Como a música altera o cérebro
Música altera cérebro e fortalece a memória
Música altera o cérebro – Você já observou um músico em atividade? Quem vê a aparência tranquila e extremamente concentrada do artista, enquanto lê sua partitura e executa os movimentos de forma sutil, não sabe o volume de conexões neurais que ele faz enquanto toca.
Para descobrir isso, neurocientistas têm pesquisado cada vez mais sobre o funcionamento do cérebro, através de monitoramento em tempo real das sinapses com instrumentos como o Functional Magnetic Resonance Imaging (FMRI) – ressonância magnética -, ou Positron Emission Tomography (PET Scan) – tomografia por emissão de pósitrons.
Quando as pessoas estão conectadas a essas máquinas, as imagens mostram que tarefas como leitura e contas matemáticas ativam diferentes áreas do cérebro. E, quando os pesquisadores colocaram música para os participantes ouvirem, as imagens mostram uma explosão de sinapses.
Diferentes áreas do cérebro acendem simultaneamente enquanto as pessoas processam o som separadamente, tentando identificar os elementos como a melodia e o ritmo, para depois fundir esses sons em uma experiência musical única.
O cérebro executa todo esse trabalho em uma fração de segundo entre o instante em que a música começa e o momento em que o pé começa a bater sozinho.
Quando os pesquisadores começaram a comparar o cérebro dos ouvintes de música ao dos músicos, a visão de “fogos de fundo de quintal” se transformou em “fogos de uma grande comemoração”. O que acontece é que tocar uma música é o equivalente a um treinamento corporal completo.
Neurocientistas observaram diversas áreas do cérebro acenderem simultaneamente processando diferentes informações em sequências complexas inter-relacionadas e surpreendentemente rápidas.
Pode-se dizer que ouvir música também desperta o cérebro.
Cérebro iluminado pela música
Neurocientistas já têm uma boa ideia de como o cérebro acende e de como a música altera cérebro. A prática de um instrumento musical envolve, simultaneamente, cada área do cérebro, especialmente o córtex visual, o auditivo e o motor.
A prática disciplinada da música fortalece funções cerebrais, trazendo ganhos no desempenho de ouras atividades. A diferença mais óbvia entre ouvir música e tocar um instrumento é que a última requer mais habilidades motoras que são controladas nos dois hemisférios do cérebro.
Por esta razão, os neurocientistas verificaram que tocar música aumenta o volume e a atividade do “corpus callosum” do cérebro, a ponte entre os dois hemisférios, permitindo que as mensagens cheguem ao outro hemisfério com maior rapidez e por rotas diversificadas.
Isso possibilita aos músicos resolverem problemas com mais eficiência e criatividade em ambientes acadêmicos e sociais. Músicos apresentam um nível mais elevado em funções executivas, categoria de tarefas interligadas que incluem planejamento, elaboração de estratégia e atenção nos detalhes.
Essa habilidade também tem um impacto sobre a forma como os sistemas de memória trabalham e, realmente os músicos apresentam uma melhor função da memória, criando, armazenando e recuperando lembranças de forma mais rápida e eficiente.
Estudos descobriram aspectos artísticos e estéticos sobre aprender a tocar um instrumento musical são diferentes de qualquer outra atividade, incluindo outras artes.
Em vários estudos com participantes que apresentaram os mesmos níveis de função cognitiva, descobriu-se que aqueles que foram expostos a um período de aprendizagem de música mostraram melhoria em várias áreas do cérebro em comparação aos outros.
Tais estudos sobre os benefícios da música para o cérebro têm avançado a compreensão da função mental nessa atividade em específico, revelando interações complexas que compõe uma orquestra incrível no cérebro.
Por Bárbara Rocha, Comunicação SUPERA
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