
Dificuldade para lembrar coisas simples, falta de criatividade, sensação de cansaço mental, ansiedade e irritabilidade, dificuldades para dormir. Se identificou com esses sinais? Você não está sozinho! Esse fenômeno é mundial e um mal dos nossos tempos.
A rotina muito agitada, o excesso de informação, a falta de tempo para o autocuidado e o mau gerenciamento do estresse sobrecarrega o cérebro, que passa a economizar energia, daí o cansaço mental, explica Patrícia Lessa, diretora pedagógica do Supera.
O brain rot (ou cérebro podre em tradução livre) é o fenômeno que explica esses e outros sinais de fadiga mental associados ao excesso de informação digital a que estamos expostos diariamente. Esses conteúdos superficiais, de consumo rápido e pouco desafiadores para o cérebro – como vídeos curtos, memes e textos rasos que não geram questionamentos nem reflexões – acabam levando o cérebro a se acomodar, entrando em um estado de apatia.
Essa sensação é cada vez mais comum a mais e mais pessoas, tanto que a expressão brain rot foi eleita como a palavra do ano pelo Dicionário de Oxford. O excesso de telas, o modo multitarefas ativado o tempo todo, o uso indiscriminado da tecnologia, as rotinas sedentárias e sem pausas significativas e a falta de estímulo cognitivo são apontadas pelos especialistas como possíveis causas dessa fadiga mental globalizada.
Dicas para evitar a sensação de apodrecimento do cérebro
- Oferecer novos estímulos ao cérebro: atividades que priorizem foco, atenção off-line são fundamentais para manter o cérebro ativo;
- Limitar o tempo de tela: os aplicativos e smartphones já possuem recursos para ajudar nessa missão;
- Praticar o consumo consciente de notícias: é possível escolher boas fontes de informação para evitar falácias e bolhas de desinformação;
- Desconectar digitalmente: escolher um ou mais dias na semana para ficar longe do celular, do tablet, do computador e das redes sociais;
- Pausar: fazer pausas regulares ao longo do dia (de preferência em contato com a natureza) ajuda o cérebro a descansar;
- Praticar exercício físico: movimentar o corpo ajuda a liberar endorfina, que alivia o estresse e regula o humor;
- Interação social: encontrar amigos e familiares para um bate-papo descontraído, para partilhar bons momentos é fundamental para garantir qualidade de vida e um cérebro saudável. O afeto cura.
Essas são algumas ações que você pode adotar no seu dia a dia para fugir do brain rot. Lembre-se seu cérebro precisa ser desafiado para funcionar de maneira adequada. Quanto mais você experimentar o mundo, viver novas experiências e variar a sua rotina para deixar o cotidiano mais leve, mais o cérebro irá responder de maneira mais eficaz.