SUPERA – Ginástica para o Cérebro

A doença de Alzheimer é uma laranja?

O que você sabe sobre a Doença de Alzheimer (DA)?

Cientificamente essa patologia é definida como uma doença progressiva degenerativa, que provoca morte neuronal e consequentemente, declínio nas habilidades cognitivas como memória, atenção, linguagem e funções executivas.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, estima-se que atualmente essa doença atinge mais de 35 milhões de famílias em todo o mundo. Observe que destacamos famílias atingidas e não indivíduos.

As alterações provocadas pela DA acometem a estrutura cerebral e a funcionalidade no desempenho de atividades do cotidiano, ao mesmo tempo que modificam a estrutura e a funcionalidade social, com destaque para o núcleo familiar.

A pergunta feita inicialmente pode ser respondida com um olhar além do científico. Para alguém que convive com uma pessoa diagnosticada com DA a interpretação da doença pode ser ainda mais complementar, uma vez que o convívio permite acompanhar todas as mudanças e desafios existentes.

No saber popular, muitas vezes, a DA é vista como parte natural do processo de envelhecimento ou consequência do aumento da expectativa de vida, além disso, não se conhece os desdobramentos psicológicos e sociais da doença, tanto para a pessoa diagnosticada quanto para as pessoas que a cerca. Pensando nessa ausência de conhecimento sobre esse tipo de demência e nos preconceitos e estereótipos relacionados, a Instituição Alzheimer’s Research UK, do Reino Unido, lançou a campanha “Uma laranja e a doença de Alzheimer?”

A doença de Alzheimer sob a perspectiva de uma laranja

A campanha apresenta através de vídeo, uma associação entre uma laranja sendo dissecada com a deterioração do cérebro devido à DA. Para os idealizadores da campanha, da mesma forma que uma laranja perde a sua casca, a camada interna e cada um dos seus segmentos, o cérebro perde os neurônios, podendo atingir o peso aproximado de uma laranja (14 g).

Por fim, assim como a laranja desaparece quando todos os seus gomos são consumidos, o indivíduo deixa de existir, seja por perder muitas das características que representavam quem ele era, seja por chegar a óbito, quando uma parte significativa dos neurônios são mortos.

Apesar de ainda ser uma doença incurável, é possível realizar ações que proporcionem melhor qualidade de vida para a pessoa diagnosticada, assim como para familiares e cuidadores; também é possível traçar estratégias capazes de reduzir a velocidade de deterioração das células nervosas, por exemplo através de exercícios de estimulação cognitiva.

A importância sobre a conscientização para a Doença de Alzheimer

É importante destacar, entretanto, que sem conscientização sobre a doença, nada disso é possível, por isso, assim como a proposta da campanha citada anteriormente, compartilhamos aqui, uma laranja, ou seja, uma pequena explicação sobre a DA.

Convidamos você a assistir o vídeo da campanha e compartilhar esse texto para que mais pessoas tenham acesso a informações pertinentes e seguras sobre a Doença de Alzheimer.

Assinam este artigo

Gabriela dos Santos,

Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Gerontologia pela Universidade de São Paulo (USP), Graduada em Gerontologia pela USP, com Extensão pela Universidad Estatal Del Valle de Toluca. Assessora científica.

Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva,

Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. E assessora científica e consultora do Método SUPERA.

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