SUPERA – Ginástica para o Cérebro

Como combater o idadismo nas empresas?

IDADISMO, você conhece essa palavra? Talvez muitas pessoas não saibam o significado desse conceito, mas possivelmente já presenciaram, praticaram ou sofreram situações nas quais esse termo estava presente, sem ao menos dar-se conta de que determinadas atitudes expressavam um tipo de preconceito.

A palavra idadismo é uma adaptação para o português da expressão em inglês ageism, e segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), refere-se a pensamentos, sentimentos, ações e comportamentos, exepressados através de estereótipos, preconceitos e discriminação relacionados a idade. Uma das razões que contribui com o fortalecimento de práticas idadistas é o fato de que a sociedade tende a destacar os efeitos vistos como negativos, resultados do envelhecimento de parte dos idosos, e minimizar os ganhos desse processo.

Para algumas pessoas, ao refletir sobre o envelhecimento e a velhice, pensam automaticamente em doenças, mau humor e problemas de memória. Como se essas características fizessem parte da vida de todas as pessoas que envelhecem, o que não é verdade. Embora muitos idosos apresentem essas condições de vida e saúde, existem aqueles que são saudáveis, tendo inclusive uma saúde melhor do que a de muitos jovens.

Anteriormente nós dissemos que a sociedade costuma minimizar os ganhos do processo de envelhecimento, mas afinal, quais seriam esses ganhos? É claro que alguns aspectos são relativos e dependem do ponto de vista de cada indivíduo. Mas aqui destacamos um ganho em específico: a experiência de vida relacionada à atuação profissional.

            Algumas empresas, ao buscarem novos colaboradores para contribuírem com a instituição, procuram por profissionais que tenham experiência na área, que sejam criativos, flexíveis e dinâmicos, associando essas características a uma pessoa jovem. Essa atitude idadista dificulta o acesso de pessoas maduras ao mercado de trabalho, quando muitas vezes elas podem ser a chave para as demandas existentes na empresa.

            Pesquisadores da Universidade Salgado de Oliveira em parceria com pesquisadores da Universidade de Brasília, investigaram a presença de ageismo (idadismo), no contexto empresarial de diferentes setores. Os resultados demonstraram que pessoas mais jovens apresentam mais atitudes negativas relacionadas ao envelhecimento, quando comparadas com os mais velhos. Em contrapartida, as pessoas idosas demonstraram mais atitudes positivas em comparação com as mais jovens. Nesse estudo, as atitudes negativas dizem respeito a julgamentos sobre questões de saúde física e cognitiva, como “O envelhecimento afeta a produtividade dos trabalhadores”. As atitudes positivas, por sua vez, referem-se a aspectos afetivos, como “Trabalhadores mais velhos são mais capazes de lidar com pressões do trabalho”. Esses resultados ilustram o quão presente é o idadismo no contexto empresarial.

            Uma pessoa que trilhou um longo percurso, possivelmente conhece os melhores atalhos, os caminhos mais perigosos, o  tempo e o lugar mais adequados para descansar ou para acelerar a caminhada e o que deve ou não ser transportado na bagagem. Para obter esses conhecimentos, essa pessoa precisou se arriscar, errar para aprender e recomeçar algumas vezes, fortalecendo a capacidade de resiliência, a flexibilidade e a criatividade para enfrentar os desafios.

            Desta forma, por que não dar a oportunidade para que pessoas com 40, 50, 60, 70 anos ou mais sigam atuando profissionalmente e colaborando com pessoas de outras faixas etárias, que possuem outras habilidades e competências, que somadas com as experiências dos mais velhos, podem suprir as necessidades empresariais?

            Convidamos você a refletir sobre sobre quais ações seriam necessárias para o combate ao idadismo na sociedade e deixamos aqui algumas sugestões que podem favorecer o combate ao idadismo nas empresas:

E você, o que mais gostaria de incluir nessa lista?

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