Ábaco
O Ábaco é um instrumento utilizado na china há pelo menos 2.500 anos, com o nome de SUAN-PAN. Há mais ou menos 400 anos os japoneses levaram o ábaco para o Japão, onde desenvolveram uma versão mais moderna e mantiveram o mesmo nome em ideogramas dado pelos chineses, o que originou o nome SOROBAN.
Além dos ábacos chineses e japoneses, modernos e antigos, existem outros, tais como o romano (abacus), o grego (abax), azteca (nepohualtzitzin), russo (stchoty) e outros.
No início eram apenas registradas as operações de adição e subtração, posteriormente foram desenvolvidas técnicas para a multiplicação e divisão. Atualmente já são conhecidas técnicas para a extração da raiz quadrada e cúbica, trabalhos com horas, minutos e segundos e também conversão de pesos e medidas. No ábaco podemos operar com números inteiros, decimais e negativos com rapidez e perfeição.
No Japão ele tem fortes raízes culturais, onde fez parte do ensino obrigatório por mais de sessenta anos. Hoje, quase todas as escolas ministram aulas de ábaco em cursos extracurriculares. Há também mais de duzentas associações organizadas e que disputam acirradamente campeonatos locais, nacionais e internacionais, produzindo verdadeiros campeões e ídolos.
Além da China e Japão, muitos países orientais como Índia, Malásia, Coréia, Tailândia e Taiwan, entre tantos, praticam intensamente o cálculo através do Ábaco. Recentemente os países ocidentais, reconhecendo a eficiência da prática como meio para exercitar o cérebro e desenvolver competências, começaram a adotá-lo. Os EUA e Canadá adotaram há apenas quatro anos.
No Brasil o ábaco é pouco conhecido e chegou com os imigrantes japoneses, em 1908, para uso próprio. O maior divulgador no país foi Professor Fukutaro Kato que publicou, em 1958, o livro “Soroban pelo Método Moderno”. Fundou a Associação Cultural de Shuzan do Brasil (ACSB), que organiza campeonatos anuais. Shuzan é a arte de calcular com o soroban.
O ensino sempre ficou muito restrito aos descendentes japoneses, mas reconhecendo a eficiência da prática, a escola da Fundação Bradesco ministrou aulas de ábaco por mais de quarenta anos e o colégio Bandeirantes, em Mogi das Cruzes e Suzano, mantêm cursos há mais de 15 anos.