Entenda a influência da emoção na memória
Ter emoções positivas — como felicidade — costuma fazer o seu cérebro prestar mais atenção no momento vivido e guardar melhor a informação na sua memória. Por exemplo, é bem provável que pensar na sua comida, filme, música e série preferida você tenha emoções boas, certo?
Por outro lado, ao sentir as negativas — como raiva, medo ou tristeza — pode prejudicar a sua memória. Isso porque o cérebro pode estrategicamente limitar as lembranças, como uma proteção contra o sofrimento. Por essa razão, muitas pessoas têm dificuldade em lembrar de episódios traumáticos.
Quer entender melhor a relação entre memória e emoção e como isso pode afetar a aprendizagem? Continue a leitura!
Qual é a relação entre emoção e memória?
As pessoas sempre têm um estado emocional específico. Então, ao lembrar de algo, a emoção sentida costuma vir junto no pacote. Por exemplo, muitas pessoas têm memória de onde estavam e como se sentiram durante o anúncio do ataque das Torres Gêmeas, nos Estados Unidos em 2002.
Porém, ao ser perguntado sobre momentos corriqueiros, como o rosto de quem estava no caixa na última ida ao supermercado, é possível que muitos esqueçam. Em outras palavras, quanto maior a emoção sentida, mais fácil é gravar memórias no cérebro.
Por outro lado, algumas emoções intensas podem atrapalhar a memória, por inundar o cérebro com sentimentos, limitando a atividade cerebral. Ou seja, se a emoção for muito forte, como medo ou raiva, isso pode prejudicar a memória.
Em outras palavras, emocionar-se muito pode fazer com que a gente esqueça de detalhes importantes que aconteceram ao nosso redor. É por isso que é comum associar a paixão, estado em que as pessoas pensam muito na pessoa amada, a improdutividade e dificuldade de aprendizagem.
Como emoção e memória podem afetar o aprendizado?
Como visto, a emoção pode influenciar a atenção e a recuperação da informação. Por sua vez, isso tende a afetar a forma como aprendemos e lembramos das coisas. Por isso lando, isso é benéfico para a aprendizagem.
Afinal, quando estamos emocionalmente engajados no que estamos aprendendo, isso pode ajudar a manter a nossa atenção e aumentar a motivação. Logo, o processo de aprendizado é mais efetivo. Por exemplo, se estamos interessados em um assunto específico, é mais fácil prestar atenção e memorizar as informações.
Entretanto, outras emoções, como ansiedade, medo ou estresse, podem prejudicar o aprendizado e dificultar a memorização. Basta avaliar como costuma ter ser mais difícil se concentrar, e consequentemente lembrar de uma informação, em momentos conflitantes.
É por isso que é tão importante criar boas condições emocionais para as crianças, ajudando no desenvolvimento cerebral deles. Ou seja, quando as crianças se sentem seguras, amadas e respeitadas, elas têm mais chances de se desenvolverem de forma saudável e feliz.
Então, entendeu como as emoções e a memória estão relacionadas? Por isso, é importante cultivar emoções positivas para influenciar o aprendizado e a fixação de informações relevantes. Do mesmo modo, é preciso respeitar momentos de emoções negativas para não forçar aprendizagem nesses períodos.
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7 comentários para "Entenda a influência da emoção na memória"
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Amei o pouco que li, maravilhoso
Gosto de exercitar minha mente com exercício, jogos e brincadeiras. Além de achar muito necessário na idade em que estou.
Não entendo como seria :” cultivar emoções positivas para influenciar o aprendizado”.
Conteúdo relevante. Destaca questões que podem nos auxiliar quando estamos nesse processo de declínio da memória, nos dando um caminho para recuperá-la.
A influência das emoções na memória, assunto muito oportuno e sempre atual.
É importante esse conhecimento, porque diante de certas emoções, poderemos ter uma visão de mundo diferente daquela que teríamos sem carga emocional intensa.
O mundo é como é, a realidade nua e crua, mas as impressões, as visões são de cada expectador difere conforme a carga emocional momentânea, o que poderíamos denominar de “óculos”ou visão particular de mundo e/ou situações.
Epicteto, filósofo grego estóico, dizia que as coisas que estão fora de nosso âmbito(fora de nós) não podemos mudar, mas podemos mudar aquelas que estão em nosso âmbito, que dependem de nós mudá-las ou não.
Dr. Augusto Cury em sua teoria da inteligência multifocal, nos traz o R.A.M registro automático de memória, que fica muito mais prático, quando focado pelo lado da emoção. como cola da memória: Janelas de “vida” e de “morte”. Excelente!
me pareceu muito bom,gostei muito fiquei curiosa.