apenas balançar os quadris, as coreografias que são febre no Tik Tok são também um teste de coordenação motora e cientificamente, mais do que isso: são exercícios que tiram o cérebro o nosso cérebro da zona de conforto, exigindo movimentos simultâneos e coordenados de várias partes do corpo.
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O que isso tem a ver com o meu cérebro?
Mesmo uma coreografia curta, passível de repetição, com vários exemplos online, pode ser um desafio e tanto para o cérebro que não está acostumado à novidade de fazer tantas tarefas ao mesmo tempo.
Mais do que fazer movimentos, a dança só existe com música, o que estimula a memória autobiográfica e a memória motora, já que os passos necessitam ser recordados para o desempenho desta atividade.
A neurocientista do SUPERA – Ginástica para o cérebro, Livia Ciacci explica que uma dança no aplicativo também pode estimular a habilidade visuoespacial: “uma dança mesmo que curta no Tik Tok aciona a habilidade visual e espacial, aquela que usamos para a realização de tarefas simples como localizar-se, deslocar-se, interagir com o meio e interpretar formas e cores.
A dança possibilita, através da orientação espacial da percepção do ambiente, a estimulação dessa função cognitiva fundamental para o nosso desenvolvimento”, destacou.
Como dançar no Tik Tok: ginástica para o cérebro
Se a vergonha não é exatamente um problema para você, uma boa forma de se arriscar na nova plataforma é justamente pela imitação de usuários que ousaram chacoalhar o esqueleto.
A boa notícia é que você pode tentar várias vezes, até conseguir acertar o passo, mas fica o alerta
“O que o nosso cérebro precisa para se desenvolver corretamente é novidade, variedade e grau de desafio crescente. Se um passo de dança que parece difícil quando ensaiado já não assusta mais, significa que para o seu cérebro essa dança ou qualquer outra ação já não é mais um desafio ou seja: ele voltou para a zona de conforto”, detalhou Livia Ciacci, neurocientista do SUPERA Ginástica para o Cérebro.
Seja no Tik Tok ou em um salão de dança, podemos considerar a dança como uma forma de estimulação cognitiva, já que treina também a linguagem que também faz parte das funções cognitivas
“Quem dança precisa lembrar o passo, a música, o comando e se estiver com mais pessoas precisa ser coordenado também em dupla”, lembrou a especialista.
Como dançar no Tik Tok: aproximando gerações
Embora seja desafiador ao nosso cérebro aprender uma nova atividade, é importante lembrar que nem toda navegação online proporciona ao cérebro o mesmo estímulo: é preciso proporcionar ao cérebro novidade, variedade e desafio crescente.
Além disso, basta uma rápida olhada na plataforma para encontrar excelentes exemplos de usuários de diferentes faixas etárias, muitas vezes juntos, dançando e dando um show de sinergia entre as gerações.
Ainda está em dúvida se dançar no Tik Tok pode ou não ajudar o seu corpo e mente?
Como dançar no Tik Tok: Confira alguns benefícios da dança enquanto treino das funções cognitivas:
- Aumento da interação social;
- Estimulação da memória autobiográfica e a memória motora;
- Estimula as habilidades visuoespaciais;
- Auxilia nos aspectos da linguagem;
- Melhora o humor e reduzir os sintomas de ansiedade;
“Seja um passinho do Tik Tok ou uma coreografia em massa. Dançar é sempre uma boa ideia.
Que faz bem para a alma ninguém discorda, mas o nosso cérebro e corpo também agradecem.
Quanto mais desafiador foi o a coreografia e maior a interação social, maiores os benefícios.
Vamos aproveitar a amenização dos sintomas pandêmicos para dançar e rir muito com quem a gente ama”, concluiu a especialista.
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A minha vida foi atravessada e enlaçada pela dança. Tenho formação em bale clássico, dança moderna, contemporânea, flamenca, danças nativas, folclóricas e regionais. Passei toda a fase infantil, adolescência em salas de dança e palcos de teatros e praças. Minha profissão foi em sala de aula do ensino fundamental em escolas publicas e particulares, em sala de aula de escolas de dança, seja elas adaptadas ou construídas para esse fim. Atualmente me encontro em formação permanente com a psicanalise onde introduzi a dança para visibilizar os sintomas que nos sufocam através da dor da alma. Assim como, Freud usou seu ouvido para dá espaço a fala ao analisando, eu empresto meu olhar para a linguagem corporal na dança do sujeito dançante. Enquanto houver vida dance!