GINÁSTICA CEREBRAL
Estudiosos querem criar jogos digitais para melhorar o cérebro
“Os neurocientistas podem ajudar a desenvolver jogos digitais para melhorar as funções do cérebro e promover o bem-estar”, afirmaram dois especialistas da categoria em artigo publicado pela revista de ciência Nature.
Os professores Daphne Bavelier, da Universidade de Rochester, e Richard J. Davidson, da Universidade de Wisconsin-Madison, convidaram designers de jogos e neurocientistas a trabalharem juntos na criação de novas mídias que treinem o cérebro, produzindo efeitos positivos para o conhecimento, diminuindo a ansiedade, melhorando a atenção e promovendo a empatia (capacidade de se relacionar bem com as pessoas).
Davidson é fundador do Centro para Investigação de Saúde Mental em Wisconsin_Madison. Bavelier é professor no Departamento de Ciências do Cérebro e Cognitivo em Rochester. Eles lembraram que já existem videogames programados para tratar depressão e encorajar pacientes de câncer em tratamento.
O uso de videogames, que continua crescendo entre as crianças americanas (e, diga-se de passagem, as brasileiras também), tem sido associado a um alto número de resultados negativos, como obesidade, agressividade, comportamento antissocial e, em casos extremos, vícios. “Ao mesmo tempo, há evidências de que os jogos podem ter efeitos benéficos para o cérebro”, escreveram os especialistas.
Em 2012, Bavelier e Davidson presidiram um encontro na Casa Branca com neurocientistas e especialistas em mídias de entretenimento para discutir formas de usar tecnologia interativa, como os videogames, para melhorar o entendimento das funções do cérebro, bem como para melhorar a atenção e o bem-estar.
As pesquisas de Bavelier tentam entender como os humanos aprendem e como o cérebro se adapta às mudanças causadas tanto pelas nossas experiências, quanto pela natureza (como a morte) ou por treinamento (como jogando videogames ou fazendo ginástica cerebral). As pesquisas deste professor querem descobrir como as novas mídias podem promover a aprendizagem e a plasticidade cerebral.
Davidson, que estuda emoções e o cérebro, está liderando um projeto para desenvolver dois videogames criados para ajudar estudantes do ensino médio a desenvolverem habilidades sociais e emocionais, como empatia, foco e autocontrole.
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No Brasil, a ginástica cerebral já é reconhecida por neurocientistas e professores como forma de desenvolver as funções do cérebro. Com duas horas semanais de aula, os alunos já conseguem desenvolver inúmeras capacidades como atenção, concentração e raciocínio lógico.
Desde sua criação em 2006, o Método Supera já capacitou mais de 20 mil pessoas e está presente também como complemento educacional em escolas públicas e privadas.
*O artigo dos dois professores americanos foi traduzido do site americano Sharp Brains
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