Brasileiros descobrem novas estruturas do cérebro
Uma pesquisa brasileira divulgada em abril na revista americana PNAS, uma das publicações científicas mais importantes no mundo, revelou a existência de novas estruturas do cérebro. Cientistas ligados ao Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino e à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) descobriram caminhos alternativos para a transmissão de informações entre um hemisfério e outro.
Até então, sabia-se que o responsável pela conexão entre os dois lados do cérebro era o corpo caloso, estrutura formada basicamente por cabos neuronais, denominados axônios.
As pessoas que já nascem sem esta estrutura cerebral podem não apresentar problemas cognitivos ao longo da vida, justamente porque existe essa ponte alternativa, descoberta recentemente, que exerce as funções do corpo caloso.
Testes foram realizados com seis pessoas com idades entre 6 e 33 anos que apresentavam disgenesia (ausência congênita desta estrutura), para saber se havia dificuldade no processamento da informação recebida. Através de reconhecimento tátil de objetos, estes pacientes se saíram tão bem quanto os sadios.
A falha da troca de informação acontece em pessoas que tiveram o corpo caloso retirado em cirurgia e está relacionada à incapacidade de verbalizar alguma coisa tocada com a mão esquerda, devido à falta de conexão entre os hemisférios.
A descoberta foi feita por meio de ressonância magnética funcional e captação de imagens do tensor de difusão. Tais vias alternativas são compostas de aglomerados de axônios semelhantes à espessura da carga de uma caneta.
Os cientistas ainda não sabem explicar o motivo das manifestações diversas da disgenesia em adultos, que vão desde casos sérios de retardo mental até casos assintomáticos.
Prevenção com estímulos cerebrais?
Pode ser que, ao longo dos anos e com o aprofundamento das pesquisas, a ginástica cerebral se torne uma aliada nos casos de ausência de corpo caloso, pois através dela é possível estabelecer novas conexões neurais.
Isto é possível graças à neuroplasticidade cerebral, ou seja, a capacidade do remapeamento das conexões das nossas células nervosas, que se refere à maneira de agir e reagir à medida que experimentamos algo novo ou desenvolvemos uma habilidade, como acontece quando praticamos ginástica cerebral.
Atividade recomendada para todas as idades, a ginástica cerebral melhora o desempenho do cérebro e influencia os processos de aprendizagem através do desenvolvimento intelectual dos alunos. No SUPERA Ginástica para o Cérebro, apostilas, jogos, dinâmicas em grupo e o ábaco são instrumentos utilizados para tirar o cérebro da zona de conforto e desafiá-lo.
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